Porto vai ter duas rádios temporárias:
Parece que o éter na cidade invicta vai estar bem animado nos próximos tempos! A cidade do Porto vai poder ouvir duas rádios temporárias: a Rádio Futura e a Rádio Manobras:
- A Rádio Futura regressa ao éter por ocasião do festival Future Places , que decorrerá entre os dias 19 e 22 de Outubro. Tal como as edições anteriores, a Rádio Futura vai estar a cargo da Rádio Zero e vai emitir do coração da cidade invicta nos 102,1 MHz.
- A Rádio Manobras deverá emitir entre os dias 28 de Setembro e 2 de Outubro (datas não confirmadas), na frequência 91,5 MHz. Esta estação está associada ao projecto Manobras, que visa dinamizar o centro histórico do Porto.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Blog do site "Mundo da Rádio". Os comentários aos acontecimentos ao universo da rádio. As últimas notícias da rádio em Portugal e no Mundo. Visite www.mundodaradio.info .
segunda-feira, setembro 26, 2011
quinta-feira, setembro 22, 2011
Rádio Nostalgia - 90,4 Lisboa + 91,0 MHz Matosinhos:
A Rádio Nostalgia arrancou ontem nos 90,4 MHz Lisboa e 91,0 MHz Matosinhos. Segundo os relatos divulgados num tópico do "Fórum Ondas da Rádio", as duas frequências já operam com RDS "NSTALGIA" e estarão a ser alvo de optimizações. Aparentemente, o emissor da ex-Rádio Clube de Matosinhos (91,0 MHz) terá sido deslocalizado, muito provavelmente para o Monte da Virgem, tendo melhorado o sinal na cidade do Porto e na região Norte. É expectável que o emissor partilhe a torre com a Rádio Nova Era (101,3) e a Rádio SWtmn (102,7 MHz), a avaliar pelas falhas nas emissões que serão o resultado das mexidas na estrutura de emissão da Nostalgia.
A "nova" Rádio Nostalgia já tem um sítio activo em http://www.nostalgia.pt/ , não obstante se resumir ao logótipo da estação. Recorde-se que a Rádio Nostalgia está a ser (re)lançada no mercado português pelas mãos da "Música no Coração", empresa de Luís Montez, que terá investido 3 milhões de euros no projecto, que funciona em regime de franchising da estação gaulesa "Radio Nostalgie".
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
A Rádio Nostalgia arrancou ontem nos 90,4 MHz Lisboa e 91,0 MHz Matosinhos. Segundo os relatos divulgados num tópico do "Fórum Ondas da Rádio", as duas frequências já operam com RDS "NSTALGIA" e estarão a ser alvo de optimizações. Aparentemente, o emissor da ex-Rádio Clube de Matosinhos (91,0 MHz) terá sido deslocalizado, muito provavelmente para o Monte da Virgem, tendo melhorado o sinal na cidade do Porto e na região Norte. É expectável que o emissor partilhe a torre com a Rádio Nova Era (101,3) e a Rádio SWtmn (102,7 MHz), a avaliar pelas falhas nas emissões que serão o resultado das mexidas na estrutura de emissão da Nostalgia.
A "nova" Rádio Nostalgia já tem um sítio activo em http://www.nostalgia.pt/ , não obstante se resumir ao logótipo da estação. Recorde-se que a Rádio Nostalgia está a ser (re)lançada no mercado português pelas mãos da "Música no Coração", empresa de Luís Montez, que terá investido 3 milhões de euros no projecto, que funciona em regime de franchising da estação gaulesa "Radio Nostalgie".
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Smooth FM: 103,0 Barreiro (Lisboa) e 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (região Centro)
Prometido e cumprido: a Smooth FM arrancou hoje às 18h30 nas frequências 103,0 MHz Barreiro e 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos. A nova estação da MCR teve direito a uma inauguração com emissão em directo do Sky Bar, no Hotel Tivoli de Lisboa. Ao que parece, a Smooth FM não se limita a ser mais uma rádio totalmente automatizada pelo Dalet, tendo alguma animação em antena.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Prometido e cumprido: a Smooth FM arrancou hoje às 18h30 nas frequências 103,0 MHz Barreiro e 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos. A nova estação da MCR teve direito a uma inauguração com emissão em directo do Sky Bar, no Hotel Tivoli de Lisboa. Ao que parece, a Smooth FM não se limita a ser mais uma rádio totalmente automatizada pelo Dalet, tendo alguma animação em antena.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
segunda-feira, setembro 19, 2011
Smooth FM arranca na quarta-feira, dia 21:
A Smooth FM vai estar no ar a partir das 18h30 da próxima quarta-feira, dia 21 de Setembro. O sítio TVI 24 confirma também que a nova estação da MCR orientada para o jazz emitirá nos 103,0 MHz Barreiro (substituindo a Mix FM ) e nos 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (ocupados até agora pela Romântica FM).
Aparentemente, a ERC ainda não se terá pronunciado a respeito da alteração do projecto aprovado para os 89,5 MHz Matosinhos (Best Rock FM), frequência também reservada para a Smooth FM. Assim, e pela primeira vez na história recente da Média Capital Rádios, um projecto radiofónico arranca oficialmente na região de Lisboa e no Centro do país, mas não no Grande Porto. Entretanto, as frequências 101,1 MHz Moita e 89,5 Matosinhos continuam a transmitir uma Best Rock FM completamente automatizada, com uma "playlist" muito repetitiva, como que a aguardar um novo projecto que substitua a rádio rock.
A Smooth FM vai estar no ar a partir das 18h30 da próxima quarta-feira, dia 21 de Setembro. O sítio TVI 24 confirma também que a nova estação da MCR orientada para o jazz emitirá nos 103,0 MHz Barreiro (substituindo a Mix FM ) e nos 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (ocupados até agora pela Romântica FM).
Aparentemente, a ERC ainda não se terá pronunciado a respeito da alteração do projecto aprovado para os 89,5 MHz Matosinhos (Best Rock FM), frequência também reservada para a Smooth FM. Assim, e pela primeira vez na história recente da Média Capital Rádios, um projecto radiofónico arranca oficialmente na região de Lisboa e no Centro do país, mas não no Grande Porto. Entretanto, as frequências 101,1 MHz Moita e 89,5 Matosinhos continuam a transmitir uma Best Rock FM completamente automatizada, com uma "playlist" muito repetitiva, como que a aguardar um novo projecto que substitua a rádio rock.
quinta-feira, setembro 15, 2011
Rádio Comercial já emite em Esposende (distrito de Braga)... nos 89,3 MHz!
Conforme anunciado ontem no blogue, a Rádio Comercial já emite de Esposende, na frequência 89,3 MHz. O novo emissor destina-se (em princípio) a servir Viana do Castelo; todavia, devido à localização e à aparente parca potência, é bem provável que a cobertura a norte de Esposende, nomeadamente no concelho de Viana do Castelo, seja fraca.
O relato do utilizador "TMG" do Fórum da Rádio revela que o novo emissor situa-se no Monte do Faro (Esposende), a 170 metros de altitude, perto da auto-estrada A28. Note-se que a localização ideal para o emissor seria no alto do Muro (Serra Amarela), cujos emissores servem a princesa do Lima. Contudo, tal possibilidade é inviabilizada pela falta de frequências disponíveis para um emissor de grande potência a mais de 1300m de altitude.
Com esta nova estrutura de emissão, eleva-se para quatro o número de retransmissores da Rádio Comercial que operam a título experimental: 92,2 MHz 0,2 kW Aveiro; 94,3 MHz 0,5 kW Viseu; 103,1 Pico da Pena (Vouzela) e 89,3 MHz Esposende.
Conforme anunciado ontem no blogue, a Rádio Comercial já emite de Esposende, na frequência 89,3 MHz. O novo emissor destina-se (em princípio) a servir Viana do Castelo; todavia, devido à localização e à aparente parca potência, é bem provável que a cobertura a norte de Esposende, nomeadamente no concelho de Viana do Castelo, seja fraca.
O relato do utilizador "TMG" do Fórum da Rádio revela que o novo emissor situa-se no Monte do Faro (Esposende), a 170 metros de altitude, perto da auto-estrada A28. Note-se que a localização ideal para o emissor seria no alto do Muro (Serra Amarela), cujos emissores servem a princesa do Lima. Contudo, tal possibilidade é inviabilizada pela falta de frequências disponíveis para um emissor de grande potência a mais de 1300m de altitude.
Com esta nova estrutura de emissão, eleva-se para quatro o número de retransmissores da Rádio Comercial que operam a título experimental: 92,2 MHz 0,2 kW Aveiro; 94,3 MHz 0,5 kW Viseu; 103,1 Pico da Pena (Vouzela) e 89,3 MHz Esposende.
quarta-feira, setembro 14, 2011
Smooth FM arranca no dia 19 de Setembro?
A acreditar na emissão da Mix FM (103,0 MHz Barreiro), a Smooth FM deverá arrancar na próxima seguinda-feira, dia 19. A nova estação da MCR deverá apostar em música jazz, nomeadamente smooth jazz, mas também terá alguns temas de blues e soul e, em princípio, emitirá nos 103,0 Barreiro, 89,5 MHz Matosinhos (actual Best Rock FM) e nos 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (actual Romântica FM).
A acreditar na emissão da Mix FM (103,0 MHz Barreiro), a Smooth FM deverá arrancar na próxima seguinda-feira, dia 19. A nova estação da MCR deverá apostar em música jazz, nomeadamente smooth jazz, mas também terá alguns temas de blues e soul e, em princípio, emitirá nos 103,0 Barreiro, 89,5 MHz Matosinhos (actual Best Rock FM) e nos 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (actual Romântica FM).
Rádio Comercial tem novo emissor no Pico da Pena (Vouzela): 103,1 MHz
A MCR continua a reforçar a cobertura nacional da Rádio Comercial, instalando novos emissores que procuram melhorar a qualidade de recepção da rádio da "melhor música dos últimos 10 anos". Depois de Sintra, Viseu e Aveiro, agora é a vez do Pico da Pena (Vouzela) ser o local contemplado com um novo retransmissor da Comercial, que, segundo o utilizador "estvmkt" do Fórum da Rádio, opera na frequência 103,1 MHz. A nova estrutura vem melhorar o sinal da rádio nacional detida pela Média Capital Rádios na região de são Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades, sendo também audível em Viseu.
Entretanto, a mesma fonte revela que a estação não se fica por aqui, estando prevista a instalação de um emissor no concelho de Esposende (distrito de Braga), destinado a melhorar a recepção na região de Viana do Castelo. Idealmente, a Rádio Comercial instalaria um emissor no alto do Muro (Serra Amarela) por forma a assegurar uma audição cristalina em Viana do Castelo; todavia, devido à saturação do espectro, não existem frequências disponíveis para tal pelo que, àfalta de melhor, a MCR recorre a um emissor situado nas proximidades da capital de distrito minhota.
De salientar o facto de estes novos emissores (Aveiro, Viseu, Pico da Pena e brevemente Esposende) estarem a funcionar a título experimental, pelo que poderão existir alterações nas características das emissões até à conclusão do processo de licenciamento das frequências pela ANACOM.
A MCR continua a reforçar a cobertura nacional da Rádio Comercial, instalando novos emissores que procuram melhorar a qualidade de recepção da rádio da "melhor música dos últimos 10 anos". Depois de Sintra, Viseu e Aveiro, agora é a vez do Pico da Pena (Vouzela) ser o local contemplado com um novo retransmissor da Comercial, que, segundo o utilizador "estvmkt" do Fórum da Rádio, opera na frequência 103,1 MHz. A nova estrutura vem melhorar o sinal da rádio nacional detida pela Média Capital Rádios na região de são Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades, sendo também audível em Viseu.
Entretanto, a mesma fonte revela que a estação não se fica por aqui, estando prevista a instalação de um emissor no concelho de Esposende (distrito de Braga), destinado a melhorar a recepção na região de Viana do Castelo. Idealmente, a Rádio Comercial instalaria um emissor no alto do Muro (Serra Amarela) por forma a assegurar uma audição cristalina em Viana do Castelo; todavia, devido à saturação do espectro, não existem frequências disponíveis para tal pelo que, àfalta de melhor, a MCR recorre a um emissor situado nas proximidades da capital de distrito minhota.
De salientar o facto de estes novos emissores (Aveiro, Viseu, Pico da Pena e brevemente Esposende) estarem a funcionar a título experimental, pelo que poderão existir alterações nas características das emissões até à conclusão do processo de licenciamento das frequências pela ANACOM.
sábado, setembro 03, 2011
RFM emite em directo dos Açores:
Numa iniciativa inédita na rádio das "grandes músicas", a RFM está a emitir a partir dos Açores. A emissão especial, realizada nas Portas do Mar, em Ponta Delgada, está no ar desde as 10 horas da manhã de hoje (sábado, 3 de Setembro) até às 2h00 de amanhã (domingo) e tem como objectivo comemorar um ano de emissões da RFM (e da RR) no arquipélago.
Sem dúvida que esta é uma iniciativa a ser aplaudida e que contraria o centralismo típico das rádios nacionais que normalmente insistem na dicotomia Lisboa / Porto, "esquecendo" não só o resto do continente, como os arquipélagos da Madeira e Açores. Exceptuando as emissões da RDP, esta será a primeira vez que uma rádio nacional (privada) realiza uma emissão para todo o país a partir das regiões autónomas.
Numa iniciativa inédita na rádio das "grandes músicas", a RFM está a emitir a partir dos Açores. A emissão especial, realizada nas Portas do Mar, em Ponta Delgada, está no ar desde as 10 horas da manhã de hoje (sábado, 3 de Setembro) até às 2h00 de amanhã (domingo) e tem como objectivo comemorar um ano de emissões da RFM (e da RR) no arquipélago.
Sem dúvida que esta é uma iniciativa a ser aplaudida e que contraria o centralismo típico das rádios nacionais que normalmente insistem na dicotomia Lisboa / Porto, "esquecendo" não só o resto do continente, como os arquipélagos da Madeira e Açores. Exceptuando as emissões da RDP, esta será a primeira vez que uma rádio nacional (privada) realiza uma emissão para todo o país a partir das regiões autónomas.
quinta-feira, setembro 01, 2011
RDP Internacional em Onda Curta: "cara" e "obsoleta"?!
A audição dos responsáveis da RTP e do governo a respeito da suspensão temporária das emissões em Onda Curta da RDP Internacional, promovida no âmbito da Comissão de Ética, Cidadania e Comunicação pelo Partido Comunista Português (PCP) na passada 3.ª feira (dia 30 de Agosto), levou o ministro Miguel Relvas, o presidente do conselho de administração da RTP, Guilherme Costa e o Provedor do Ouvinte à Assembleia da República.
As escassas horas empregues no esclarecimento aos deputados da situação da rádio e televisão do Estado foram decididamente marcadas pelo cinismo e a hipocrisia reinantes nas declarações dos responsáveis da rádio pública e do governo . Começando nas exposições do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que se limitou a justificar a suspensão temporária com números (custos), passando pelas declarações do administrador da RTP, considerando que a empresa pública tem «todos os motivos» para suspender a Onda Curta da RDP Internacional. Guilherme Costa entende também que a Onda Curta é "cara", "tendencialmente obsoleta do ponto de vista da recepção" e "não tem hoje a audição que se supõe, para além de que parte dessa audição pode ser facilmente substituível", os esclarecimentos fornecidos aos nossos representantes, eleitos por todo nós, revelaram uma visão economicista, míope e desprestigiante de um serviço público que deve ser prestado nas melhores condições possíveis à vasta comunidade de emigrantes portugueses dispersa pelo mundo.
Sim, caro leitor, leu bem: a administração da RTP entende que existem todos os motivos possíveis e imaginários para acabar com a Onda Curta da RDPi. Creio que esta frase diz tudo: a hierarquia máxima da RTP julga-se no direito de denunciar uma postura altiva e prepotente quando avalia a situação dos nossos compatriotas (e outros lusófonos) que vêem na RDPi uma ligação umbilical com a sua pátria-natal. Como se o típico ouvinte de Onda Curta fosse um cibernauta activo que costuma preferir uma recepção da sua estação de rádio favorita através da rede mundial de computadores em vez de ligar o rádio portátil a pilhas na "velhinha" e "obsoleta" faixa do espectro radioeléctrico compreendida entre os 3 e os 30 MHz. Como se todos os ouvintes tivessem condições técnicas e legais para ouvir a RDPi via satélite. Como se a generalidade dos ouvintes tivesse acesso a uma rede de cabo que forneça o sinal da rádio internacional portuguesa.
Mais: tanto quanto me recorde, não foi feito nenhum estudo de audiência da RDPi que envolvesse as comunidades de emigrantes e as associações de portugueses radicados no estrangeiro. Como pode garantir, então, a RTP, que ninguém ouve a Onda Curta? Será que o número de ouvintes é igual ao número de reclamações ou haverá muitas situações de ouvintes que não podem, em tempo útil, defender a sua posição junto da estação pública?
Num parlamento que ouve dirigentes despóticos, insensíveis e inexoráveis, cuja idolatria por números ultrapassa os direitos dos cidadãos residentes fora do país que os viu nascer e criar, eis que uma tímida mas nobre voz se destaca no coro: Mário Figueiredo, Provedor do Ouvinte, não só ameaça tomar a atitude de apresentar a sua demissão no caso de a RTP seguir avante com a suspensão perpétua da Onda Curta, como denuncia um potencial e velado esquema para reduzir a dívida da empresa pública, sacrificando o interesse de quem, ausente da sua Pátria, praticamente só é associado pela classe política ao envio de remessas monetárias aos bancos portugueses, sem reconhecer o importante papel que as comunidades portuguesas disseminadas por todo o mundo podem e devem desempenhar no contributo para divulgar a língua e cultura deste nosso jardim à beira-mar plantado!
Sugiro aos estimados leitores deste artigo que façamos um pé-de-meia para angariar fundos destinados à aquisição de viagens para o Sr. Ministro Miguel Relvas e o Dr. Guilherme Costa passarem um belo mês de férias numa aldeia perdida no continente africano sem Internet e onde não seja possível instalar uma antena parabólica de 3 metros de diâmetro. Espero que desfrutem do facto de não conseguirem acompanhar a actualidade portuguesa através do rádio, o tal aparelho pequeno e a pilhas que até funciona quando a electricidade falha e quando o recurso a outras tecnologias modernas não é viável!
A audição dos responsáveis da RTP e do governo a respeito da suspensão temporária das emissões em Onda Curta da RDP Internacional, promovida no âmbito da Comissão de Ética, Cidadania e Comunicação pelo Partido Comunista Português (PCP) na passada 3.ª feira (dia 30 de Agosto), levou o ministro Miguel Relvas, o presidente do conselho de administração da RTP, Guilherme Costa e o Provedor do Ouvinte à Assembleia da República.
As escassas horas empregues no esclarecimento aos deputados da situação da rádio e televisão do Estado foram decididamente marcadas pelo cinismo e a hipocrisia reinantes nas declarações dos responsáveis da rádio pública e do governo . Começando nas exposições do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que se limitou a justificar a suspensão temporária com números (custos), passando pelas declarações do administrador da RTP, considerando que a empresa pública tem «todos os motivos» para suspender a Onda Curta da RDP Internacional. Guilherme Costa entende também que a Onda Curta é "cara", "tendencialmente obsoleta do ponto de vista da recepção" e "não tem hoje a audição que se supõe, para além de que parte dessa audição pode ser facilmente substituível", os esclarecimentos fornecidos aos nossos representantes, eleitos por todo nós, revelaram uma visão economicista, míope e desprestigiante de um serviço público que deve ser prestado nas melhores condições possíveis à vasta comunidade de emigrantes portugueses dispersa pelo mundo.
Sim, caro leitor, leu bem: a administração da RTP entende que existem todos os motivos possíveis e imaginários para acabar com a Onda Curta da RDPi. Creio que esta frase diz tudo: a hierarquia máxima da RTP julga-se no direito de denunciar uma postura altiva e prepotente quando avalia a situação dos nossos compatriotas (e outros lusófonos) que vêem na RDPi uma ligação umbilical com a sua pátria-natal. Como se o típico ouvinte de Onda Curta fosse um cibernauta activo que costuma preferir uma recepção da sua estação de rádio favorita através da rede mundial de computadores em vez de ligar o rádio portátil a pilhas na "velhinha" e "obsoleta" faixa do espectro radioeléctrico compreendida entre os 3 e os 30 MHz. Como se todos os ouvintes tivessem condições técnicas e legais para ouvir a RDPi via satélite. Como se a generalidade dos ouvintes tivesse acesso a uma rede de cabo que forneça o sinal da rádio internacional portuguesa.
Mais: tanto quanto me recorde, não foi feito nenhum estudo de audiência da RDPi que envolvesse as comunidades de emigrantes e as associações de portugueses radicados no estrangeiro. Como pode garantir, então, a RTP, que ninguém ouve a Onda Curta? Será que o número de ouvintes é igual ao número de reclamações ou haverá muitas situações de ouvintes que não podem, em tempo útil, defender a sua posição junto da estação pública?
Num parlamento que ouve dirigentes despóticos, insensíveis e inexoráveis, cuja idolatria por números ultrapassa os direitos dos cidadãos residentes fora do país que os viu nascer e criar, eis que uma tímida mas nobre voz se destaca no coro: Mário Figueiredo, Provedor do Ouvinte, não só ameaça tomar a atitude de apresentar a sua demissão no caso de a RTP seguir avante com a suspensão perpétua da Onda Curta, como denuncia um potencial e velado esquema para reduzir a dívida da empresa pública, sacrificando o interesse de quem, ausente da sua Pátria, praticamente só é associado pela classe política ao envio de remessas monetárias aos bancos portugueses, sem reconhecer o importante papel que as comunidades portuguesas disseminadas por todo o mundo podem e devem desempenhar no contributo para divulgar a língua e cultura deste nosso jardim à beira-mar plantado!
Sugiro aos estimados leitores deste artigo que façamos um pé-de-meia para angariar fundos destinados à aquisição de viagens para o Sr. Ministro Miguel Relvas e o Dr. Guilherme Costa passarem um belo mês de férias numa aldeia perdida no continente africano sem Internet e onde não seja possível instalar uma antena parabólica de 3 metros de diâmetro. Espero que desfrutem do facto de não conseguirem acompanhar a actualidade portuguesa através do rádio, o tal aparelho pequeno e a pilhas que até funciona quando a electricidade falha e quando o recurso a outras tecnologias modernas não é viável!
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