terça-feira, novembro 19, 2019

Faleceu o cantautor José Mário Branco - e a rádio não ficou indiferente

O país acordou hoje de manhã a saber que tinha falecido o cantautor português José Mário Branco. Se o músico de intervenção inspirou muitos dos artistas da actualidade, as rádios não ficaram indiferentes ao desaparecimento de um dos maiores autores e intérpretes da música portuguesa. Mal a notícia chegou à redacção da rádio pública, a Antena 1 e a Antena 3 evocaram a memória do artista. Também a Rádio Radar (97,8 MHz Almada), realizou uma emissão especial;  do pouco que pude ouvir, a TSF homenageou igualmente o José Mário Branco.

Sem dúvida que a música portuguesa ficou hoje mais pobre. Que o grande José Mário Branco descanse em paz.

domingo, novembro 17, 2019

Rádio Observador deslocaliza o emissor do Seixal (98,7 MHz)?

Apesar de não ter sido, para já, confirmado oficialmente, a Rádio Observador terá deslocalizado o emissor do Seixal. A nova estação emissora dos 98,7 MHz situa-se na zona da Aroeira / Verdizela e já terá entrado em funcionamento, porquanto a cobertura radioeléctrica da rádio de informação sofreu alterações nos últimos dias.

De acordo com os relatos publicados no "Fórum da Rádio", a recepção da emissora associada ao jornal online homónimo melhorou em Cascais, todavia o sinal piorou em várias zonas de Lisboa, incluindo o Alvito e a freguesia de Benfica. Ao que parece, a qualidade do sinal também terá piorado em Odivelas (utilizando um telemóvel com rádio FM).

domingo, novembro 10, 2019

Cadena SER (Espanha) sofre ciberataque de ransomware!

Ao longo das longas décadas  de existência, as estações de rádio foram evoluindo os meios tecnológicos utilizados para tocar música, gravar programas e outras tarefas corriqueiras que os profissionais fazem diariamente, muitas vezes  de forma "invisível" para o ouvinte. Se outrora as rádios dependiam dos discos de vinil, das bobines, das cassetes e de outros formatos analógicos, hoje em dia praticamente toda a operação das rádios é feita através dos computadores. A massificação das  redes informáticas, nomeadamente a Internet,  leva a que, cada vez mais, as emissoras centralizem todo o material radiofónico em servidores, abandonando os formatos físicos como as pen drives USB ou os discos externos.

Mas... e quando a rede é atacada ao ponto de encriptar todos os ficheiros armazenados nos computadores? É o que aconteceu recentemente com a Cadena SER espanhola: de um momento para o outro a estação viu-se a braços com um ataque de "ransomware" a uma escala que privou os profissionais de utilizarem muitos dos recursos informáticos.  A situação afecta não somente os estúdios centrais em Madrid mas, e sobretudo, muitas das emissoras locais da SER. Os jornalistas e locutores viram-se obrigados  a improvisar: escrever à mão guiões dos programas, utilizar gravadores digitais para digitalizar cassetes analógicas, capturar o áudio emitido pelas televisões... Enfim, tem sido como recuar até aos tempos da rádio dos anos 80 ou 90. Apesar de tudo, o "coração" da rádio tem sobrevivido a este grande desafio; desde que haja microfones e emissores operacionais, a rádio funciona.

Infelizmente, ao que se sabe, situações semelhantes já ocorreram em Portugal. Houve pelo menos duas rádios portuguesas atingidas por ciberataques - uma até terá perdido todo o conteúdo alojado nos  equipamentos informáticos. Aos responsáveis e profissionais de estações de radiodifusão que se encontram a ler este artigo, permitam-me que dê um conselho: façam SEMPRE, mas sempre, cópias de segurança (backup) de todos os ficheiros (músicas, gravações de programas etc.) em dispositivos desligados da rede (discos externos, pens USB, DVDs etc.) e desligados dos computadores quando não são necessários. Façam igualmente cópias de segurança numa "cloud" independente dos servidores da rádio (Google Drive, OneDrive, Meo Cloud etc.). Não facilitem: a principal regra da segurança informática é a prevenção. O barato pode sair muito caro: hoje em dia um disco externo ou uma conta paga na cloud não são muito caros,  se tivermos em consideração que o prejuízo decorrente da perda total dos arquivos digitais da rádio é demasiado para  ser ignorado - sobretudo se no desespero houver quem gaste centenas ou milhares de euros para pagar o "resgate" aos "sequestradores digitais". Em suma: assegurem sempre vários níveis de  redundância em nome  da segurança dos vossos dados. Esperemos que a Cadena SER e todas as outras rádios no mundo afectadas por este tipo de prática informática maliciosa, recuperem o máximo de informação possível.

sexta-feira, novembro 01, 2019

António Sérgio (1950-2009): 10 anos de saudade

Faz hoje 10 anos que a rádio em Portugal recebeu uma notícia deveras triste: o locutor António Sérgio, o maior divulgador da música alternativa em Portugal, havia falecido de madrugada. Passada uma década, o país não esquece o homem que lançou os "Xutos & Pontapés". Durante o dia 31 de Outubro, a Antena 3 teve direito à reposição de alguns programas dedicados ao António Sérgio, incluindo o documentário "Uivo".


Também a TSF evocou o aniversário da morte do radialista. Já a Rádio Comercial, nem uma palavra - e foi melhor assim, já bastou a forma pouco honrosa como o António foi convidado a sair da rádio em 2007 porque a boa música alternativa já não era digna de ocupar tempo das madrugadas da estação. Todavia, sem perder a compostura,  "As Horas" do António Sérgio passaram para a "Viriato 25" da Radar, até ao seu falecimento, em 2009.

Para quem quiser recordar algum material dos programas do António Sérgio (e algumas gravações de alguns programas), pode consultar o blogue "Lista Rebelde".

Vale a pena recordar a "Hora do Lobo", programa transmitido na Rádio Comercial e posteriormente na Best Rock FM:


A Wikipédia tem um bom artigo com o percurso deste grande Senhor (com "S" maiúsculo) da rádio. Muito mais haveria a dizer, mas não quero alongar demasiado esta publicação. Onde quer que o António esteja (espero que no Céu), jamais o esqueceremos.