sexta-feira, abril 22, 2011

Média Capital aposta no jazz: Smooth FM

A Média Capital está a estudar o lançamento de uma nova estação de música que apostará no jazz, conforme noticia o "Económico". A nova rádio deverá emitir nos 101,1 MHz Moita e 89,5 MHz Matosinhos, substituindo a Best Rock FM. A ERC ainda se encontra a estudar o processo de alteração do projecto aprovado para as frequências em causa, esperando-se uma decisão final para breve.

sexta-feira, abril 15, 2011

Rádio Comercial tem nova frequência:

Segundo vários relatos colocados num tópico do "Fórum Ondas da Rádio", a Rádio Comercial encontra-se a emitir na frequência 98,5 MHz na região da Grande Lisboa, sendo escutada em boas condições em Janas, Praia das Maçãs, Praia Grande, mas também na região de Oeiras. A cobertura do emissor leva a crer que o emissor estará na região de Sintra, provavelmente na Serra de Sintra, onde a RTP já tem emissores para as três antenas nacionais (Janas) e o grupo R/COM já tem emissor para a RR/RFM.

Aparentemente, o emissor encontra-se a operar a título experimental, sob autorização da ANACOM. A confirmar-se esta situação, a Rádio Comercial reconheceu, finalmente, que existem zonas do país onde a estação não é escutada nas melhores condições, tendo menos emissores que as rádios nacionais da RTP e  R/Com.
Uma guerra de audiências perfeitamente escusada...

Que as rádios locais procuram conquistar audiência, de forma a rentabilizarem os próprios projectos radiofónicos, já sabemos. Mas quando a realidade objectiva das estatísticas dá o mote para uma guerra de números entre as estações, a salutar convivência entre os operadores de radiodifusão local é posta em causa.

Um triste exemplo desta situação é a troca de argumentos entre a Rádio Elvas e a Rádio Portalegre, que resultou do úlltimo Bareme Rádio da Marktest. As duas estações do distrito de Portalegre têm colocado nos respectivos sites comunicados onde ambas afirmam ser a rádio mais ouvida dos distritos de Portalegre e Évora. A Rádio Elvas afirma ser a estação mais ouvida dos distritos de Portalegre e Évora, de acordo com a última sondagem da Marktest, ao passo que a estação portalegrense retorquiu, alegando que a emissora elvense "forjou" os resultados do Bareme.

Esta guerra não começa com as audiências do primeiro trimestre de 2011, mas remonta ao mês de Fevereiro quando, na sequência das audiências do último período de 2011, a Rádio Portalegre foi a estação local mais ouvida no distrito, ao passo que Rádio Elvas ficou em última posição no Bareme.

Para quem assiste de fora, as trocas de acusações entre as duas rádios mais parecem uma "guerra de comadres" tão lastimável quanto ridícula. Todas as estações de rádio deviam aprender a marcar a diferença pela positiva, defendendo a sua posição conquistando o seu público alvo, sem atacar gratuitamente as concorrentes. Afinal,  o conceito de "fair play", tão usado no meio desportivo, pode e deve ser aplicado em todos os domínios da sociedade, onde os meios de comunicação social não devem ser excepção.

Criar conflitos desnecessários tem o efeito colateral de colocar em causa a credibilidade e o respeito pelos envolvidos, pelo que, a bem das rádios. dos ouvintes, dos anunciantes e de todas as pessoas envolvidas directa ou indirectamente nas estações, seria desejável que as duas rádios norte-alentejanas tivessem a coragem de poupar os ouvintes e cibernautas a um deplorável espectáculo revestido de comédia portuguesa.

Afinal, com estas atitudes, ambas ficam mal na fotografia. Por muita razão que possam ter, perdem-na a partir do momento que baixam o nível da discussão. Dá vontade de citar uma conhecida personagem da televisão portuguesa imortalizada por Herman José: «não havia necessidade...
"Suspender temporariamente" a RDPi em Onda Curta?!


Não será apenas uma notícia triste para os entusiastas da rádio e DXistas, mas, sobretudo, também para a comunidade lusófona espalhada pelo Mundo e que pode colocar em causa o direito ao acesso à emissora internacional de referência na Língua Portuguesa:

Numa atitude no mínimo lamentável, a RTP entendeu requerer ao Governo a "suspensão temporária" das emissões em Onda Curta da RDPi. A rádio pública justifica esta deplorável decisão com os custos da manutenção do serviço em Onda Curta e as baixas audiências neste modo de transmissão. A RTP alega, entre outros argumentos, que «as estações de Onda Curta estão velhas e a precisar de substituição». Equipamentos velhos... com apenas 5 anos de utilização?! Com emissores Thales de 300 kW e antenas de cortina adquiridas em 2005? Resta saber se o conceito de "suspensão temporária" não passa a significar"suspensão definitiva", pesando os custos do serviço.

Apesar da RDPi não ser a única estação pública portuguesa acessível  por via hertziana em África, já que a RDP África é servida em frequência modulada (FM) em Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, a cobertura destes países africanos não é universal, centrando-se nos principais centros populacionais. Além disso, o serviço público prestado pela RDP África concentra-se numa perspectiva maioritariamente regional (africana), não havendo grande divulgação da cultura portuguesa em antena. Exceptua-se a retransmissão da Antena 1 no período nocturno. Com todo o respeito pelas populações dos PALOP, seria interessante que a RDP África integrasse na sua programação mais conteúdos de divulgação da cultura e língua portuguesas, que transcendessem o âmbito africano, abrangendo não só Portugal, como o Brasil, Macau, Timor-Leste e todos os recantos do mundo onde se fala português.

Aliás, (com todo o respeito pela cultura africana), defendo que seria uma boa ideia a RTP fundir a RDP África com a RDPi, mantendo programação regional nas emissões para África, mas transmitindo os restantes programas em simultâneo com a RDPi. Com uma empresa pública de rádio e televisão endividada e em falência técnica, esta opção, a par da fusão da RTPi com a RTP África contribuiriam para a redução das despesa da rádio e televisão públicas, sem prejuízo significativo da prestação do serviço público.


Mesmo considerando o serviço público prestado pela RDP África, um dos casos mais flagrantes de dificuldades acrescidas no acesso à rádio internacional portuguesa será o de países como Angola e África do Sul, onde existe uma considerável comunidade lusófona (e, em particular, portuguesa) mas onde não haverá alternativas à Onda Curta a não ser o recurso ao satélite e Internet, o que pode implicar dificuldades técnicas a muitos ouvintes: a acreditar numa resposta a uma questão colocada no sítio da revista "TeleSatélite", a RTPi, bem como a RDPi poderão ser acedidas em Angola recorrendo a uma antena parabólica de, pelo menos, 3,5 metros de diâmetro(!).

Aliás, a própria RTP admite que essa situação ao colocar  na página Internet da RDPi que «(...) Se está na Europa ou na América do Norte, Hawai ou América do Sul poderá captar a RDPi com uma antena parabólica de pequenas dimensões, um receptor digital e um televisor. Se, pelo contrário, se encontra em África, ou na Ásia e Oceânia terá que recorrer a uma antena parabólica de grandes dimensões (cerca de 3 metros) dado que estas transmissões são especialmente destinadas a retransmissões profissionais. (...)». Ora, não obstante existirem situações em que tal poderá não ser entrave ao acesso aos meios de comunicação internacionais da RTP, existem invariavelmente casos em que a instalação de uma antena parabólica com mais de 3 metros se torna impraticável, mormente por razões legais ou de espaço físico (ex: prédios). Tal situação pode comprometer a audição da RDPi por parte de alguns ouvintes. Não havendo RDP África em FM, muito menos RDPi por via hertziana convencional, os ouvintes ficam sem alternativas ao satélite.

Por outro lado, o acesso à Internet também não será fácil para alguns ouvintes radicados em várias regiões do Mundo, mormente em África: se na generalidade da Europa e América do Norte o acesso à rede mundial está praticamente assegurado em qualquer sítio, com velocidades de acesso confortáveis e uma qualidade de serviço boa,  o mesmo certamente não ocorrerá em pleno coração de África, onde o acesso é caro e lento, havendo zonas onde a melhor hipótese será recorrer á Internet via satélite, já que não existem ligações telefónicas em banda larga que assegurem um serviço Internet com boas condições técnicas e a preços mais acessíveis.

Ouvir RDPi no centro de Paris, Nova Iorque ou Tóquio através de um computador portátil com uma ligação à Internet não é mesma coisa que ouvir a emissora internacional portuguesa numa cidade africana  onde não existem ainda condições tecnológicas que assegurem o acesso generalizado à rede mundial de computadores, comprometendo a ligação dos portugueses e lusófonos em geral à informação, à cultura, ao entretenimento, ao desporto e à defesa das tradições portuguesas que são difundidas para todo o mundo através da RDP Internacional. O mesmo certamente se aplica noutros continentes, em países onde o acesso às novas tecnologias é escasso e caro. Em certos casos, aliás, tal acesso chega a ser praticamente impossível devido a questões legais. Exemplos flagrantes: Cuba, Irão, China, entre outros países que podem restringir o acesso à RDPi por razões políticas, tal como fazem com outros sítios Internet e meios de comunicação internacionais.


Com limitações técnicas inerentes à recepção satélite e com dificuldades no acesso à Internet, existem certamente ouvintes que ficarão privados da audição da RDPi, já que apenas podem recorrer à Onda Curta. Uma situação particular e bem conhecida na Europa será a dos camionistas portugueses que viajam pela Europa em camiões onde não há antena parabólica... e onde poderão não ter acesso à Internet em todos os países e regiões por onde desempenham a sua profissão. Consequentemente, poderão não conseguir acompanhar a actualidade portuguesa enquanto viajam pelas estradas. Aliás, a própria RDPi tem programação vocacionada para este segmento de ouvintes que deixará de fazer sentido a partir do momento em que deixam de poder ouvir a RDPi nos seus camiões, recorrendo a receptores de Onda Curta.

Contrariamente à Internet e à recepção via satélite, para se ouvir emissões em Onda Curta basta ter um pequeno receptor ligado a uma antena, que até poderá ser um simples fio eléctrico: as características de emissão em HF permitem a recepção de sinais mesmo em locais onde a recepção satélite, por força de constrangimentos legais e/ou técnicos não é opção e onde os ouvintes não têm Internet. Volto a insistir: a inexistência de alternativas por via hertziana que assegurem a recepção da RDPi vai privar alguns ouvintes de acompanharem a emissora internacional que divulga a  Língua de Camões pelos quatro cantos do Mundo!

Que terá a RDP a dizer a esses ouvintes?!

Redução de custos? Sim, com ou sem FMI. Supressão de gastos supérfluos? Sim! Mas que não comprometa o acesso ao serviço internacional de rádio disponibilizado à vasta comunidade de emigrantes portugueses e lusófonos em geral espalhados pelo Mundo! Com a 6.ª/7ª  língua com mais falantes nativos do mundo, Portugal pode e deve marcar a sua posição na radiodifusão internacional, promovendo e defendendo a língua honrada por nomes como Luís de Camões e Fernando Pessoa!


 **Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**

quarta-feira, abril 13, 2011

Rádio Energia regressa ao éter... por 3 dias:

A Rádio Energia vai regressar ao éter, numa emissão especial comemorativa dos 20 anos sobre a fundação da NRJ- Rádio Energia. A mítica estação, que operou entre 1991 e 1997, operava nos 92,4 MHz Lisboa, 90,0 MHz Porto e 98,4 MHz Coimbra, além de ser retransmitida por várias rádios locais. De referir que o projecto começou por designar-se por "NRJ-Rádio Energia", designação que foi alterada em 1996 para "FM Radical". A estação terminou em 1997, cedendo o seu lugar a outras estações.

20 anos volvidos sobre o lançamento desta rádio jovem, alguns dos profissionais que passaram pela Rádio Energia vão realizar uma emissão especial nos 105,4 MHz Cascais, que por três dias (entre a próxima sexta-feira e o domingo), recordará o espírito da Rádio Energia. A emissão pode ser escutada entre as 7h00 da próxima 6.ª, 15/04 e as 0h00 de domingo, dia 17, não só na frequência de Cascais, como também no endereço http://www.myway.pt/#/artista/nrj .