Enquanto a Europa se prepara para festejar a entrada em 2016, os entusiastas da rádio que defendem a Onda Média estão em luto. Com efeito, a partir das 23h00 UTC (horário de Inverno em Portugal continental e Madeira) deste dia 31 de Dezembro de 2015, a Alemanha abandona por completo a Onda Média, bem como o Luxemburgo (1440 kHz Marnach, da RTL). Também a França abandona esta noite quase por completo esta faixa, desligando os emissores das rádios públicas France Info e France Bleu. A excepção será, aparentemente, o emissor de Lyon da Info (603 kHz), que terá visto protelado o encerramento para o próximo dia 4 de Janeiro.
Com esta lastimável onda de encerramentos, sobrevivem os seguintes emissores em Onda Média e Onda Longa, localizados dentro do território francês:
162 kHz Allouis 2000/1000 kW France Inter - desligamento agendado para o dia 31/12/2016
216 kHz Roumoules 1400/900 kW RMC (04.56 – 00.08) Local time
603 kHz Lyon - France Info - "switch off" no dia 4/01/2016
1467 kHz Roumoules 1000 kW TransWorld Radio (22.00 – 00.15) Local Time
1467 kHz Col de la Madone 40 kW Radio Maria France (06.00- 20.30) Local Time
1593 kHz St Gouéno 10 kW Bretagne 5
O argumento? Como dirão os gauleses, c'est l'argent . Em bom português, a típica "contenção de custos"...
P.S. A todos os visitantes e colaboradores do "Mundo da Rádio", desejo um óptimo Ano Novo de 2016.
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quinta-feira, dezembro 31, 2015
segunda-feira, novembro 16, 2015
Je suis Paris
A magia da rádio revela-se nos bons e nos maus momentos da História contemporânea.
Enquanto o mundo ficava a conhecer as primeiras notícias de um ataque armado em Paris, comecei, na noite do dia 13 de Novembro, a explorar a faixa de Onda Média, aproveitando os últimos dias da presença gaulesa nesta banda. A programação habitual da France Info, France Bleu e France Inter (esta última na Onda Longa, até 2016), foi substituída por emissões especiais de emergência, informando em tempo real as populações francesas a respeito dos últimos desenvolvimentos no maior atentado terrorista de sempre no país e seguramente um dos maiores, se não o maior, da Europa.
De modo semelhante, a estação privada Europe 1, que também opera na Onda Longa, realizou uma emissão especial, acompanhando a actualidade.
Há que reconhecer: os jornalistas foram incansáveis na prestação de informações essenciais para os ouvintes, prestando um verdadeiro serviço público numa hora muito difícil para a França. Com efeito, a rádio esteve presente num cenário de terror inimaginável, pelo que era fundamental tentar acalmar a população; o profissionalismo de quem se senta perto do microfone falou bem mais alto que as metralhadoras de execráveis fanáticos homens que se escudam na religião para destruir gratuitamente o dom da vida. Mesmo por cá, em Portugal, a comunicação social, nomeadamente a rádio, têm estado bem no acompanhamento da tragédia humana que se abateu na cidade-luz.
Pouco mais haverá a dizer que não se resuma à convicção de que o terrorismo não é solução para nenhum problema do mundo e só justifica a acérrima condenação da violência em nome de Deus. Aos defensores da aniquilação da vida humana em nome de uma entidade divina que decerto jamais consentiria com tal barbárie, limito-me a responder em três palavras: liberté, egalité e fraternité. Que a rádio jamais se cale perante tamanhas atrocidades que ameaçam o mundo tal como o conhecemos.
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