quinta-feira, junho 28, 2018

RTP - rádio em Lisboa: condições de recepção

Porque um vídeo vale por vezes mais que mil palavras, deixo aqui, sem mais comentários, o meu testemunho do "excelente" serviço público que a RTP tem prestado aos ouvintes de Lisboa. Para quando uma torre nova no alto do Monsanto, senhores da Rádio(?) e Televisão de Portugal?


AVFM (Ovar) regressa aos 98,7 MHz

Uma breve nota para referir que a "AVFM", estação local do concelho de Ovar, regressou recentemente à frequência original (98,7 MHz), depois de ter ter mudado de frequência a título experimental, dos 98,7 para os 98,6 MHz, há alguns meses.

sábado, junho 23, 2018

RTP - Raios Te Partam!

RTP. Podia ser a sigla de "Raios Te Partam", a julgar pelo enorme respeito que a Rádio (?) e Televisão de Portugal tem pela rádio pública.

Se não bastava o subfinanciamento da rádio, nos últimos dias assistiu-se ao lançamento de mais uma acha para a fogueira: a precarização do trabalho na RTP-rádio chegou ao ponto de, entre uma e outra promessa jamais cumprida, um dos maiores vultos da rádio em Portugal, o grande António Macedo, teve de recorrer à via judicial para cessar a actividade laboral na RTP  com direito a indemnização. Não foi um ano, não foram 2; foram 15 anos de trabalho na Antena 1, a marcar as manhãs da rádio pública, com um profissionalismo irrepreensível, respeitado por colegas e inúmeros ouvintes, sem direito a um contrato de trabalho digno. Uma década e meia a passar recibos verdes, como se apenas os profissionais da empresa que exibem a carinha laroca e bem maquilhada na televisão tivessem direito a um contrato efectivo.

Sendo certo que, mercê do acordo judicial entre as partes, o próprio António Macedo não se pode pronunciar acerca do processo, vale, contudo, a pena ouvir o último programa do Provedor do Ouvinte, transmitido ontem, dia 22 de Junho (intitulado "A saída de António Macedo e o desinvestimento na rádio pública"). Uma empresa pública como a RTP, com as obrigações de serviço público consagradas na lei, não devia dar-se ao luxo de desprezar um profissional com o calibre do António Macedo. Não havia dinheiro para um contrato, mas depois a empresa foi obrigada a arranjá-lo para pagar a indemnização? Porventura não seria mais vantajoso para ambas as partes jamais chegar-se ao actual estado de coisas e integrar, na altura devida,  o António Macedo nos quadros da RTP?

Como se não bastasse, a empresa que menospreza o elenco das estações de rádio do grupo, continua a manter a rádio pública impotente. Sim, impotente para se ouvir condignamente na Grande Lisboa. Impotente para se escutar em boas condições num pequeno rádio de bolso, nalgumas zonas de Lisboa. Impotente para se ouvir com som estereofónico cristalino em vários concelhos próximos da capital portuguesa. Impotente ao ponto de, se porventura não houvesse o centro emissor da Banática (Almada), uma boa parte do Sul da cidade das 7 colinas não conseguia sintonizar, com o mínimo de qualidade, a Antena 1, a Antena 2 e a Antena 3. Se a situação não fosse trágica, sobretudo quando, por força das circunstâncias, mantêm-se exactamente igual ao fim de 6 meses, poderia merecer a chacota de se ver a RTP receber o prémio europeu da rádio pública que se ouve pior dentro da própria capital do respectivo país! Repito: 6 longos meses, sem que se vislumbre a mais pálida intervenção técnica no sentido de se preparar a instalação de uma nova torre no alto da Serra do Monsanto.

Estimado Dr. Gonçalo Reis, como presidente da empresa, proponho-lhe um desafio: experimente dar um passeio no seu belo automóvel, por toda a Grande Lisboa, Estremadura e margem Sul do Tejo, com o rádio sintonizado na Antena 1. Diga-nos, no final, a nós, contribuintes da CAV e ouvintes da rádio pública, o que achou das condições de recepção. Se, porventura, considerou a recepção excelente, queira indicar-nos o modelo de auto-rádio que tem no seu carro e que antena tem instalada, porquanto creio tratarem-se de equipamentos especiais, com uma qualidade topo de gama, fora de série. Mais: mesmo dentro da capital, a recepção da RDP África falha, em certos pontos da cidade. Será que dentro da própria cidade de Lisboa, é justo haver ouvintes de 1ª que podem ouvir a RDP África e ouvintes de 2ª, que constatam a volatilidade do sinal, especialmente em movimento (auto-rádio)?

Dr. Gonçalo Reis e demais membros do Conselho de Administração da RTP, e que tal passar das palavras aos actos e discriminar a rádio de forma positiva, no próximo orçamento da empresa? Não chegam 15 anos de desprezo pela rádio, canalizando quase tudo para a televisão? Vamos recuperar o prestígio da rádio? Vamos disponibilizar meios financeiros para novos emissores, novas antenas, novas mesas de som, novos microfones, renovar os estúdios das rádios e o que mais for necessário para equipar a rádio pública com os meios técnicos e humanos imprescindíveis à prestação de um serviço público de rádio com qualidade?


quinta-feira, junho 21, 2018

Rádio Nova Antena (101,3 MHz Montemor-o-Novo) sem emissão devido ao mau tempo!

A Rádio Nova Antena (101,3 MHz Montemor-o-Novo) não se encontra a emitir desde a noite de ontem, mercê da forte trovoada que se abateu sobre a região, que terá provocado danos em equipamentos da estação. Não se conhece a dimensão dos prejuízos, mas a estação promete voltar ao ar assim que seja possível.


Actualização (22/06): situação aparentemente normalizada, segundo a própria estação.

domingo, junho 17, 2018

Rádio Comercial tem nova frequência em Viana do Castelo

Porque nunca é tarde para corrigir um erro técnico evidente, a Média Capital Rádios  desactivou, há uns meses, o emissor da Rádio Comercial em Esposende (89,3 MHz). Em contrapartida, os técnicos da MCR instalaram um emissor no Alto da Galeão, em Darque (Viana do Castelo), que irradia a Rádio Comercial na mesma frequência (89,3 MHz).

Na prática, podemos considerar que a estação de âmbito nacional deslocalizou o emissor de Esposende (que era praticamente inútil, porquanto servia uma área bem servida por outros emissores), para Viana do Castelo (onde a recepção da Comercial sempre foi condicionada pelo facto de não haver emissor no Muro (Serra Amarela)). Segundo o nosso forense P.Pinto, o novo emissor (em fase de testes), que serve não só a própria cidade de Viana do Castelo como também algumas localidades da região, nomeadamente as zonas de Darque, Anha, Castelo do Neiva, Meadela e Santa Marta de Portuzelo, utiliza a torre da RDP/RTP  instalada em Darque e que outrora transmitia as rádios públicas através do sistema DAB.

Com esta alteração técnica, a Rádio Comercial passa a escutar-se de forma cristalina em praticamente todas as capitais de distrito do continente (quiçá à excepção de Setúbal). A nível nacional, a Rádio Comercial continua a não se fazer ouvir por via hertziana nos arquipélagos da Madeira e dos Açores; no continente, seria importante instalar um emissor na Serra da Marofa  ou noutra localização que servisse o Vale do Côa, além de uma microcobertura em Setúbal. Depois de Moledo e de Viana do Castelo, talvez  fosse importante pensar na possibilidade de reforçar o sinal noutros concelhos do Alto Minho, tendo em conta que a não existência de um emissor no Muro (e a inviabilidade técnica de o activar, mercê da saturação do espectro) dificulta  a recepção da Rádio Comercial em boa parte da região, que depende das frequências de Braga (99,2) e do Monte da Virgem (97,7 MHz) para sintonizar a emissora.

terça-feira, junho 12, 2018

António Macedo sai da RTP (e, por conseguinte, da Antena 1)

O radialista António Macedo, que juntamente com o Francisco Sena Santos, fazia as manhãs da Antena 1, saiu da RTP , na sequência de um processo judicial resultante da continuação da actividade do profissional a recibos verdes, durante 15 anos. Farto da precariedade laboral na RTP, o António Macedo chegou a acordo com a entidade patronal, tendo a receber do operador público mais de 100000 euros.

Fazendo uma retrospectiva rápida pelo percurso profissional do António Macedo como profissional da rádio, iniciou a sua actividade na Rádio Comercial de Angola, tendo, mais tarde, ingressado na Rádio Comercial. Em 1988, foi, com o Emídio Rangel e outros profissionais, um dos fundadores da TSF. Mais tarde, entrou para a RTP, de onde saiu ontem.

Ao António Macedo, não posso deixar de esperar voltar a ouvi-lo tão brevemente quanto possível numa outra rádio (a não ser que deseje reformar-se). Um grande profissional com a qualidade do António Macedo não merece, seguramente, ficar "encostado" numa qualquer "prateleira" de um estúdio de rádio; merece, certamente, liderar um período horário numa TSF ou Rádio Renascença, por exemplo.

sexta-feira, junho 08, 2018

RTP vai relançar, mais uma vez, a "Rádio Mundial"

Por ocasião do Mundial de Futebol que se avizinha, a rádio pública prepara-se para, à semelhança do que fez noutros anos, emitir todos os relatos de futebol do Mundial através da Internet e da Onda Média da "Rádio Mundial" (desdobramento da emissão da Antena 1).

Quase que seria uma não-notícia, não fosse o quase caricato (o melhor adjectivo seria: "trágico") da situação; com a política de manutenção "esmerada" da rede de emissores em Onda Média, que se tem resumido à prática de encerrar de vez emissores quando a sua reparação é demasiado cara, os ouvintes que queiram ouvir a Rádio Mundial no Porto ou em Faro, por exemplo, são obrigados a recorrer à Internet, porque não há, praticamente, sinal da Antena 1 na Onda Média no Norte e no Algarve. Pode não ser a intenção da RTP, todavia, esta situação acaba por, em certa medida, a não ser que a rádio pública instale um emissor FM temporário no Grande Porto para a  Rádio Mundial (e, quiçá, em Faro), discriminar os ouvintes em função da região  do país onde se encontram,  Por um lado, os ouvintes em Lisboa, em Coimbra ou em Vila Real, para dar 3 exemplos de capitais de distrito, podem ouvir todos os jogos por via hertziana; por outro, quem vive na cidade do Porto, em Matosinhos, em Gaia, em Famalicão, em Braga, em Faro, em Olhão ou em Sagres, vai ter de se ligar à Internet se quiser ouvir a emissão desdobrada da Antena 1...