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terça-feira, abril 26, 2022

Explosões na Moldova destroem duas antenas de Onda Média que transmitiam rádios russas!

A guerra no Leste europeu faz-se na Ucrânia, mas também há sinais de conflito na Transnístria, região separatista da Moldova. E já se registaram duas "vítimas" materiais (não humanas ou animais) e que têm tudo a ver com a rádio.

Duas das antenas do centro emissor de Maiac, Grigoriopol, que transmitiam na Onda Média rádios russas (Radio Rossii - 999 kHz e Vesti FM - 1413 kHz) foram destruídas na sequência de explosões.

Muito provavelmente, digo eu, terá sido um ataque cirúrgico realizado com o objectivo de silenciar a propaganda ao serviço do Kremlin - tratam-se de emissores de 500 kW que se ouviam bem em grande parte da Europa de Leste, incluindo a Ucrânia.

É sempre triste assistir à destruição de torres de Onda Média, mas, vendo as coisas pelo lado positivo, são menos vozes a alimentar a narrativa russa, queimando quilowatts a justificar uma guerra que não tem justificação. A notícia mais animadora é que, aparentemente, a torre da TWR Europe, estação religiosa que emite em várias línguas da região nos 1548 kHz com 1000 kW de potência autorizada, terá sido poupada.

Acrescento, em tom de ironia, que a COPE Madrid (Espanha), a RAI Radio 1 italiana, a SBA Al-Quran al-Karim da Arábia Saudita e outras rádios agradecem à Transnístria a "amabilidade" de terem calado uma fonte de interferência nos 999 kHz. Também a Rádio 5 da Rádio Nacional de Espanha, a Premier Christian Radio britânica e outras estações têm a agradecer aos responsáveis pelo ataque a suspensão forçada da emissão russa nos 1413 kHz...


Actualização: as duas frequências voltaram ao activo, sugerindo que as torres destruídas eram, na verdade, antenas de Onda Curta, desactivadas há pouco tempo. Se o objectivo dos autores do ataque era silenciar a Rádio Rossii e a Vesti FM, a tentativa saiu completamente gorada.

domingo, maio 13, 2018

Festival Eurovisão da Canção

Não podia escrever este texto sem começar por congratular os profissionais da RTP que, com o apoio da EBU e de outras entidades, foram, por estes dias, incansáveis a trabalhar para que nada faltasse, do ponto de vista técnico, à realização do Festival Eurovisão da Canção 2018. Sem o empenho dos profissionais da televisão (mas também da rádio), jamais seria possível organizar em Portugal, de forma irrepreensível, um  evento desta envergadura.

Não obstante a evidência de que o Festival da Eurovisão é um evento sobretudo televisivo, a rádio também esteve presente na cobertura em tempo real do que se passava na Altice Arena. Se a Antena 1 marcou presença, há que destacar também outras rádios europeias  que transmitiram a final para os respectivos países. A começar pela emissora pública britânica "BBC Radio 2", que por sinal teve um comentador à altura do evento; numa rápida incursão pelo universo das rádios  online, constatei que o Festival estava também a ser transmitido na Noruega (NRK P1), Itália (RAI Radio 2), Islândia (RÚV Rás 2), Ucrânia (UR 2 Promin), Albânia (Radio Tirana 2), Finlândia (YLE Etela-Savon Radio), Estónia (ERR Raadio 2) e Moldávia (Radio Moldova), pelo menos.

Por outras palavras, aos 200 milhões de espectadores (400 milhões de olhos (!) ) que viram o espectáculo através da televisão, há que somar os ouvintes de pelo menos 10 rádios! Estamos certos que, antes da Eurovisão, nenhum outro evento havia sido feito em Portugal com uma cobertura radiofónica simultânea tão vasta, do ponto de vista geográfico - nem mesmo o Euro 2004 (acredito que também houve outras rádios europeias e, quem sabe, australianas, a retransmitir o sinal da Eurovisão).

Portugal está  de parabéns pelo êxito na organização exemplar do Festival. E, neste aspecto, a RTP merece os mais sonoros aplausos. Porque o serviço público de rádio e televisão também passa pela capacidade de mostrar um Portugal moderno e competente para realizar um espectáculo internacional desta dimensão.