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domingo, março 27, 2022
Onda curta: frequências de diplomacia e propaganda à prova de guerra
quarta-feira, março 02, 2022
A Onda Curta funciona e faz falta!
- 6155 kHz, entre as 6h e as 7h20 UTC.
- 13730 kHz, entre as 11 e as 12h UTC, de segunda-feira a sábado.
- 5940 kHz, todos os dias excepto sábados, das 17h às 17h25, salvo às sextas, em que acaba às 17h20, e aos domingos, em que acaba às 17h15.
sexta-feira, fevereiro 25, 2022
Rádios de vários países apostam em emissões especiais dirigidas à Ucrânia
A Ucrânia está em guerra e algumas rádios com cobertura hertziana através da Onda Longa, Onda Média ou Onda Curta realizam agora emissões informativas a cobrir a actualidade do país invadido pela Rússia.
- A SRR, operador da rádio pública da Roménia, país vizinho da Ucrânia, substituiu a "Antena Satelor" pela "Radio România Actualități" na Onda Longa (153 kHz), reforçando a cobertura radioeléctrica da estação generalista.
- Como já foi referido no blogue, a rádio pública da Polónia passou a ter alguns noticiários em ucraniano, que podem ser ouvidos em boa parte do território da Ucrânia através da Onda Longa (225 kHz).
- A britânica BBC tem agora duas emissões diárias em Onda Curta dirigidas à Ucrânia, das 20 h até às 22 h UTC nos 5875 kHz e das 14h às 16h UTC nos 15735 kHz.
- A rádio americana WRMI passou a emitir, na Onda Curta e todos os dias à excepção das sextas-feiras, o serviço em inglês da Rádio Ucrânia Internacional, das 12h00 às 12h30 UTC, na frequência de 5010 kHz
- Na Itália, a NEXUS-International Broadcasting Association de Milan aumentou a potência do seu emissor de Onda Média (1323 kHz) e realiza, entre as 19h e as 23h CET, uma emissão dirigida ao país de Leste em confronto bélico.
quinta-feira, fevereiro 03, 2022
Coisas que vale a pena ouvir no bom e velho receptor de rádio com Onda Média e Onda Curta: emissão especial da Rádio Andorra
Porque a rádio também serve para recordar a própria rádio que se fazia no passado, um bom pretexto para ouvir a Onda Média ou a Onda Curta no próximo sábado é a emissão especial do programa "Carte Blanche" da extinta Rádio Andorra, gravado no dia 1 de Julho de 1979 e apresentado por Daniel Balavoine, um cantor francês falecido de forma trágica em 1986 aos 33 anos de idade.
O programa, restaurado a partir de uma cassete por Christian Milling, será captável em Portugal na Onda Média, através do emissor de 1000 kW da TWR Europe em Roumoules (França), nos 1467 kHz, entre as 19h00 e as 21h00 UTC do próximo sábado, dia 5 de Fevereiro de 2022; para quem prefere tentar a Onda Curta, saiba que o programa vai ser também emitido para várias zonas e em determinados horários:
- Para a América do Norte, entre as 12h00 e as 14h00 UTC do mesmo dia, nos 5850 kHz (100 kW) da WRMI Florida;
- Para a Europa (central), entre as 16h30 e as 18h30 UTC, nos 6175 kHz, através do centro emissor de Moosbrunn, na Áustria, com 100 kW;
- Para a Ásia, África e parte da América do Norte, entre as 21h30 e as 23h30 UTC, nos 7400 kHz, através do centro emissor de Gavar (Arménia), com 300 kW.
A quem tentar realizar a escuta, desejo uma boa captação!
quinta-feira, dezembro 23, 2021
Coisas que vale a pena ouvir no bom e velho receptor de rádio durante o Natal
sábado, dezembro 11, 2021
Coisas que vale a pena ouvir no bom e velho receptor de rádio
terça-feira, agosto 24, 2021
Myanmar confisca rádios com Onda Curta!
quarta-feira, agosto 18, 2021
A rádio, o meio que pode levar informação, música, desporto e entretenimento a quem vive com medo
terça-feira, dezembro 18, 2018
Onda Corta en portugués? ¡Por supuesto!
No programa "Em nome do ouvinte" da passada sexta-feira, dia 14 de Dezembro, o Provedor do Ouvinte da rádio pública aborda a situação dos canais internacionais radiofónicos da RTP, a RDP Internacional e a RDP África.
Como não podia deixar de ser, o assunto Onda Curta da RDPi não ficou de fora das críticas do Provedor, havendo até lugar para a ironia da situação: enquanto Portugal abdica de um instrumento importante de soberania radiofónica e de promoção da língua e da cultura do país, no país vizinho a Rádio Exterior de Espanha reforçou as emissões em Onda Curta em português (com sotaque brasileiro).
É bom ver que há emissoras internacionais como a REE a apostar na língua portuguesa? Sem dúvida. Melhor ainda seria se víssemos a administração da rádio pública conseguir perceber o papel único que a Onda Curta desempenhava na aproximação dos emigrantes, dos luso-descendentes e demais lusófonos,
a Portugal. E, quase oito anos volvidos sobre o encerramento das emissões em OC da RDP Internacional, ainda há, felizmente, quem lamente esta decisão. A Internet pode ser censurada num determinado país, as antenas parabólicas podem ser proibidas numa qualquer região... mas a Onda Curta continua a poder ser ouvida por quem quer estar ligado ao seu país, à sua terra natal, às suas raízes.
quarta-feira, outubro 10, 2018
RTP: Centro Emissor de Onda Curta (São Gabriel) ao (quase) abandono
Uma notícia recente publicada no site do jornal "Correio da Manhã" revela o que se temia. O Centro Emissor de Onda Curta da RDP (CEOC), localizado perto da localidade de Canha, no concelho do Montijo, encontra-se praticamente ao abandono (ainda que tenha vigilância), sem ter qualquer utilização a não ser o de armazém de um espólio que merecia estar exposto num novo "Museu da Rádio" em vez de continuar a degradar-se sem honra nem glória.
Como se sabe, as instalações do CEOC em São Gabriel (um esclarecimento:"São Gabriel" não é nenhuma localidade ou um qualquer lugarejo perto das instalações da RTP; na verdade, trata-se simplesmente da designação do terreno onde se insere o CEOC) estão desactivadas desde 2011, na sequência do encerramento das emissões em Onda Curta da RDP Internacional. Aparentemente, há um hipotético interesse na alienação do complexo, integrado numa área de cerca de 90000 metros quadrados.
De referir, a a título de curiosidade, que a notícia já foi traduzida para a língua castelhana, através do sítio "El Radioescucha".
E é assim que o material histórico do serviço público de rádio e, por inerência, propriedade do Estado português, está a ser "estimado" ...
quinta-feira, fevereiro 12, 2015
Onda Curta da RDP Internacional: «é a economia, idiota!»
No último programa da Provedora do Ouvinte da RTP (disponível em formato MP3), Paula Cordeiro respondeu às inúmeras pressões de ouvintes e entusiastas da Onda Curta, tendo assumido, de forma assertiva, inequívoca, clarividente e lacónica, o verdadeiro interesse no desmantelamento deste serviço deliberado pela então administração da empresa, diria eu, com o alto patrocínio do ministro que na altura tutelava a RTP, Jorge Lacão: a alienação dos terrenos de São Gabriel (Centro Emissor de Onda Curta), no intuito de reduzir a dívida da empresa.
A verdade, qual azeite, acaba sempre por vir ao de cima. Caiu a máscara dos vitupérios lançados a respeito da Onda Curta: a tal coisa obsoleta, desactualizada, avariada, cara, que oferece péssima recepção, que tem uma qualidade de som terrível, entre outras ideias desmontadas por uma legião de entusiastas da rádio, ouvintes, radioamadores e muitas outros defensores da soberania nacional na HF.
Vender os terrenos próximo da localidade de Canha para pagar a dívida? "Isso é uma enormidade" [sic], retorquia o então administrador Guilherme Costa. Pelos vistos, o então Provedor do Ouvinte, Mário Figueiredo, tinha razão. A importância da divulgação e afirmação da língua portuguesa no Mundo através das ondas de rádio seria totalmente esmagada pelo superior interesse imobiliário dos terrenos onde as antenas estão implantadas. Felizmente, depois de uma administração que quis vender o CEOC, depois de um ministro que quis vender tudo, parece que a nova equipa tenciona pelo menos ponderar a reactivação da Onda Curta. Creio que da fase do "não pode haver Onda Curta", está-se a caminhar para a fase do "talvez". Já não é mau haver esta ponderação. Oxalá que a história não se fique por intenções...
quinta-feira, dezembro 18, 2014
Um verdadeiro exemplo de serviço público: Rádio Exterior de Espanha reactiva as emissões em Onda Curta
terça-feira, outubro 07, 2014
Rádio Exterior de Espanha encerra as emissões em Onda Curta
Muito triste. Mas verdadeira desolador é a repetição sem conta do mesmo filme:as emissores em amplitude modulada das emissoras públicas europeias estão rapidamente a passar à história, recorrendo aos mesmos argumentos para justificar decisões políticas. A Onda Longa "não tem" ouvintes, a Onda Curta é "cara" e "obsoleta" e a "moda" passa pela Internet. Mesmo que os pobres pescadores em pleno alto mar ou os ouvintes desfavorecidos economicamente, sem Internet em casa e que não colocam a possibilidade de colocar uma parabólica ao lado da janela, no intuito de ouvir rádio no televisor fiquem a ouvir o som da estática nos seus velhos companheiros receptores de rádio...
quinta-feira, janeiro 31, 2013
Suspensão temporária, perdão, definitiva da Onda Curta da RDP Internacional
Infelizmente, parece ser definitivo: o Ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, confirmou, no final do passado mês de Janeiro, o fim definitivo da Onda Curta da RDPi.
Sem querer repetir argumentos, não posso voltar a perguntar: onde estão os estudos relativos à audiência da RDP Internacional em Onda Curta, os tais que justificaram a sua suspensão "temporária"? Na verdade, até a ERC, muito ajuizadamente, em Julho de 2012 entendeu não ter elementos suficientes para analisar a cessação definitiva das emissões da RDP Internacional a partir dos emissores em S. Gabriel. Aparentemente, ninguém é capaz de dizer quantos ouvintes foram afectados pelo fim da HF/OC, quem são, onde vivem e se podem recorrer a uma antena parabólica para ouvir a RDPi ou se têm ligação à Internet. Ninguém que avalie de forma sensata a situação consegue justificar uma decisão governamental que assenta exclusivamente em pressupostos económicos, ignorando o legítimo interesse dos emigrantes portugueses. Paradoxalmente, o mesmo Estado que pretende afastar os seus cidadãos residentes fora do território nacional da actualidade portuguesa é o mesmíssimo Estado que se preocupa com as remessas desses mesmos portugueses.
A todos os ouvintes afectados pelo fim da Onda Curta, apresento, mais uma vez, a minha solidariedade.
quarta-feira, junho 13, 2012
Rádio Vaticano termina emissões em Onda Curta e Onda Média para a Europa e América
O principal argumento invocado pela emissora internacional católica para a redução das emissões em OC e OM passa pelo facto de diversas emissoras católicas europeias e americanas retransmitirem programas da Rádio Vaticano, mas também pelo facto dessas mesma emissões serem escutáveis através da Internet. É provável que a polémica relativa às radiações do emissor, que alegadamente afectam as populações locais tenha também contribuído para a decisão peremptória. A emissora pretende, para já, manter as emissões OC dirigidas aos continentes africano e asiático, regiões do mundo onde o acesso à estação através de outros meios ainda é difícil e inacessível às populações menos favorecidas.
De referir que, no que respeita à Onda Média, a RV emite actualmente a partir da cidade do Vaticano através dos 585 e 1260 kHz, ambos com 10 kW, mas também a partir de Santa Maria di Galeria nos 1530 kHz 150 kW e 1611 kHz 15~100 kW. A rádio que transmite a voz do Sumo Pontífice também dispõe de três frequências FM (93,3; 103,8 e 105,0 MHz), todas com 10 kW, servindo o mais pequeno Estado da Europa, mas também a região de Roma, mas também já aderiu à rádio digital, cobrindo a Itália em DAB/DAB+.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
quarta-feira, março 21, 2012
Emissores do CEOC vendidos?!
Por outras palavras, os primorosos mandantes democraticamente eleitos pelo povo, os mesmos que sugerem aos portugueses insatisfeitos com a sua vida que emigrem, tomaram a atitude paradoxal de continuar a dificultar (ou até barrar) o acesso à estação de rádio internacional portuguesa por parte dos milhões de emigrantes portugueses espalhados pelo mundo e restantes lusófonos que reconhecem a importância da RDP Internacional. E como se tal não bastasse, ainda (alegadamente) têm o descaramento de prepararem a venda de equipamentos de milhões de euros, provavelmente sem terem em conta o interesse público e sem acautelarem os interesses do próprio Estado, oferecendo os emissores a preço de saldo. Como se na parca memória dos mesmíssimos políticos não coubesse a informação que a Onda Curta da RDPi precisa de emissores de radiodifusão preparados para as faixas de HF, por forma a assegurar as emissões aquando de uma eventual reactivação do serviço. Mais: para que conste, com ou sem emissores, as emissões em Onda Curta da rádio pública portuguesa só poderão ser definitivamente suspensas após a alteração do contrato de concessão do serviço público de radiodifusão. Qualquer outro enquadramento que não a "suspensão temporária" será, assim, ilegal.
Corolário: Antes de suspender definitivamente o CEOC, o governo terá, obrigatoriamente, de alterar a cláusula 2.ª do contrato de concessão do serviço público de rádio:
« (...)
Cláusula 2ª
(Âmbito)
A concessão do Serviço Público de Radiodifusão Sonora abrange todas as emissões de
cobertura nacional, regional e local, nas frequências actualmente autorizadas, ou que o
venham a ser, nomeadamente as emissões em DAB e, ainda, as emissões em onda curta e
por satélite, aqui designadas, no seu conjunto, por RDP INTERNACIONAL, bem como as
emissões de redifusão (satélite/FM) que constituem a RDP ÁFRICA. (...)»
in rtp.pt (sublinhados meus)
Admitindo-se a veracidade da situação relatada, que legitimidade terá o governo para manter uma "suspensão temporária" quando não estarão reunidas as condições para uma eventual a reactivação das emissões? Não haverá coragem política para mudar o contrato de concessão da RTP-rádio antes de proceder a um eventual negócio de alienação de infra-estruturas públicas que servem a emissora internacional portuguesa?
Muito sinceramente, espero que, a confirmarem-se os rumores, um responsável político com pejo, em nome da transparência e da confiança depositada nele pelos seus eleitores, tome a coragem de confessar publicamente o negócio, revelando os pormenores das negociações, não esquecendo a alteração legal referida. Caso contrário, os cidadãos portugueses legitimamente indignados com a "suspensão temporária" da RDPi reservam-se o direito de retirar a confiança política e institucional aos iluminados que, (mais uma vez, não estando oficialmente confirmado, continuo a utilizar o advérbio "alegadamente") estudam veladamente um negócio altamente ruinoso para o interesse público e que claramente prejudica a afirmação de Portugal no mundo!
Os mesmos cidadãos (onde me incluo), perguntar-se-ão: mas onde estão os estudos de viabilidade das emissões em OC da RDP Internacional? Que impacto teve a suspensão das emissões nas audiências da estação? Quantos ouvintes deixaram de poder ouvir a RDPi devido à incapacidade de utilizarem sistemas de recepção alternativos? Boas perguntas, certamente, às quais, infelizmente, também procuro uma resposta convincente do ministro Miguel Relvas e da administração da RTP...
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
domingo, outubro 30, 2011
O ano de 2011 candidata-se seriamente a ser conhecido como o ano em que a Onda Curta morreu de vez em Portugal! Como se não bastasse a vergonhosa "suspensão temporária" das emissões da RDPi nesta faixa, o centro emissor de Sines da DW termina definitivamente a sua actividade a partir do momento em que entra em vigor o período B11 (de 30 Outubro de 2011 até ao final de Março de 2012).
Durante 40 anos, a Deutsche Welle foi retransmitida para a Europa através de Sines. Como contrapartida pela instalação de um centro emissor de Portugal, fixada pelo governo português, a DW transmitia também a RDPi para a Europa, inclusivamente durante a "suspensão temporária" das emissões em OC através do CEOC; também é de referir que, de forma a rentabilizar os emissores, a DW sempre alugou tempo de emissão a outras emissoras internacionais, como a BBC, a R. Netherlands, a NHK (Japão), entre outras. Outrora, até a Rádio Renascença alugou uma frequência para a Europa.
Com a queda dos regimes comunistas na Europa de Leste, o emissor de Sines arriscava-se a perder a sua importância, mas a DW decidiu rentabilizá-lo, equipando as instalações de Sines com novas antenas rotativas, que permitem(iam) emitir em qualquer azimute, atingindo qualquer ponto do globo terrestre. Esta remodelação do parque de antenas assegurou a viabilidade do emissor durante os últimos anos, que passou a transmitir a DW para a América e África.
No final dos ano 90, a DW começou a realizar as primeiras emissões em modo digital DRM (Digital Radio Mondiale), a partir de Sines.
Para os entusiastas da OC, vale a pena ouvir este programa do serviço em português da DW, que conta a história do emissor de Sines, com relatos na 1.ª pessoa de funcionários da ProFunk GmbH, a empresa que gere as infra-estruturas da Onda Alemã em Sines.
quarta-feira, junho 15, 2011
Que a RTP teve o descaramento de suspender temporariamente a Onda Curta da RDPi, é um facto infelizmente constatável com um receptor de rádio... Todavia, a rádio pública portuguesa omite (talvez uma forma deliberada de forçar os ouvintes a esquecer a OC) uma informação importante: a RDPi continua a emitir em Onda Curta para a Europa, através do centro emissor de Sines da ProFunk GmbH.
Assim, a RDPi continua a ser sintonizada de 2.ª a 6.ª feira, entre as 0645 e as 0800 UTC, nos 11 850 kHz (banda dos 25m). Aos sábados e domingos, a RDPi só poderá ser escutada com um receptor digital com DRM (Digital Radio Mondiale) entre as 0830-1000 UTC nos 11 995 kHz (25m). Estas emissões deverão continuar operacionais até ao final de Outubro, altura em que a própria manutenção do centro emissor de Sines é posta em causa.
Mau demais para ser verdade: o ano de 2011 ainda vai a meio e já se arrisca a ficar registado na História da rádio em Portugal como o ano da morte da radiodifusão em Onda Curta no nosso país. Depois da "suspensão temporária" da RDPi em Onda Curta, é a vez da Deutsche Welle contar os dias de vida do centro emissor de Sines da ProFunk GmbH.
A DW prepara-se para realizar cortes nas emissões em Onda Curta, reduzindo drasticamente as horas de emissão e as línguas em que a emissora germânica opera. Entre as medidas anunciadas pela estação alemã, destaca-se a desactivação de vários centros emissores, nomeadamente os de Trincomalee (Sri Lanka) e Sines (Portugal) . A partir do dia 1 de Novembro de 2011, o centro emissor de Onda Curta em Sines deverá ser desactivado, deixando de emitir a DW e/ou outras estações que alugam tempo de emissão à rádio internacional da Alemanha. Infelizmente, entre outros efeitos colaterais da decisão, afigura-se provável o cenário de ver os técnicos portugueses ao serviço da DW engrossar a pesada lista de desempregados do nosso país...