ERC autoriza CM Rádio nos 90,4 MHz Lisboa e 94,8 MHz Porto

Está confirmado: em breve vai para o ar a CM Rádio, a estação que vai substituir a SBSR nos 90,4 Lisboa e a Rádio Festival nos 94,8 MHz Porto. A ERC já autorizou a alteração dos projectos definidos para as duas frequências.

A Medialivre promete lançar a nova estação informativa até ao fim do ano. E, como seria de esperar, a CM Rádio vai estar intimamente associada à CMTV, transmitindo alguns programas do canal televisivo e acompanhando a actualidade em simultâneo com a CMTV sempre que se justificar.

Rádio SBSR chega ao fim na próxima segunda-feira

Já se esperava, depois de se saber que os 90,4 MHz Lisboa foram vendidos à Medialivre, mas a pior notícia confirma-se: a Rádio SBSR vai fechar. A parte menos má da decisão é que, na próxima segunda-feira, dia 30 de Setembro, vai haver uma emissão especial de despedida. A música independente em Portugal vai ficar mais pobre.

Entretanto, não se conhece o futuro dos 91,0 MHz Matosinhos (com emissor no Porto). Provavelmente, a Rádio Festival vai passar para os 91,0, ou então a frequência passará a ser ocupada por outra rádio pertencente ao engenheiro Luís Montez. Seria bom ter a Rádio Marginal a chegar ao Grande Porto.

Outra grande incógnita é, por enquanto, o nome da estação que a Medialivre vai lançar nos 90,4 Lisboa e 94,8 MHz Porto, nem tão-pouco se o objectivo passa por ser uma estação generalista ou temática informativa. Aguardemos por novidades.

SBSR FM (90,4 MHz Lisboa) e Rádio Festival (94,8 MHz Porto) vendidas à empresa do Correio da Manhã!

Quiçá a notícia mais surpreendente do ano radiofónico: a ERC autorizou a "Música no Coração ", empresa de Luís Montez, a vender a totalidade do capital social a favor da empresa Medialivre, SA, dos operadores detentores dos alvarás da rádio SBSR FM (90,4 MHz Lisboa) e da Rádio Festival (94,8 MHz Porto)

Assim, a Medialivre, empresa que detém,  entre outros activos, o jornal "Correio da Manhã" e a CMTV, passa a ter rádios no seu portefólio. Provavelmente,  o objectivo passa por relançar o Correio da Manhã Rádio, estação que operou na Rede Regional Sul (frequências actualmente ocupadas pela M80 Rádio) no início dos anos 90 do século passado. 

ERC "chumba" SBSR nos 88,6 MHz da Rádio Jornal de Setúbal!

Se um "chumbo" incomoda, dois "chumbos" de seguida devem incomodar muito mais o engenheiro Luís Montez. A Rádio Jornal de Setúbal (88,6 MHz) "quis" associar-se ao projecto SBSR FM, pelo que solicitou autorização à ERC para a alteração do projecto generalista para temático musical.

Todavia, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social entendeu que a intenção subjacente ao pedido era a transformação da RJS num mero retransmissor da SBSR; além disso,a ERC, mantendo a linha de coerência que levou à reprovação da mudança do projecto da Rádio Azul, continua a manifestar a preocupação derivada do facto de haver um elemento da gerência da rádio que também ´
é membro da gerência das outras duas frequências atribuídas ao concelho (Rádio Azul e Rádio Amália).

A ligação das três rádios ao grupo "Música no Coração" terá tido peso significativo na decisão da ERC. Em termos práticos, a ERC disse que, no limite, o  engº Luís Montez pode controlar indirectamente o funcionamento da RJS e da Rádio Azul,  além da Rádio Amália. Ou seja, as três rádios de Setúbal. Considerando todas estas preocupações e outras, a ERC deliberou indeferir  o requerimento para a autorização da mudança do projecto da RJS.

Compra da Rádio Azul (98,9 MHz Setúbal) pela "Música no Coração" revogada pela ERC!

Más notícias para o engenheiro Luís Montez: a ERC revogou a deliberação que autorizava a venda da aquisição do alvará da Rádio Azul (98,9 MHz Setúbal) à empresa "Música no Coração".

Em causa está a ligação de um dos elementos da gerência da rádio às outras duas estações locais do concelho banhado pelo rio Sado, mas também o facto de, a concretizar-se o negócio, a "Música no Coração" passar a controlar 66% das licenças de rádio atribuídas ao concelho de Setúbal, quando a lei proíbe a concentração de mais de 50% na mesma empresa (ou na mesma pessoa física).

Considerando estas irregularidades, a entidade reguladora do sector da comunicação social não poderia aceitar a alteração do domínio do operador em causa, pelo que deliberou a revogação da decisão anterior.