Rádio No Ar (106,4 MHz Viseu) retransmite a Rádio Sim:
A Rádio No Ar está a retransmitir a emissão da Rádio Sim. O blogue "Radialistas de Viseu" noticia que a estação viseense, que se encontra em processo de venda ao grupo r/com, transformou-se num retransmissor (para já, supérfluo) da Rádio Sim para a cidade de Viriato.
Independentemente do cenário traçado para o futuro da até agora Rádio No Ar, existe uma certeza: contrariamente ao que a notícia referida sugere, não é exequível a transmissão da Mega Hits nos 103,6 MHz Viseu. Não esquecer que a frequência em causa pertence oficialmente à rede nacional de emissores da Rádio Renascença, pelo que transmite a programação da Rádio Sim 24 horas por dia em paralelo com as restantes frequências FM das antigas vozes regionais da emissora católica portuguesa (Braga, Viseu, Leiria e Elvas) [para não falar da rede nacional em Onda Média e das rádios locais que retransmitem a Sim].
Ora, a Mega Hits não deixa de ser, para os devidos efeitos (legais) uma rádio local temática do concelho de Lisboa que quase "por acaso" é retransmitida por outras frequências temáticas espalhadas pelo país (as frequências de Sintra e Gondomar mudaram da categoria de generalista local para temática musical), pelo que, do ponto de vista legal, não pode ocupar a frequência atribuída a uma rede nacional de emissores que transmite a Rádio Renascença (embora alguns emissores estejam ocupados pela Sim).
Portanto, parece-me evidente que restam duas hipóteses: ou a RR regressa aos 103,6 MHz e a Sim passa para os 106,4 MHz, ou a Mega Hits vai brevemente ocupar a frequência da Rádio No Ar, mantendo-se a Sim nos 103,6 MHz.
Blog do site "Mundo da Rádio". Os comentários aos acontecimentos ao universo da rádio. As últimas notícias da rádio em Portugal e no Mundo. Visite www.mundodaradio.info .
terça-feira, novembro 29, 2011
Antena 2 tem nova frequência nos Açores: 92,9 Cabeço Verde (Faial)
A Antena 2 acabou de lançar mais uma frequência na Região Autónoma dos Açores. Segundo o relato do utilizador "TMG", no "Fórum da Rádio", o novo emissor do 2.º canal da rádio pública opera nos 92,9 MHz a partir do Cabeço Verde (ilha do Faial) e serve a zona ocidental do concelho da Horta (e por inerência, da ilha, já que este concelho ocupa toda a superfície da mesma). A nova frequência, que partilha as estruturas de emissão com a frequência da Antena 1 (98,1 MHz) terá 1 kW de potência.
A Antena 2 acabou de lançar mais uma frequência na Região Autónoma dos Açores. Segundo o relato do utilizador "TMG", no "Fórum da Rádio", o novo emissor do 2.º canal da rádio pública opera nos 92,9 MHz a partir do Cabeço Verde (ilha do Faial) e serve a zona ocidental do concelho da Horta (e por inerência, da ilha, já que este concelho ocupa toda a superfície da mesma). A nova frequência, que partilha as estruturas de emissão com a frequência da Antena 1 (98,1 MHz) terá 1 kW de potência.
sexta-feira, novembro 25, 2011
Rádio Renascença compra Rádio No Ar (106,4 MHz Viseu):
A Rádio Renascença, Lda. , empresa detentora da emissora católica portuguesa comprou a Rádio No Ar (106,4 MHz Viseu). O negócio já foi consentido pela nova administração da ERC, que autorizou a cessão do serviço de programas "No Ar", bem como a respectiva licença, a favor da RR.
Tudo indica que o objectivo da transferência de propriedade e controlo passe pela implantação de um emissor da Mega Hits na cidade de Viriato. A confirmar-se, Viseu passará a ser servida pelas quatro rádios do grupo r/com. A RR emite nos 93,8 MHz Pico da Pena (Vouzela) + 106,0 Lousã; a RFM é servida nos 99,4 MHz Viseu, 95,0 MHz Pico da Pena e 91,7 MHz Lousã. A Rádio Sim emite nos 103,6 MHz Viseu e a Mega Hits passará a ser escutada nos 106,4 MHz.
A Rádio Renascença, Lda. , empresa detentora da emissora católica portuguesa comprou a Rádio No Ar (106,4 MHz Viseu). O negócio já foi consentido pela nova administração da ERC, que autorizou a cessão do serviço de programas "No Ar", bem como a respectiva licença, a favor da RR.
Tudo indica que o objectivo da transferência de propriedade e controlo passe pela implantação de um emissor da Mega Hits na cidade de Viriato. A confirmar-se, Viseu passará a ser servida pelas quatro rádios do grupo r/com. A RR emite nos 93,8 MHz Pico da Pena (Vouzela) + 106,0 Lousã; a RFM é servida nos 99,4 MHz Viseu, 95,0 MHz Pico da Pena e 91,7 MHz Lousã. A Rádio Sim emite nos 103,6 MHz Viseu e a Mega Hits passará a ser escutada nos 106,4 MHz.
sábado, novembro 19, 2011
Serviço público de rádio e televisão: que futuro?
Na passada segunda-feira, dia 14, o país ficou a conhecer as propostas para o serviço público defendidas pelo grupo de trabalho organizado para o efeito e liderado pelo economista João Duque. Depois de três demissões no grupo, os restantes membros assinaram o relatório, que se encontra disponível na Internet e apresenta as seguintes ideias-chave para a reestruração do serviço público:
Na passada segunda-feira, dia 14, o país ficou a conhecer as propostas para o serviço público defendidas pelo grupo de trabalho organizado para o efeito e liderado pelo economista João Duque. Depois de três demissões no grupo, os restantes membros assinaram o relatório, que se encontra disponível na Internet e apresenta as seguintes ideias-chave para a reestruração do serviço público:
- Fechar a RTP Informação e RTP Memória; fundir a RTP África com a RTP Internacional. Extinguir a RTP Madeira e RTP Açores.
- Manter um serviço público de rádio com 2 canais, um com uma forte aposta na língua portuguesa, mormente através da passagem de música portuguesa; o outro canal deverá passar música mais erudita, não só portuguesa, como também de orquestras internacionais;
- Extinguir a ERC, passando as suas competências burocráticas e administrativas para outras instituições do Estado; os meios de comunicação social passariam a auto-regular-se. A existirem conflitos, estes deverão ser resolvidos em tribunal.
- A privatizar-se um canal da RTP, manter o canal de serviço público sem publicidade.
- Por último, a questão mais polémica: reduzir a informação nos canais da RTP ao mínimo indispensável, evitando a presença de comentadores políticos ou outros nos espaços noticiosos da rádio e televisão públicas.
Se me permitem a opinião pessoal em relação às ideias defendidas pelo grupo de trabalho:
1) Acabar com a RTP Informação e RTP Memória? Não. A meu ver, estas devem ser mantidas como elementos vitais do serviço público de televisão. Atrever-me-ia a exigir aos nossos governantes que democratizem o acesso a estes canais, lançando as bases legais para a transmissão dos mesmos na TDT. Se é serviço público, então todos os cidadãos, mesmo os que não têm televisão por cabo ou satélite, devem ter direito a assistir a todos os canais que compõem o serviço público de rádio e televisão.
2) Fundir a RTP África com a RDPi: sim, desde que seja feito um desdobramento da programação em certo(s) horários. Isto é, a RTPi Europa, RTPi América e RTPi Ásia apresentariam uma programação diferente da RTPi África durante algumas horas por dia. Nos restante horários, a programação seria idêntica em todos os serviços, embora, naturalmente, os horários pudessem reflectir os fusos horários.
3) Extinguir a ERC? Se a ideia da auto-regulação por si não é necessariamente má, o Estado pode e deve reservar-se ao direito de regular o sector dos media, por forma a garantir os direitos, liberdades e garantias das empresas de comunicação social, dos seus funcionários e do público em geral, que acede aos meios de comunicação social. Por outro lado, se estivéssemos noutro país a ideia de arbitrar conflitos em tribunal poderia ser muito boa ideia, a Justiça em Portugal não só é lenta e cara, como tem imensos problemas. Sobrecarregar os tribunais com conflitos que facilmente seriam julgados numa entidade reguladora não me parece uma hipótese razoável. Aliás, até países como os Estados Unidos, onde até os casos mais estapafúrdios são mediados judicialmente, têm as suas entidades reguladoras da comunicação social. Creio que nem o erário público nem os media, e muito menos os consumidores ficavam a beneficiar com a transferência das competências da ERC.
4) Informação na RTP: Sim, defendo uma informação isenta, plural e de qualidade. Mas que seja regular na grelha dos diversos canais da RTP (tv e rádio). A meu ver, a informação deve ser concisa e eficiente, mas respeitando sempre as melhores práticas jornalísticas e colocando o serviço público acima de interesses políticos, comerciais, ou outros.
5) Converter a empresa RTP numa instituição sem fins lucrativos? Talvez. Depois de ter as contas regularizadas, a RTP deve ser financiada exclusivamente por dinheiros públicos e pelos contribuintes, sem interesses comerciais.
6) Nota em relação à Antena 3:
Sou contra a alienação da Antena 3, considerando que se trata de uma rádio pública que, não só deve estar orientada para um público jovem que não se revê na Antena 1 ou Antena 2, como também promove música portuguesa de qualidade. Uma rádio que mistura a vertente mais comercial com as produções musicais mais alternativas, faz todo o sentido no contexto do serviço público de rádio. A Antena 3 peca por certos e determinados "vícios", mas continua a ser a única rádio nacional onde não se ouve apenas "coisas" como Coldplay, Adele ou Áurea, mas também projectos como peixe:avião, Linda Martini, doismileoito ou Mundo Cão. Que outra rádio com cobertura nacional passa Arcade Fire, M83 ou Radiohead?
Se muita coisa devia mudar na Antena 3? Sim, mas, volto a insistir, que outra rádio nacional dá tanta importância a novos projectos de música portuguesa e internacional mais alternativa? Que outra estação tem uma "Prova Oral", com uma elevada participação dos ouvintes?
Não obstante (repito) estar contra uma eventual privatização da Antena 3, julgo que, a concretizar-se tal operação, a Antena 1 devia passar a transmitir exclusivamente música portuguesa (exceptuando um ou outro programa de autor). Seria uma rádio que passava tanto Fado, como música pop/rock, como música mais popular, sem esquecer a música mais alternativa. Digamos que tanto passava Carlos do Carmo como Linda Martini - uma mistura da actual "playlist" da 1 com a "playlist" da Antena 3.
Poucas horas e poucos dias depois da apresentação do relatório, as reacções não se fizeram esperar: o próprio ministro Miguel Relvas admite discordar de alguns pontos do relatório. O Sindicato dos Jornalistas diz que o relatório é ofensivo para os jornalistas. O governo dos Açores também contesta a ideia de acabar com os canais regionais. Com mais ou menos ironia, vários comentadores criticam as propostas constantes no documento; a proposta de colocar o Ministério dos Negócios Estrangeiros a controlar a informação da RTP Internacional "a bem da Nação" é uma ideia rejeitada por muitos. Até o Ministro que tutela a diplomacia portuguesa está contra tal hipótese. Ironia do destino: o MNE é liderado por um antigo jornalista. Paulo Portas repudia qualquer intromissão política do MNE na informação da RTPi.
A proposta de controlar a informação da RTP Internacional não deixa de ser polémica. Se a expressão "a bem da Nação" recorda tempos cinzentos do jornalismo e da liberdade em Portugal, a possibilidade de colocar o MNE a tomar decisões a respeito das notícias transmitidas no canal internacional da RTP poderia levar à tentação de realizar um "exame prévio" antes da transmissão dos espaços noticiosos. Algo que, infelizmente, seria sempre associado ao "lápis azul" de outros tempos.
A meu ver, a escolha de João Duque para liderar o processo foi muito infeliz. Seria como se me convidassem para estar à frente de um grupo de trabalho sobre Física Quântica. Nos dois casos, estariam pessoas que não dominavam o assunto em questão e que muito provavelmente diriam disparates. Se há que dar trabalho ao Duque, sugiro que o coloquem em grupos de trabalho sobre Economia, onde, creio, poderá ser muito útil. Quem devia presidir a um grupo que estuda serviço público de rádio e televisão deveria ser uma pessoa de reconhecido mérito profissional, isenta e que desse provas do conhecimento da estrutura e funcionamento dos meios de comunicação social.
- Manter um serviço público de rádio com 2 canais, um com uma forte aposta na língua portuguesa, mormente através da passagem de música portuguesa; o outro canal deverá passar música mais erudita, não só portuguesa, como também de orquestras internacionais;
- Extinguir a ERC, passando as suas competências burocráticas e administrativas para outras instituições do Estado; os meios de comunicação social passariam a auto-regular-se. A existirem conflitos, estes deverão ser resolvidos em tribunal.
- A privatizar-se um canal da RTP, manter o canal de serviço público sem publicidade.
- Por último, a questão mais polémica: reduzir a informação nos canais da RTP ao mínimo indispensável, evitando a presença de comentadores políticos ou outros nos espaços noticiosos da rádio e televisão públicas.
Se me permitem a opinião pessoal em relação às ideias defendidas pelo grupo de trabalho:
1) Acabar com a RTP Informação e RTP Memória? Não. A meu ver, estas devem ser mantidas como elementos vitais do serviço público de televisão. Atrever-me-ia a exigir aos nossos governantes que democratizem o acesso a estes canais, lançando as bases legais para a transmissão dos mesmos na TDT. Se é serviço público, então todos os cidadãos, mesmo os que não têm televisão por cabo ou satélite, devem ter direito a assistir a todos os canais que compõem o serviço público de rádio e televisão.
2) Fundir a RTP África com a RDPi: sim, desde que seja feito um desdobramento da programação em certo(s) horários. Isto é, a RTPi Europa, RTPi América e RTPi Ásia apresentariam uma programação diferente da RTPi África durante algumas horas por dia. Nos restante horários, a programação seria idêntica em todos os serviços, embora, naturalmente, os horários pudessem reflectir os fusos horários.
3) Extinguir a ERC? Se a ideia da auto-regulação por si não é necessariamente má, o Estado pode e deve reservar-se ao direito de regular o sector dos media, por forma a garantir os direitos, liberdades e garantias das empresas de comunicação social, dos seus funcionários e do público em geral, que acede aos meios de comunicação social. Por outro lado, se estivéssemos noutro país a ideia de arbitrar conflitos em tribunal poderia ser muito boa ideia, a Justiça em Portugal não só é lenta e cara, como tem imensos problemas. Sobrecarregar os tribunais com conflitos que facilmente seriam julgados numa entidade reguladora não me parece uma hipótese razoável. Aliás, até países como os Estados Unidos, onde até os casos mais estapafúrdios são mediados judicialmente, têm as suas entidades reguladoras da comunicação social. Creio que nem o erário público nem os media, e muito menos os consumidores ficavam a beneficiar com a transferência das competências da ERC.
4) Informação na RTP: Sim, defendo uma informação isenta, plural e de qualidade. Mas que seja regular na grelha dos diversos canais da RTP (tv e rádio). A meu ver, a informação deve ser concisa e eficiente, mas respeitando sempre as melhores práticas jornalísticas e colocando o serviço público acima de interesses políticos, comerciais, ou outros.
5) Converter a empresa RTP numa instituição sem fins lucrativos? Talvez. Depois de ter as contas regularizadas, a RTP deve ser financiada exclusivamente por dinheiros públicos e pelos contribuintes, sem interesses comerciais.
6) Nota em relação à Antena 3:
Sou contra a alienação da Antena 3, considerando que se trata de uma rádio pública que, não só deve estar orientada para um público jovem que não se revê na Antena 1 ou Antena 2, como também promove música portuguesa de qualidade. Uma rádio que mistura a vertente mais comercial com as produções musicais mais alternativas, faz todo o sentido no contexto do serviço público de rádio. A Antena 3 peca por certos e determinados "vícios", mas continua a ser a única rádio nacional onde não se ouve apenas "coisas" como Coldplay, Adele ou Áurea, mas também projectos como peixe:avião, Linda Martini, doismileoito ou Mundo Cão. Que outra rádio com cobertura nacional passa Arcade Fire, M83 ou Radiohead?
Se muita coisa devia mudar na Antena 3? Sim, mas, volto a insistir, que outra rádio nacional dá tanta importância a novos projectos de música portuguesa e internacional mais alternativa? Que outra estação tem uma "Prova Oral", com uma elevada participação dos ouvintes?
Não obstante (repito) estar contra uma eventual privatização da Antena 3, julgo que, a concretizar-se tal operação, a Antena 1 devia passar a transmitir exclusivamente música portuguesa (exceptuando um ou outro programa de autor). Seria uma rádio que passava tanto Fado, como música pop/rock, como música mais popular, sem esquecer a música mais alternativa. Digamos que tanto passava Carlos do Carmo como Linda Martini - uma mistura da actual "playlist" da 1 com a "playlist" da Antena 3.
Poucas horas e poucos dias depois da apresentação do relatório, as reacções não se fizeram esperar: o próprio ministro Miguel Relvas admite discordar de alguns pontos do relatório. O Sindicato dos Jornalistas diz que o relatório é ofensivo para os jornalistas. O governo dos Açores também contesta a ideia de acabar com os canais regionais. Com mais ou menos ironia, vários comentadores criticam as propostas constantes no documento; a proposta de colocar o Ministério dos Negócios Estrangeiros a controlar a informação da RTP Internacional "a bem da Nação" é uma ideia rejeitada por muitos. Até o Ministro que tutela a diplomacia portuguesa está contra tal hipótese. Ironia do destino: o MNE é liderado por um antigo jornalista. Paulo Portas repudia qualquer intromissão política do MNE na informação da RTPi.
A proposta de controlar a informação da RTP Internacional não deixa de ser polémica. Se a expressão "a bem da Nação" recorda tempos cinzentos do jornalismo e da liberdade em Portugal, a possibilidade de colocar o MNE a tomar decisões a respeito das notícias transmitidas no canal internacional da RTP poderia levar à tentação de realizar um "exame prévio" antes da transmissão dos espaços noticiosos. Algo que, infelizmente, seria sempre associado ao "lápis azul" de outros tempos.
A meu ver, a escolha de João Duque para liderar o processo foi muito infeliz. Seria como se me convidassem para estar à frente de um grupo de trabalho sobre Física Quântica. Nos dois casos, estariam pessoas que não dominavam o assunto em questão e que muito provavelmente diriam disparates. Se há que dar trabalho ao Duque, sugiro que o coloquem em grupos de trabalho sobre Economia, onde, creio, poderá ser muito útil. Quem devia presidir a um grupo que estuda serviço público de rádio e televisão deveria ser uma pessoa de reconhecido mérito profissional, isenta e que desse provas do conhecimento da estrutura e funcionamento dos meios de comunicação social.
domingo, outubro 30, 2011
Rádio Comercial ganha mais uma frequência: 88,7 MHz Valongo
Depois de Aveiro, Viseu, Vouzela e Esposende, é a vez de Valongo ganhar uma frequência experimental da Rádio Comercial, que passou a transmitir também nos 88,7 MHz a partir da Serra de Santa Justa (Valongo). Segundo o utilizador "TMG", que relatou esta novidade no "Fórum da Rádio", a nova frequência deverá, muito provavelmente, estar a utilizar a torre e as estruturas do antigo emissor da Rádio Comercial (97,7 MHz) que foi deslocalizado para o Monte da Virgem há mais de um ano.
Desconhece-se a potência do novo emissor, mas sabe-se que o sinal é ainda audível no Porto e em Vila Nova de Gaia... apesar de ser difícil calcular a cobertura real do mesmo, já que partilha a frequência (88,7) com Lamego. Havendo dois emissores a operar na mesma frequência e audíveis em certa região, torna-se difícil descortinar qual é qual.
Depois de Aveiro, Viseu, Vouzela e Esposende, é a vez de Valongo ganhar uma frequência experimental da Rádio Comercial, que passou a transmitir também nos 88,7 MHz a partir da Serra de Santa Justa (Valongo). Segundo o utilizador "TMG", que relatou esta novidade no "Fórum da Rádio", a nova frequência deverá, muito provavelmente, estar a utilizar a torre e as estruturas do antigo emissor da Rádio Comercial (97,7 MHz) que foi deslocalizado para o Monte da Virgem há mais de um ano.
Desconhece-se a potência do novo emissor, mas sabe-se que o sinal é ainda audível no Porto e em Vila Nova de Gaia... apesar de ser difícil calcular a cobertura real do mesmo, já que partilha a frequência (88,7) com Lamego. Havendo dois emissores a operar na mesma frequência e audíveis em certa região, torna-se difícil descortinar qual é qual.
Centro emissor de Sines da Deutsche Welle: o fim...
O ano de 2011 candidata-se seriamente a ser conhecido como o ano em que a Onda Curta morreu de vez em Portugal! Como se não bastasse a vergonhosa "suspensão temporária" das emissões da RDPi nesta faixa, o centro emissor de Sines da DW termina definitivamente a sua actividade a partir do momento em que entra em vigor o período B11 (de 30 Outubro de 2011 até ao final de Março de 2012).
Durante 40 anos, a Deutsche Welle foi retransmitida para a Europa através de Sines. Como contrapartida pela instalação de um centro emissor de Portugal, fixada pelo governo português, a DW transmitia também a RDPi para a Europa, inclusivamente durante a "suspensão temporária" das emissões em OC através do CEOC; também é de referir que, de forma a rentabilizar os emissores, a DW sempre alugou tempo de emissão a outras emissoras internacionais, como a BBC, a R. Netherlands, a NHK (Japão), entre outras. Outrora, até a Rádio Renascença alugou uma frequência para a Europa.
Com a queda dos regimes comunistas na Europa de Leste, o emissor de Sines arriscava-se a perder a sua importância, mas a DW decidiu rentabilizá-lo, equipando as instalações de Sines com novas antenas rotativas, que permitem(iam) emitir em qualquer azimute, atingindo qualquer ponto do globo terrestre. Esta remodelação do parque de antenas assegurou a viabilidade do emissor durante os últimos anos, que passou a transmitir a DW para a América e África.
No final dos ano 90, a DW começou a realizar as primeiras emissões em modo digital DRM (Digital Radio Mondiale), a partir de Sines.
Para os entusiastas da OC, vale a pena ouvir este programa do serviço em português da DW, que conta a história do emissor de Sines, com relatos na 1.ª pessoa de funcionários da ProFunk GmbH, a empresa que gere as infra-estruturas da Onda Alemã em Sines.
O ano de 2011 candidata-se seriamente a ser conhecido como o ano em que a Onda Curta morreu de vez em Portugal! Como se não bastasse a vergonhosa "suspensão temporária" das emissões da RDPi nesta faixa, o centro emissor de Sines da DW termina definitivamente a sua actividade a partir do momento em que entra em vigor o período B11 (de 30 Outubro de 2011 até ao final de Março de 2012).
Durante 40 anos, a Deutsche Welle foi retransmitida para a Europa através de Sines. Como contrapartida pela instalação de um centro emissor de Portugal, fixada pelo governo português, a DW transmitia também a RDPi para a Europa, inclusivamente durante a "suspensão temporária" das emissões em OC através do CEOC; também é de referir que, de forma a rentabilizar os emissores, a DW sempre alugou tempo de emissão a outras emissoras internacionais, como a BBC, a R. Netherlands, a NHK (Japão), entre outras. Outrora, até a Rádio Renascença alugou uma frequência para a Europa.
Com a queda dos regimes comunistas na Europa de Leste, o emissor de Sines arriscava-se a perder a sua importância, mas a DW decidiu rentabilizá-lo, equipando as instalações de Sines com novas antenas rotativas, que permitem(iam) emitir em qualquer azimute, atingindo qualquer ponto do globo terrestre. Esta remodelação do parque de antenas assegurou a viabilidade do emissor durante os últimos anos, que passou a transmitir a DW para a América e África.
No final dos ano 90, a DW começou a realizar as primeiras emissões em modo digital DRM (Digital Radio Mondiale), a partir de Sines.
Para os entusiastas da OC, vale a pena ouvir este programa do serviço em português da DW, que conta a história do emissor de Sines, com relatos na 1.ª pessoa de funcionários da ProFunk GmbH, a empresa que gere as infra-estruturas da Onda Alemã em Sines.
segunda-feira, outubro 03, 2011
Rádio Renascença adquire Rádio 5 (100,8 MHz Maia):
A Rádio 5 / Romântica FM (100,8 MHz Maia - distrito do Porto) acaba de ser vendida. A ERC já deu o aval à alteração do domínio do operador Moviface - Meios Publicitários, Lda.", detentor do alvará da estação maiata a favor da Rádio Renascença, Lda. , empresa proprietária da emissora católica portuguesa. Com esta operação, a RR passará a controlar a totalidade do capital social da estação local do concelho da Maia.
Sem querer especular, é provável que o intuito da aquisição passe pelo reforço da cobertura da Rádio Sim na região do Grande Porto.
A Rádio 5 / Romântica FM (100,8 MHz Maia - distrito do Porto) acaba de ser vendida. A ERC já deu o aval à alteração do domínio do operador Moviface - Meios Publicitários, Lda.", detentor do alvará da estação maiata a favor da Rádio Renascença, Lda. , empresa proprietária da emissora católica portuguesa. Com esta operação, a RR passará a controlar a totalidade do capital social da estação local do concelho da Maia.
Sem querer especular, é provável que o intuito da aquisição passe pelo reforço da cobertura da Rádio Sim na região do Grande Porto.
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Rádio 5
segunda-feira, setembro 26, 2011
Porto vai ter duas rádios temporárias:
Parece que o éter na cidade invicta vai estar bem animado nos próximos tempos! A cidade do Porto vai poder ouvir duas rádios temporárias: a Rádio Futura e a Rádio Manobras:
- A Rádio Futura regressa ao éter por ocasião do festival Future Places , que decorrerá entre os dias 19 e 22 de Outubro. Tal como as edições anteriores, a Rádio Futura vai estar a cargo da Rádio Zero e vai emitir do coração da cidade invicta nos 102,1 MHz.
- A Rádio Manobras deverá emitir entre os dias 28 de Setembro e 2 de Outubro (datas não confirmadas), na frequência 91,5 MHz. Esta estação está associada ao projecto Manobras, que visa dinamizar o centro histórico do Porto.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Parece que o éter na cidade invicta vai estar bem animado nos próximos tempos! A cidade do Porto vai poder ouvir duas rádios temporárias: a Rádio Futura e a Rádio Manobras:
- A Rádio Futura regressa ao éter por ocasião do festival Future Places , que decorrerá entre os dias 19 e 22 de Outubro. Tal como as edições anteriores, a Rádio Futura vai estar a cargo da Rádio Zero e vai emitir do coração da cidade invicta nos 102,1 MHz.
- A Rádio Manobras deverá emitir entre os dias 28 de Setembro e 2 de Outubro (datas não confirmadas), na frequência 91,5 MHz. Esta estação está associada ao projecto Manobras, que visa dinamizar o centro histórico do Porto.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
quinta-feira, setembro 22, 2011
Rádio Nostalgia - 90,4 Lisboa + 91,0 MHz Matosinhos:
A Rádio Nostalgia arrancou ontem nos 90,4 MHz Lisboa e 91,0 MHz Matosinhos. Segundo os relatos divulgados num tópico do "Fórum Ondas da Rádio", as duas frequências já operam com RDS "NSTALGIA" e estarão a ser alvo de optimizações. Aparentemente, o emissor da ex-Rádio Clube de Matosinhos (91,0 MHz) terá sido deslocalizado, muito provavelmente para o Monte da Virgem, tendo melhorado o sinal na cidade do Porto e na região Norte. É expectável que o emissor partilhe a torre com a Rádio Nova Era (101,3) e a Rádio SWtmn (102,7 MHz), a avaliar pelas falhas nas emissões que serão o resultado das mexidas na estrutura de emissão da Nostalgia.
A "nova" Rádio Nostalgia já tem um sítio activo em http://www.nostalgia.pt/ , não obstante se resumir ao logótipo da estação. Recorde-se que a Rádio Nostalgia está a ser (re)lançada no mercado português pelas mãos da "Música no Coração", empresa de Luís Montez, que terá investido 3 milhões de euros no projecto, que funciona em regime de franchising da estação gaulesa "Radio Nostalgie".
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
A Rádio Nostalgia arrancou ontem nos 90,4 MHz Lisboa e 91,0 MHz Matosinhos. Segundo os relatos divulgados num tópico do "Fórum Ondas da Rádio", as duas frequências já operam com RDS "NSTALGIA" e estarão a ser alvo de optimizações. Aparentemente, o emissor da ex-Rádio Clube de Matosinhos (91,0 MHz) terá sido deslocalizado, muito provavelmente para o Monte da Virgem, tendo melhorado o sinal na cidade do Porto e na região Norte. É expectável que o emissor partilhe a torre com a Rádio Nova Era (101,3) e a Rádio SWtmn (102,7 MHz), a avaliar pelas falhas nas emissões que serão o resultado das mexidas na estrutura de emissão da Nostalgia.
A "nova" Rádio Nostalgia já tem um sítio activo em http://www.nostalgia.pt/ , não obstante se resumir ao logótipo da estação. Recorde-se que a Rádio Nostalgia está a ser (re)lançada no mercado português pelas mãos da "Música no Coração", empresa de Luís Montez, que terá investido 3 milhões de euros no projecto, que funciona em regime de franchising da estação gaulesa "Radio Nostalgie".
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Smooth FM: 103,0 Barreiro (Lisboa) e 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (região Centro)
Prometido e cumprido: a Smooth FM arrancou hoje às 18h30 nas frequências 103,0 MHz Barreiro e 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos. A nova estação da MCR teve direito a uma inauguração com emissão em directo do Sky Bar, no Hotel Tivoli de Lisboa. Ao que parece, a Smooth FM não se limita a ser mais uma rádio totalmente automatizada pelo Dalet, tendo alguma animação em antena.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Prometido e cumprido: a Smooth FM arrancou hoje às 18h30 nas frequências 103,0 MHz Barreiro e 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos. A nova estação da MCR teve direito a uma inauguração com emissão em directo do Sky Bar, no Hotel Tivoli de Lisboa. Ao que parece, a Smooth FM não se limita a ser mais uma rádio totalmente automatizada pelo Dalet, tendo alguma animação em antena.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
segunda-feira, setembro 19, 2011
Smooth FM arranca na quarta-feira, dia 21:
A Smooth FM vai estar no ar a partir das 18h30 da próxima quarta-feira, dia 21 de Setembro. O sítio TVI 24 confirma também que a nova estação da MCR orientada para o jazz emitirá nos 103,0 MHz Barreiro (substituindo a Mix FM ) e nos 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (ocupados até agora pela Romântica FM).
Aparentemente, a ERC ainda não se terá pronunciado a respeito da alteração do projecto aprovado para os 89,5 MHz Matosinhos (Best Rock FM), frequência também reservada para a Smooth FM. Assim, e pela primeira vez na história recente da Média Capital Rádios, um projecto radiofónico arranca oficialmente na região de Lisboa e no Centro do país, mas não no Grande Porto. Entretanto, as frequências 101,1 MHz Moita e 89,5 Matosinhos continuam a transmitir uma Best Rock FM completamente automatizada, com uma "playlist" muito repetitiva, como que a aguardar um novo projecto que substitua a rádio rock.
A Smooth FM vai estar no ar a partir das 18h30 da próxima quarta-feira, dia 21 de Setembro. O sítio TVI 24 confirma também que a nova estação da MCR orientada para o jazz emitirá nos 103,0 MHz Barreiro (substituindo a Mix FM ) e nos 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (ocupados até agora pela Romântica FM).
Aparentemente, a ERC ainda não se terá pronunciado a respeito da alteração do projecto aprovado para os 89,5 MHz Matosinhos (Best Rock FM), frequência também reservada para a Smooth FM. Assim, e pela primeira vez na história recente da Média Capital Rádios, um projecto radiofónico arranca oficialmente na região de Lisboa e no Centro do país, mas não no Grande Porto. Entretanto, as frequências 101,1 MHz Moita e 89,5 Matosinhos continuam a transmitir uma Best Rock FM completamente automatizada, com uma "playlist" muito repetitiva, como que a aguardar um novo projecto que substitua a rádio rock.
quinta-feira, setembro 15, 2011
Rádio Comercial já emite em Esposende (distrito de Braga)... nos 89,3 MHz!
Conforme anunciado ontem no blogue, a Rádio Comercial já emite de Esposende, na frequência 89,3 MHz. O novo emissor destina-se (em princípio) a servir Viana do Castelo; todavia, devido à localização e à aparente parca potência, é bem provável que a cobertura a norte de Esposende, nomeadamente no concelho de Viana do Castelo, seja fraca.
O relato do utilizador "TMG" do Fórum da Rádio revela que o novo emissor situa-se no Monte do Faro (Esposende), a 170 metros de altitude, perto da auto-estrada A28. Note-se que a localização ideal para o emissor seria no alto do Muro (Serra Amarela), cujos emissores servem a princesa do Lima. Contudo, tal possibilidade é inviabilizada pela falta de frequências disponíveis para um emissor de grande potência a mais de 1300m de altitude.
Com esta nova estrutura de emissão, eleva-se para quatro o número de retransmissores da Rádio Comercial que operam a título experimental: 92,2 MHz 0,2 kW Aveiro; 94,3 MHz 0,5 kW Viseu; 103,1 Pico da Pena (Vouzela) e 89,3 MHz Esposende.
Conforme anunciado ontem no blogue, a Rádio Comercial já emite de Esposende, na frequência 89,3 MHz. O novo emissor destina-se (em princípio) a servir Viana do Castelo; todavia, devido à localização e à aparente parca potência, é bem provável que a cobertura a norte de Esposende, nomeadamente no concelho de Viana do Castelo, seja fraca.
O relato do utilizador "TMG" do Fórum da Rádio revela que o novo emissor situa-se no Monte do Faro (Esposende), a 170 metros de altitude, perto da auto-estrada A28. Note-se que a localização ideal para o emissor seria no alto do Muro (Serra Amarela), cujos emissores servem a princesa do Lima. Contudo, tal possibilidade é inviabilizada pela falta de frequências disponíveis para um emissor de grande potência a mais de 1300m de altitude.
Com esta nova estrutura de emissão, eleva-se para quatro o número de retransmissores da Rádio Comercial que operam a título experimental: 92,2 MHz 0,2 kW Aveiro; 94,3 MHz 0,5 kW Viseu; 103,1 Pico da Pena (Vouzela) e 89,3 MHz Esposende.
quarta-feira, setembro 14, 2011
Smooth FM arranca no dia 19 de Setembro?
A acreditar na emissão da Mix FM (103,0 MHz Barreiro), a Smooth FM deverá arrancar na próxima seguinda-feira, dia 19. A nova estação da MCR deverá apostar em música jazz, nomeadamente smooth jazz, mas também terá alguns temas de blues e soul e, em princípio, emitirá nos 103,0 Barreiro, 89,5 MHz Matosinhos (actual Best Rock FM) e nos 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (actual Romântica FM).
A acreditar na emissão da Mix FM (103,0 MHz Barreiro), a Smooth FM deverá arrancar na próxima seguinda-feira, dia 19. A nova estação da MCR deverá apostar em música jazz, nomeadamente smooth jazz, mas também terá alguns temas de blues e soul e, em princípio, emitirá nos 103,0 Barreiro, 89,5 MHz Matosinhos (actual Best Rock FM) e nos 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (actual Romântica FM).
Rádio Comercial tem novo emissor no Pico da Pena (Vouzela): 103,1 MHz
A MCR continua a reforçar a cobertura nacional da Rádio Comercial, instalando novos emissores que procuram melhorar a qualidade de recepção da rádio da "melhor música dos últimos 10 anos". Depois de Sintra, Viseu e Aveiro, agora é a vez do Pico da Pena (Vouzela) ser o local contemplado com um novo retransmissor da Comercial, que, segundo o utilizador "estvmkt" do Fórum da Rádio, opera na frequência 103,1 MHz. A nova estrutura vem melhorar o sinal da rádio nacional detida pela Média Capital Rádios na região de são Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades, sendo também audível em Viseu.
Entretanto, a mesma fonte revela que a estação não se fica por aqui, estando prevista a instalação de um emissor no concelho de Esposende (distrito de Braga), destinado a melhorar a recepção na região de Viana do Castelo. Idealmente, a Rádio Comercial instalaria um emissor no alto do Muro (Serra Amarela) por forma a assegurar uma audição cristalina em Viana do Castelo; todavia, devido à saturação do espectro, não existem frequências disponíveis para tal pelo que, àfalta de melhor, a MCR recorre a um emissor situado nas proximidades da capital de distrito minhota.
De salientar o facto de estes novos emissores (Aveiro, Viseu, Pico da Pena e brevemente Esposende) estarem a funcionar a título experimental, pelo que poderão existir alterações nas características das emissões até à conclusão do processo de licenciamento das frequências pela ANACOM.
A MCR continua a reforçar a cobertura nacional da Rádio Comercial, instalando novos emissores que procuram melhorar a qualidade de recepção da rádio da "melhor música dos últimos 10 anos". Depois de Sintra, Viseu e Aveiro, agora é a vez do Pico da Pena (Vouzela) ser o local contemplado com um novo retransmissor da Comercial, que, segundo o utilizador "estvmkt" do Fórum da Rádio, opera na frequência 103,1 MHz. A nova estrutura vem melhorar o sinal da rádio nacional detida pela Média Capital Rádios na região de são Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades, sendo também audível em Viseu.
Entretanto, a mesma fonte revela que a estação não se fica por aqui, estando prevista a instalação de um emissor no concelho de Esposende (distrito de Braga), destinado a melhorar a recepção na região de Viana do Castelo. Idealmente, a Rádio Comercial instalaria um emissor no alto do Muro (Serra Amarela) por forma a assegurar uma audição cristalina em Viana do Castelo; todavia, devido à saturação do espectro, não existem frequências disponíveis para tal pelo que, àfalta de melhor, a MCR recorre a um emissor situado nas proximidades da capital de distrito minhota.
De salientar o facto de estes novos emissores (Aveiro, Viseu, Pico da Pena e brevemente Esposende) estarem a funcionar a título experimental, pelo que poderão existir alterações nas características das emissões até à conclusão do processo de licenciamento das frequências pela ANACOM.
sábado, setembro 03, 2011
RFM emite em directo dos Açores:
Numa iniciativa inédita na rádio das "grandes músicas", a RFM está a emitir a partir dos Açores. A emissão especial, realizada nas Portas do Mar, em Ponta Delgada, está no ar desde as 10 horas da manhã de hoje (sábado, 3 de Setembro) até às 2h00 de amanhã (domingo) e tem como objectivo comemorar um ano de emissões da RFM (e da RR) no arquipélago.
Sem dúvida que esta é uma iniciativa a ser aplaudida e que contraria o centralismo típico das rádios nacionais que normalmente insistem na dicotomia Lisboa / Porto, "esquecendo" não só o resto do continente, como os arquipélagos da Madeira e Açores. Exceptuando as emissões da RDP, esta será a primeira vez que uma rádio nacional (privada) realiza uma emissão para todo o país a partir das regiões autónomas.
Numa iniciativa inédita na rádio das "grandes músicas", a RFM está a emitir a partir dos Açores. A emissão especial, realizada nas Portas do Mar, em Ponta Delgada, está no ar desde as 10 horas da manhã de hoje (sábado, 3 de Setembro) até às 2h00 de amanhã (domingo) e tem como objectivo comemorar um ano de emissões da RFM (e da RR) no arquipélago.
Sem dúvida que esta é uma iniciativa a ser aplaudida e que contraria o centralismo típico das rádios nacionais que normalmente insistem na dicotomia Lisboa / Porto, "esquecendo" não só o resto do continente, como os arquipélagos da Madeira e Açores. Exceptuando as emissões da RDP, esta será a primeira vez que uma rádio nacional (privada) realiza uma emissão para todo o país a partir das regiões autónomas.
quinta-feira, setembro 01, 2011
RDP Internacional em Onda Curta: "cara" e "obsoleta"?!
A audição dos responsáveis da RTP e do governo a respeito da suspensão temporária das emissões em Onda Curta da RDP Internacional, promovida no âmbito da Comissão de Ética, Cidadania e Comunicação pelo Partido Comunista Português (PCP) na passada 3.ª feira (dia 30 de Agosto), levou o ministro Miguel Relvas, o presidente do conselho de administração da RTP, Guilherme Costa e o Provedor do Ouvinte à Assembleia da República.
As escassas horas empregues no esclarecimento aos deputados da situação da rádio e televisão do Estado foram decididamente marcadas pelo cinismo e a hipocrisia reinantes nas declarações dos responsáveis da rádio pública e do governo . Começando nas exposições do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que se limitou a justificar a suspensão temporária com números (custos), passando pelas declarações do administrador da RTP, considerando que a empresa pública tem «todos os motivos» para suspender a Onda Curta da RDP Internacional. Guilherme Costa entende também que a Onda Curta é "cara", "tendencialmente obsoleta do ponto de vista da recepção" e "não tem hoje a audição que se supõe, para além de que parte dessa audição pode ser facilmente substituível", os esclarecimentos fornecidos aos nossos representantes, eleitos por todo nós, revelaram uma visão economicista, míope e desprestigiante de um serviço público que deve ser prestado nas melhores condições possíveis à vasta comunidade de emigrantes portugueses dispersa pelo mundo.
Sim, caro leitor, leu bem: a administração da RTP entende que existem todos os motivos possíveis e imaginários para acabar com a Onda Curta da RDPi. Creio que esta frase diz tudo: a hierarquia máxima da RTP julga-se no direito de denunciar uma postura altiva e prepotente quando avalia a situação dos nossos compatriotas (e outros lusófonos) que vêem na RDPi uma ligação umbilical com a sua pátria-natal. Como se o típico ouvinte de Onda Curta fosse um cibernauta activo que costuma preferir uma recepção da sua estação de rádio favorita através da rede mundial de computadores em vez de ligar o rádio portátil a pilhas na "velhinha" e "obsoleta" faixa do espectro radioeléctrico compreendida entre os 3 e os 30 MHz. Como se todos os ouvintes tivessem condições técnicas e legais para ouvir a RDPi via satélite. Como se a generalidade dos ouvintes tivesse acesso a uma rede de cabo que forneça o sinal da rádio internacional portuguesa.
Mais: tanto quanto me recorde, não foi feito nenhum estudo de audiência da RDPi que envolvesse as comunidades de emigrantes e as associações de portugueses radicados no estrangeiro. Como pode garantir, então, a RTP, que ninguém ouve a Onda Curta? Será que o número de ouvintes é igual ao número de reclamações ou haverá muitas situações de ouvintes que não podem, em tempo útil, defender a sua posição junto da estação pública?
Num parlamento que ouve dirigentes despóticos, insensíveis e inexoráveis, cuja idolatria por números ultrapassa os direitos dos cidadãos residentes fora do país que os viu nascer e criar, eis que uma tímida mas nobre voz se destaca no coro: Mário Figueiredo, Provedor do Ouvinte, não só ameaça tomar a atitude de apresentar a sua demissão no caso de a RTP seguir avante com a suspensão perpétua da Onda Curta, como denuncia um potencial e velado esquema para reduzir a dívida da empresa pública, sacrificando o interesse de quem, ausente da sua Pátria, praticamente só é associado pela classe política ao envio de remessas monetárias aos bancos portugueses, sem reconhecer o importante papel que as comunidades portuguesas disseminadas por todo o mundo podem e devem desempenhar no contributo para divulgar a língua e cultura deste nosso jardim à beira-mar plantado!
Sugiro aos estimados leitores deste artigo que façamos um pé-de-meia para angariar fundos destinados à aquisição de viagens para o Sr. Ministro Miguel Relvas e o Dr. Guilherme Costa passarem um belo mês de férias numa aldeia perdida no continente africano sem Internet e onde não seja possível instalar uma antena parabólica de 3 metros de diâmetro. Espero que desfrutem do facto de não conseguirem acompanhar a actualidade portuguesa através do rádio, o tal aparelho pequeno e a pilhas que até funciona quando a electricidade falha e quando o recurso a outras tecnologias modernas não é viável!
A audição dos responsáveis da RTP e do governo a respeito da suspensão temporária das emissões em Onda Curta da RDP Internacional, promovida no âmbito da Comissão de Ética, Cidadania e Comunicação pelo Partido Comunista Português (PCP) na passada 3.ª feira (dia 30 de Agosto), levou o ministro Miguel Relvas, o presidente do conselho de administração da RTP, Guilherme Costa e o Provedor do Ouvinte à Assembleia da República.
As escassas horas empregues no esclarecimento aos deputados da situação da rádio e televisão do Estado foram decididamente marcadas pelo cinismo e a hipocrisia reinantes nas declarações dos responsáveis da rádio pública e do governo . Começando nas exposições do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que se limitou a justificar a suspensão temporária com números (custos), passando pelas declarações do administrador da RTP, considerando que a empresa pública tem «todos os motivos» para suspender a Onda Curta da RDP Internacional. Guilherme Costa entende também que a Onda Curta é "cara", "tendencialmente obsoleta do ponto de vista da recepção" e "não tem hoje a audição que se supõe, para além de que parte dessa audição pode ser facilmente substituível", os esclarecimentos fornecidos aos nossos representantes, eleitos por todo nós, revelaram uma visão economicista, míope e desprestigiante de um serviço público que deve ser prestado nas melhores condições possíveis à vasta comunidade de emigrantes portugueses dispersa pelo mundo.
Sim, caro leitor, leu bem: a administração da RTP entende que existem todos os motivos possíveis e imaginários para acabar com a Onda Curta da RDPi. Creio que esta frase diz tudo: a hierarquia máxima da RTP julga-se no direito de denunciar uma postura altiva e prepotente quando avalia a situação dos nossos compatriotas (e outros lusófonos) que vêem na RDPi uma ligação umbilical com a sua pátria-natal. Como se o típico ouvinte de Onda Curta fosse um cibernauta activo que costuma preferir uma recepção da sua estação de rádio favorita através da rede mundial de computadores em vez de ligar o rádio portátil a pilhas na "velhinha" e "obsoleta" faixa do espectro radioeléctrico compreendida entre os 3 e os 30 MHz. Como se todos os ouvintes tivessem condições técnicas e legais para ouvir a RDPi via satélite. Como se a generalidade dos ouvintes tivesse acesso a uma rede de cabo que forneça o sinal da rádio internacional portuguesa.
Mais: tanto quanto me recorde, não foi feito nenhum estudo de audiência da RDPi que envolvesse as comunidades de emigrantes e as associações de portugueses radicados no estrangeiro. Como pode garantir, então, a RTP, que ninguém ouve a Onda Curta? Será que o número de ouvintes é igual ao número de reclamações ou haverá muitas situações de ouvintes que não podem, em tempo útil, defender a sua posição junto da estação pública?
Num parlamento que ouve dirigentes despóticos, insensíveis e inexoráveis, cuja idolatria por números ultrapassa os direitos dos cidadãos residentes fora do país que os viu nascer e criar, eis que uma tímida mas nobre voz se destaca no coro: Mário Figueiredo, Provedor do Ouvinte, não só ameaça tomar a atitude de apresentar a sua demissão no caso de a RTP seguir avante com a suspensão perpétua da Onda Curta, como denuncia um potencial e velado esquema para reduzir a dívida da empresa pública, sacrificando o interesse de quem, ausente da sua Pátria, praticamente só é associado pela classe política ao envio de remessas monetárias aos bancos portugueses, sem reconhecer o importante papel que as comunidades portuguesas disseminadas por todo o mundo podem e devem desempenhar no contributo para divulgar a língua e cultura deste nosso jardim à beira-mar plantado!
Sugiro aos estimados leitores deste artigo que façamos um pé-de-meia para angariar fundos destinados à aquisição de viagens para o Sr. Ministro Miguel Relvas e o Dr. Guilherme Costa passarem um belo mês de férias numa aldeia perdida no continente africano sem Internet e onde não seja possível instalar uma antena parabólica de 3 metros de diâmetro. Espero que desfrutem do facto de não conseguirem acompanhar a actualidade portuguesa através do rádio, o tal aparelho pequeno e a pilhas que até funciona quando a electricidade falha e quando o recurso a outras tecnologias modernas não é viável!
quarta-feira, agosto 24, 2011
Rádio Oásis FM (106,4 MHz Sobral de Monte Agraço - distrito de Lisboa) sem emissão devido a furto de cobre:
Segundo a edição online do "Meios & Publicidade", a Rádio Oásis encontra-se sem emissão devido ao furto de fios de cobre, do qual resultaram danos no posto de transformação eléctrica que alimenta o emissor. A estação espera ter a electricidade restabelecida na quinta ou sexta-feira.
Segundo a edição online do "Meios & Publicidade", a Rádio Oásis encontra-se sem emissão devido ao furto de fios de cobre, do qual resultaram danos no posto de transformação eléctrica que alimenta o emissor. A estação espera ter a electricidade restabelecida na quinta ou sexta-feira.
sexta-feira, agosto 19, 2011
Rádio Clube de Monsanto (98,7 + 107,8 MHz Idanha-a-Nova [distrito de Castelo Branco]) comemora o seu 26º aniversário com a remodelação do centro emissor principal:
O Rádio Clube de Monsanto comemorou, no passado dia 14 de Agosto, o seu 26º aniversário. Entre as iniciativas propostas para solenizar a efeméride, destaca-se a remodelação do emissor principal (98,7 MHz 1 kW P.A.R.) da estação beirã, que promete melhorar a qualidade de emissão da rádio. O sítio Internet da estação apresenta algumas fotografias das novas infra-estruturas.
De referir que o centro emissor remodelado (mas ainda em testes) encontra-se implantado no Cabeço de Monsanto, bem perto da aldeia histórica que cedeu o nome à estação de rádio local do concelho de Idanha-a-Nova.
O Rádio Clube de Monsanto comemorou, no passado dia 14 de Agosto, o seu 26º aniversário. Entre as iniciativas propostas para solenizar a efeméride, destaca-se a remodelação do emissor principal (98,7 MHz 1 kW P.A.R.) da estação beirã, que promete melhorar a qualidade de emissão da rádio. O sítio Internet da estação apresenta algumas fotografias das novas infra-estruturas.
De referir que o centro emissor remodelado (mas ainda em testes) encontra-se implantado no Cabeço de Monsanto, bem perto da aldeia histórica que cedeu o nome à estação de rádio local do concelho de Idanha-a-Nova.
Serviço público de rádio e televisão: grupo de trabalho entra em funções:
O grupo de trabalho criado pelo Governo e liderado pelo economista João Duque e que vai definir o conceito de serviço público nos meios de comunicação do Estado, entrou em funções no passado dia 17. O grupo, que além de João Duque, é composto por jornalistas, investigadores universitários e outras personalidades da área da comunicação social, tem 60 dias (a contar do dia 17) para apresentar conclusões. Contrariamente ao grupo que fez um trabalho semelhante em 2002 e que definiu o serviço público na RTP, o novo grupo vai definir o que deve ser o serviço público na televisão, na rádio e na agência de notícias (Lusa) onde o Estado tem presença.
O grupo de trabalho criado pelo Governo e liderado pelo economista João Duque e que vai definir o conceito de serviço público nos meios de comunicação do Estado, entrou em funções no passado dia 17. O grupo, que além de João Duque, é composto por jornalistas, investigadores universitários e outras personalidades da área da comunicação social, tem 60 dias (a contar do dia 17) para apresentar conclusões. Contrariamente ao grupo que fez um trabalho semelhante em 2002 e que definiu o serviço público na RTP, o novo grupo vai definir o que deve ser o serviço público na televisão, na rádio e na agência de notícias (Lusa) onde o Estado tem presença.
quinta-feira, agosto 18, 2011
Rádio Clube de Armamar (107,3 MHz Armamar - distrito de Viseu) regressa à frequência original (92,3):
Segundo o blog "Telefonia Douro", o Rádio Clube de Armamar mudou de frequência, deixando os 107,3 MHz para emitir na frequência originalmente atribuída, 92,3 MHz. A razão principal da mudança pode dever-se ao emissor da TSF no Marão (Vila Real, nos 107,6 MHz), cuja frequência estava demasiadamente próxima dos 107,3 MHz da estação local de Armamar.
Segundo o blog "Telefonia Douro", o Rádio Clube de Armamar mudou de frequência, deixando os 107,3 MHz para emitir na frequência originalmente atribuída, 92,3 MHz. A razão principal da mudança pode dever-se ao emissor da TSF no Marão (Vila Real, nos 107,6 MHz), cuja frequência estava demasiadamente próxima dos 107,3 MHz da estação local de Armamar.
quarta-feira, agosto 17, 2011
Rádio Juventude Salesiana (Alijó - distrito de Vila Real) muda de frequência:
O emissor principal da Rádio Juventude Salesiana mudou recentemente de frequência, dos 90,2 para os 90,1 MHz. Esta alteração teve como objectivo melhorar as condições de recepção da estação transmontana, que, recorde-se também tem uma microcobertura nos 99,0 MHz.
De referir que a estação também está a ultimar a remodelação do edifício que vai albergar os novos estúdios em Peso da Régua, nas antigas instalações da defunta RDP- Rádio Alto Douro.
O emissor principal da Rádio Juventude Salesiana mudou recentemente de frequência, dos 90,2 para os 90,1 MHz. Esta alteração teve como objectivo melhorar as condições de recepção da estação transmontana, que, recorde-se também tem uma microcobertura nos 99,0 MHz.
De referir que a estação também está a ultimar a remodelação do edifício que vai albergar os novos estúdios em Peso da Régua, nas antigas instalações da defunta RDP- Rádio Alto Douro.
domingo, agosto 14, 2011
Rádio Comercial tem nova frequência em Aveiro (92,2 MHz):
Depois de Viseu, a Rádio Comercial reforçou a cobertura em Aveiro. O novo emissor, situado no lugar de Oliveirinha (Aveiro), partilha a torre com a M80 Aveiro (94,4 MHz) e retransmite nos 92,2 MHz o sinal do emissor da Lousã (90,8). A nova frequência encontra-se em fase de testes, pelo que os parâmetros de emissão, incluindo a frequência podem ser sujeitos a alterações por imposição da ANACOM ou por sugestão da rádio (mediante o consentimento da entidade reguladora do espectro radioeléctrico).
Com os 94,3 MHz Viseu e os 92,2 MHz Aveiro, a rádio da "melhor música dos últimos 10 anos" espera melhorar significativamente as condições de recepção nestas duas capitais de distrito. Desconheço se a Comercial pretende instalar retransmissores também noutras localidades onde a estação nacional da MCR se ouve com dificuldade.
Depois de Viseu, a Rádio Comercial reforçou a cobertura em Aveiro. O novo emissor, situado no lugar de Oliveirinha (Aveiro), partilha a torre com a M80 Aveiro (94,4 MHz) e retransmite nos 92,2 MHz o sinal do emissor da Lousã (90,8). A nova frequência encontra-se em fase de testes, pelo que os parâmetros de emissão, incluindo a frequência podem ser sujeitos a alterações por imposição da ANACOM ou por sugestão da rádio (mediante o consentimento da entidade reguladora do espectro radioeléctrico).
Com os 94,3 MHz Viseu e os 92,2 MHz Aveiro, a rádio da "melhor música dos últimos 10 anos" espera melhorar significativamente as condições de recepção nestas duas capitais de distrito. Desconheço se a Comercial pretende instalar retransmissores também noutras localidades onde a estação nacional da MCR se ouve com dificuldade.
RDP Madeira sem Onda Média!
Segundo um relato de Carlos Gonçalves publicado no sítio Mediumwave.info, os dois emissores de Onda Média da Antena 1 Madeira que ainda estavam operacionais na ilha (da Madeira) estão desligados. A saber: 1125 kHz e 1332 kHz (Senhora do) Monte. "Redução de custos operacionais" ou a triste coincidência de problemas técnicos?
Recordo que o emissor dos 603 kHz Pico do Areeiro foi desligado há mais de um ano, depois da queda da torre. Pela mesma razão, o emissor de Porto Santo (531 kHz) foi desmantelado de vez. Será que com a redução de emissores se assegura a distribuição do serviço público de rádio, neste caso, na região autónoma da Madeira? Será que a rede de emissores FM da rádio pública na Madeira assegura a cobertura integral do território, garantindo o acesso à Antena 1 Madeira em qualquer ponto das ilhas?
Segundo um relato de Carlos Gonçalves publicado no sítio Mediumwave.info, os dois emissores de Onda Média da Antena 1 Madeira que ainda estavam operacionais na ilha (da Madeira) estão desligados. A saber: 1125 kHz e 1332 kHz (Senhora do) Monte. "Redução de custos operacionais" ou a triste coincidência de problemas técnicos?
Recordo que o emissor dos 603 kHz Pico do Areeiro foi desligado há mais de um ano, depois da queda da torre. Pela mesma razão, o emissor de Porto Santo (531 kHz) foi desmantelado de vez. Será que com a redução de emissores se assegura a distribuição do serviço público de rádio, neste caso, na região autónoma da Madeira? Será que a rede de emissores FM da rádio pública na Madeira assegura a cobertura integral do território, garantindo o acesso à Antena 1 Madeira em qualquer ponto das ilhas?
sábado, agosto 13, 2011
Cadeia Nacional de Rádios arranca em 6 rádios locais:
Um novo projecto radiofónico está no éter e promete oferecer conteúdos destinados a serem retransmitidos por várias rádios locais: a Cadeia Nacional de Rádios realiza programas desportivos, mas também rubricas de utilidade pública para a Rádio Concelho de Mafra (105,6 Mafra - distrito de Lisboa), Rádio Cidade Hoje (94,0 MHz V. N. Famalicão - distrito de Braga), 101.7 FM (101,7 Montemor-o-Velho - distrito de Coimbra), ERA FM (92,7 MHz Amarante - distrito do Porto), Rádio Antena Sul (95,5 Viana do Alentejo - distrito de Évora + 90,4 MHz Almodôvar - distrito de Beja) e Rádio Elvas (91,5 + 103,0 + 104,3MHz Elvas - distrito de Portalegre). As emissões são também retransmitidas em Angola, através da Rádio Mais.
A Cadeia Nacional de Rádios emprega profissionais da comunicação social bem conhecidos do público radiofónico, como Fernando Correia, Carlos Dolbeth, Célia Bernardo e Ana Lima. As emissões da CNR começaram ontem por ocasião do relato do jogo Gil Vicente x Benfica, que foi difundido em directo nas várias frequências envolvidas na cadeia.
A meu ver, a CNR será, sem dúvida, uma mais-valia para as rádios aderentes, que passam a contar com novos programas produzidos por jornalistas com vasta experiência na rádio. Além dos programas e relatos desportivos, a CNR disponibiliza às rádios um programa acerca da saúde pública (Saúde Nacional), um programa (Causa Comum) onde é dado a conhecer empresas que prestam serviços na área da solidariedade social, mas também um programa de sugestões para o fim de semana do público infantil (Roteiro de Fim de Semana); finalmente, "Elas é que sabem" é um programa orientado para o público feminino.
Um novo projecto radiofónico está no éter e promete oferecer conteúdos destinados a serem retransmitidos por várias rádios locais: a Cadeia Nacional de Rádios realiza programas desportivos, mas também rubricas de utilidade pública para a Rádio Concelho de Mafra (105,6 Mafra - distrito de Lisboa), Rádio Cidade Hoje (94,0 MHz V. N. Famalicão - distrito de Braga), 101.7 FM (101,7 Montemor-o-Velho - distrito de Coimbra), ERA FM (92,7 MHz Amarante - distrito do Porto), Rádio Antena Sul (95,5 Viana do Alentejo - distrito de Évora + 90,4 MHz Almodôvar - distrito de Beja) e Rádio Elvas (91,5 + 103,0 + 104,3MHz Elvas - distrito de Portalegre). As emissões são também retransmitidas em Angola, através da Rádio Mais.
A Cadeia Nacional de Rádios emprega profissionais da comunicação social bem conhecidos do público radiofónico, como Fernando Correia, Carlos Dolbeth, Célia Bernardo e Ana Lima. As emissões da CNR começaram ontem por ocasião do relato do jogo Gil Vicente x Benfica, que foi difundido em directo nas várias frequências envolvidas na cadeia.
A meu ver, a CNR será, sem dúvida, uma mais-valia para as rádios aderentes, que passam a contar com novos programas produzidos por jornalistas com vasta experiência na rádio. Além dos programas e relatos desportivos, a CNR disponibiliza às rádios um programa acerca da saúde pública (Saúde Nacional), um programa (Causa Comum) onde é dado a conhecer empresas que prestam serviços na área da solidariedade social, mas também um programa de sugestões para o fim de semana do público infantil (Roteiro de Fim de Semana); finalmente, "Elas é que sabem" é um programa orientado para o público feminino.
sexta-feira, agosto 12, 2011
Rádio Comercial tem nova frequência em Viseu (94,3 MHz):
A Rádio Comercial activou um novo emissor em Viseu, que se destina a reforçar a cobertura desta rádio nacional por terras de Viriato. A nova frequência, 94,3 MHz, partilha a torre (recém instalada) com a Cidade FM 102,8 MHz, aproveitando a deslocalização do emissor da "primeira rádio dos êxitos". Segundo o colaborador "estvmkt" do "Fórum da Rádio", o emissor situa-se no Mundão, no concelho de Viseu.
O novo emissor da Rádio Comercial deverá estar a operar a título experimental, pelo que se existirem problemas, a ANACOM e/ou a estação podem solicitar alterações técnicas na emissão, incluindo a frequência. Ao que parece, a estação da "melhor música dos últimos 10 anos"não deverá ficar por aqui e deverá muito em breve passar a servir também a cidade de Aveiro e, provavelmente, outros pontos do país.
A Rádio Comercial activou um novo emissor em Viseu, que se destina a reforçar a cobertura desta rádio nacional por terras de Viriato. A nova frequência, 94,3 MHz, partilha a torre (recém instalada) com a Cidade FM 102,8 MHz, aproveitando a deslocalização do emissor da "primeira rádio dos êxitos". Segundo o colaborador "estvmkt" do "Fórum da Rádio", o emissor situa-se no Mundão, no concelho de Viseu.
O novo emissor da Rádio Comercial deverá estar a operar a título experimental, pelo que se existirem problemas, a ANACOM e/ou a estação podem solicitar alterações técnicas na emissão, incluindo a frequência. Ao que parece, a estação da "melhor música dos últimos 10 anos"não deverá ficar por aqui e deverá muito em breve passar a servir também a cidade de Aveiro e, provavelmente, outros pontos do país.
quinta-feira, agosto 11, 2011
Smooth FM já emite via Internet:
A Smooth FM, estação da MCR que deverá passar muito em breve a emitir nos 103,0 Barreiro, 89,5 MHz Matosinhos e 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos, já emite (totalmente automatizada) via Internet, desde o passado dia 3 de Agosto, através do seu sítio electrónico, http://smoothfm.clix.pt/ . A notícia, revelada em primeira mão pelo colaborador "TMG" no "Fórum da Rádio", também adianta que o slogan da estação será Smooth FM ...and all that jazz! .
A Smooth FM, estação da MCR que deverá passar muito em breve a emitir nos 103,0 Barreiro, 89,5 MHz Matosinhos e 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos, já emite (totalmente automatizada) via Internet, desde o passado dia 3 de Agosto, através do seu sítio electrónico, http://smoothfm.clix.pt/ . A notícia, revelada em primeira mão pelo colaborador "TMG" no "Fórum da Rádio", também adianta que o slogan da estação será Smooth FM ...and all that jazz! .
Rádio Nostalgia vai ocupar a frequência da Rádio Clube de Matosinhos:
O Rádio Clube de Matosinhos tem os dias contados: a ERC autorizou a transmissão do capital social da estação a favor da empresa "Música no Coração – Sociedade Portuguesa de Entretenimento, Sociedade Unipessoal, Lda.", detida por Luís Montez. A deliberação da ERC revela também que o conhecido empresário pretende lançar a Rádio Nostalgia na frequência de Matosinhos, servindo a região do Porto. A "nova" Rádio Nostalgia emitirá, então, nos 90,4 Lisboa e 91,0 MHz Matosinhos.
Entretanto, vale a pena acompanhar os últimos tempos do RCM não só nos 91,0 , mas também na Internet.
O Rádio Clube de Matosinhos tem os dias contados: a ERC autorizou a transmissão do capital social da estação a favor da empresa "Música no Coração – Sociedade Portuguesa de Entretenimento, Sociedade Unipessoal, Lda.", detida por Luís Montez. A deliberação da ERC revela também que o conhecido empresário pretende lançar a Rádio Nostalgia na frequência de Matosinhos, servindo a região do Porto. A "nova" Rádio Nostalgia emitirá, então, nos 90,4 Lisboa e 91,0 MHz Matosinhos.
Entretanto, vale a pena acompanhar os últimos tempos do RCM não só nos 91,0 , mas também na Internet.
Antena 3 com nova frequência em fase de testes - 100,0 MHz Banática (Almada):
A Antena 3 conta com uma nova frequência destinada a reforçar a cobertura da estação pública nas zonas ribeirinhas de Lisboa, região de Almada e no eixo Lisboa-Oeiras-Cascais. O emissor da Banática, que emite a Antena 1 nos 99,4 e a Antena 2 nos 88,9 MHz, passou também a emitir a Antena 3 nos 100,0 MHz. Desconhecem-se mais pormenores acerca desta nova microcobertura da "3", mas, aparentemente, a nova frequência terá menos potência do que as das restantes rádios da RTP.
A Antena 3 conta com uma nova frequência destinada a reforçar a cobertura da estação pública nas zonas ribeirinhas de Lisboa, região de Almada e no eixo Lisboa-Oeiras-Cascais. O emissor da Banática, que emite a Antena 1 nos 99,4 e a Antena 2 nos 88,9 MHz, passou também a emitir a Antena 3 nos 100,0 MHz. Desconhecem-se mais pormenores acerca desta nova microcobertura da "3", mas, aparentemente, a nova frequência terá menos potência do que as das restantes rádios da RTP.
segunda-feira, julho 18, 2011
"90.4 FM" Lisboa a caminho de ser Rádio Nostalgia:
Quem acompanhou a emissão dos 90,4 MHz Lisboa a partir das 08h00 de hoje constatou algumas alterações na programação: depois de vários anos a passar Jazz, a Rádio Europa Lisboa transformou-se na "90.4 FM Lisboa", designação temporária que culminará no (re)lançamento oficial da Rádio Nostalgia. A sonoplastia da Rádio Nostalgia dos anos 2000-2003 já se encontra no ar, embora ainda sem mencionar a marca "Nostalgia". A "playlist" passou do Jazz para um variado leque de músicas dos anos 60, 70 e 80. Tudo aponta para que a "nova" Rádio Nostalgia ocupe a frequência lisboeta dentro de poucos meses, provavelmente em Setembro/Outubro.
Quem acompanhou a emissão dos 90,4 MHz Lisboa a partir das 08h00 de hoje constatou algumas alterações na programação: depois de vários anos a passar Jazz, a Rádio Europa Lisboa transformou-se na "90.4 FM Lisboa", designação temporária que culminará no (re)lançamento oficial da Rádio Nostalgia. A sonoplastia da Rádio Nostalgia dos anos 2000-2003 já se encontra no ar, embora ainda sem mencionar a marca "Nostalgia". A "playlist" passou do Jazz para um variado leque de músicas dos anos 60, 70 e 80. Tudo aponta para que a "nova" Rádio Nostalgia ocupe a frequência lisboeta dentro de poucos meses, provavelmente em Setembro/Outubro.
Rádio Comercial tem novo emissor para a região de Sintra e Mafra:
Já foi confirmado pela ANACOM e pela própria estação: a Rádio Comercial instalou um novo emissor em Sintra para colmatar as dificuldades de recepção no eixo Sintra-Mafra. A nova frequência, 98,5 MHz, opera com 300 W e pretende ser uma alternativa numa região onde as rádios nacionais da RTP e do grupo R/COM já se ouviam perfeitamente, através dos emissores de Janas (RTP) e Santa Eufémia da Serra (RR, RFM e Mega Hits Sintra).
A novidade já foi confirmada pelo director da Rádio Comercial, Pedro Ribeiro, à edição online do "Briefing".
Já foi confirmado pela ANACOM e pela própria estação: a Rádio Comercial instalou um novo emissor em Sintra para colmatar as dificuldades de recepção no eixo Sintra-Mafra. A nova frequência, 98,5 MHz, opera com 300 W e pretende ser uma alternativa numa região onde as rádios nacionais da RTP e do grupo R/COM já se ouviam perfeitamente, através dos emissores de Janas (RTP) e Santa Eufémia da Serra (RR, RFM e Mega Hits Sintra).
A novidade já foi confirmada pelo director da Rádio Comercial, Pedro Ribeiro, à edição online do "Briefing".
domingo, julho 17, 2011
Rádio Europa Lisboa com as horas contadas:
A Rádio Europa Lisboa (90,4 MHz Lisboa) tem as horas contadas. Segundo o perfil da estação no Facebook, a estação vai deixar de transmitir Jazz a partir das 0h00 de segunda-feira (dia 18 de Julho). A rádio lisboeta já deixou (há uns dias) de retransmitir a RFI durante a noite, e deverá apostar nas músicas dos anos 60, 70 e 80, preparando a sua sucessão para a Rádio Nostalgia.
Recorde-se que a Rádio Nostalgia deverá entrar em funcionamento no final do Verão, substituindo a Rádio Europa Lisboa. Até lá, os 90,4 MHz continuarão uma Rádio Europa Lisboa em "stand-by", que aguarda a sua substituição pelo novo projecto radiofónico de Luís Montez. Até à meia-noite, o Jazz continua nos 90,4 MHz e na emissão online.
A Rádio Europa Lisboa (90,4 MHz Lisboa) tem as horas contadas. Segundo o perfil da estação no Facebook, a estação vai deixar de transmitir Jazz a partir das 0h00 de segunda-feira (dia 18 de Julho). A rádio lisboeta já deixou (há uns dias) de retransmitir a RFI durante a noite, e deverá apostar nas músicas dos anos 60, 70 e 80, preparando a sua sucessão para a Rádio Nostalgia.
Recorde-se que a Rádio Nostalgia deverá entrar em funcionamento no final do Verão, substituindo a Rádio Europa Lisboa. Até lá, os 90,4 MHz continuarão uma Rádio Europa Lisboa em "stand-by", que aguarda a sua substituição pelo novo projecto radiofónico de Luís Montez. Até à meia-noite, o Jazz continua nos 90,4 MHz e na emissão online.
sábado, julho 16, 2011
Quando uma desgraça não vem só...
A Holanda depara-se com uma situação verdadeiramente incrível e inédita: 80 % do território do país não recebe, neste momento, sinais de rádio FM e de televisão dos operadores públicos. Este pequeno país teve ontem (15 de Julho de 2011) dois graves incêndios na rede de emissores da rádio e da televisão públicas. O mais espectacular, que resultou na queda de parte da torre de Zendstation Smilde, obrigou ao corte das emissões a partir desta estrutura. O vídeo da queda da torre, colocado no YouTube, revela bem a dimensão da tragédia:
Como uma desgraça não vem só, a torre de Gerbrandy, próxima da torre de Lopik (Onda Média), sofreu um pequeno incêndio. Por precaução, as emissões desta torre também foram desactivadas.
Estas duas situações impedem a cobertura radiofónica e televisiva terrestre dos canais públicos em grande parte do país. Para já, a Radio 1 holandesa (o equivalente à nossa Antena 1) passou a ocupar os 747 kHz 400 kW do emissor de Zeewolde (Flevoland), que normalmente opera a Radio 5. Com esta alteração temporária, o operador público procura assegurar a recepção através da transmissão da principal rádio pública em Onda Média. Além disso, a rádio pública holandesa recorre a emissores de reserva, bem como alguns emissores instalados temporariamente noutros locais, de forma a minimizar os problemas de recepção.
A Holanda depara-se com uma situação verdadeiramente incrível e inédita: 80 % do território do país não recebe, neste momento, sinais de rádio FM e de televisão dos operadores públicos. Este pequeno país teve ontem (15 de Julho de 2011) dois graves incêndios na rede de emissores da rádio e da televisão públicas. O mais espectacular, que resultou na queda de parte da torre de Zendstation Smilde, obrigou ao corte das emissões a partir desta estrutura. O vídeo da queda da torre, colocado no YouTube, revela bem a dimensão da tragédia:
Como uma desgraça não vem só, a torre de Gerbrandy, próxima da torre de Lopik (Onda Média), sofreu um pequeno incêndio. Por precaução, as emissões desta torre também foram desactivadas.
Estas duas situações impedem a cobertura radiofónica e televisiva terrestre dos canais públicos em grande parte do país. Para já, a Radio 1 holandesa (o equivalente à nossa Antena 1) passou a ocupar os 747 kHz 400 kW do emissor de Zeewolde (Flevoland), que normalmente opera a Radio 5. Com esta alteração temporária, o operador público procura assegurar a recepção através da transmissão da principal rádio pública em Onda Média. Além disso, a rádio pública holandesa recorre a emissores de reserva, bem como alguns emissores instalados temporariamente noutros locais, de forma a minimizar os problemas de recepção.
sexta-feira, julho 15, 2011
Rádio Real - 88,4 MHz Lisboa, de 15 a 24 de Julho:
Lisboa conta com mais uma rádio temporária: a Rádio Real, projecto realizado pela Rádio Zero (rádio universitária do Instituto Superior Técnico) emitirá desde hoje e até ao próximo dia 24 de Julho na frequência 88,4 MHz, a partir de um pequeno emissor instalado na Rua do Poço dos Negros. A estação, produzida no âmbito do programa GHOST, explora o conceito de "rádio de bairro", dirigindo-se à comunidade local onde se insere.
De referir que a Rádio Zero colocou no seu Flickr algumas fotos da antena de emissão.
Lisboa conta com mais uma rádio temporária: a Rádio Real, projecto realizado pela Rádio Zero (rádio universitária do Instituto Superior Técnico) emitirá desde hoje e até ao próximo dia 24 de Julho na frequência 88,4 MHz, a partir de um pequeno emissor instalado na Rua do Poço dos Negros. A estação, produzida no âmbito do programa GHOST, explora o conceito de "rádio de bairro", dirigindo-se à comunidade local onde se insere.
De referir que a Rádio Zero colocou no seu Flickr algumas fotos da antena de emissão.
domingo, julho 03, 2011
Smooth FM: 100,3 MHz Barreiro e 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos
A Smooth FM, o novo projecto da MCR que pretende incidir na música Jazz vocal, a par da difusão de algumas obras musicais de Smooth Jazz, Blues, Soul, entre outros géneros, será transmitida nas frequências 103,0 MHz Barreiro, da actual Mix FM e nos 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (Romântica FM).
A ERC já deliberou favoravelmente as alterações aos projectos aprovados para as duas frequências (Barreiro e Figueiró dos Vinhos). Nos dois casos, as frequências passarão a temáticas musicais, com isenção do cumprimento das quotas de música portuguesa, por se tratarem de emissões baseadas em géneros musicais insuficientemente produzidos em Portugal. A deliberação da ERC referente à frequência do Barreiro confirma que a MCR pretende alargar a rede de emissores da Smooth FM também aos 89,5 MHz Matosinhos.
A Smooth FM, o novo projecto da MCR que pretende incidir na música Jazz vocal, a par da difusão de algumas obras musicais de Smooth Jazz, Blues, Soul, entre outros géneros, será transmitida nas frequências 103,0 MHz Barreiro, da actual Mix FM e nos 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (Romântica FM).
A ERC já deliberou favoravelmente as alterações aos projectos aprovados para as duas frequências (Barreiro e Figueiró dos Vinhos). Nos dois casos, as frequências passarão a temáticas musicais, com isenção do cumprimento das quotas de música portuguesa, por se tratarem de emissões baseadas em géneros musicais insuficientemente produzidos em Portugal. A deliberação da ERC referente à frequência do Barreiro confirma que a MCR pretende alargar a rede de emissores da Smooth FM também aos 89,5 MHz Matosinhos.
Rádio Europa Lisboa (90,4 MHz) vendida a Luís Montez e convertida na Rádio Nostalgia:
A Rádio Europa Lisboa (90,4 MHz), até agora propriedade da RFI (Radio France Internationale), acabou (há escassos dias) de ser vendida a Luís Montez. Depois do negócio fracassado com a Dreamradios, SA, sociedade participada, entre outros, por Emídio Rangel, a rádio internacional gaulesa conseguiu finalmente vender a frequência local de Lisboa. O negócio entre a RFI e o Luís Montez deverá ser formalizado na próxima semana. A ERC já autorizou oficialmente a alteração do controlo do operador Sociedade Franco Portuguesa de Comunicação, S.A. (detentor do alvará dos 90,4 MHz).
Segundo as últimas notícias, o empresário proprietário da empresa "Música no Coração" e líder do Grupo Luso Canal, detentor de estações como a Radar, a Oxigénio, a Marginal, a Amália e a SWtmn, entre outras, pretende relançar a marca "Rádio Nostalgia" nos 90,4 MHz Lisboa, apostando na música dos anos 60, 70 e 80. A alteração do projecto aprovado para a estação também foi consentida pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
Recorde-se que a Rádio Nostalgia emitiu de 1996 a 2003 na rede regional sul (104,3 MHz Lisboa, 107,5 Grândola, 107,1 Fóia, 106,1 Faro, 106,4 Mendro, 106,7 Portalegre e 96,4 MHz Montejunto), a par de alguns emissores locais no norte e centro do país. Propriedade do grupo do jornal "Independente", a Nostalgia, depois da aquisição da empresa pela MCR, foi extinta para ceder o lugar ao "ressuscitado" e entretanto também extinto Rádio Clube Português.
A "nova" Rádio Nostalgia funcionará em regime de franchising da rádio francesa Nostalgie, que se encontra orientada para um público-alvo entre os 35 e os 55 anos das classes A e B. O novo projecto funcionará com os recursos humanos da Sociedade Franco Portuguesa e deverá arrancar depois do Verão.
A Rádio Europa Lisboa (90,4 MHz), até agora propriedade da RFI (Radio France Internationale), acabou (há escassos dias) de ser vendida a Luís Montez. Depois do negócio fracassado com a Dreamradios, SA, sociedade participada, entre outros, por Emídio Rangel, a rádio internacional gaulesa conseguiu finalmente vender a frequência local de Lisboa. O negócio entre a RFI e o Luís Montez deverá ser formalizado na próxima semana. A ERC já autorizou oficialmente a alteração do controlo do operador Sociedade Franco Portuguesa de Comunicação, S.A. (detentor do alvará dos 90,4 MHz).
Segundo as últimas notícias, o empresário proprietário da empresa "Música no Coração" e líder do Grupo Luso Canal, detentor de estações como a Radar, a Oxigénio, a Marginal, a Amália e a SWtmn, entre outras, pretende relançar a marca "Rádio Nostalgia" nos 90,4 MHz Lisboa, apostando na música dos anos 60, 70 e 80. A alteração do projecto aprovado para a estação também foi consentida pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
Recorde-se que a Rádio Nostalgia emitiu de 1996 a 2003 na rede regional sul (104,3 MHz Lisboa, 107,5 Grândola, 107,1 Fóia, 106,1 Faro, 106,4 Mendro, 106,7 Portalegre e 96,4 MHz Montejunto), a par de alguns emissores locais no norte e centro do país. Propriedade do grupo do jornal "Independente", a Nostalgia, depois da aquisição da empresa pela MCR, foi extinta para ceder o lugar ao "ressuscitado" e entretanto também extinto Rádio Clube Português.
A "nova" Rádio Nostalgia funcionará em regime de franchising da rádio francesa Nostalgie, que se encontra orientada para um público-alvo entre os 35 e os 55 anos das classes A e B. O novo projecto funcionará com os recursos humanos da Sociedade Franco Portuguesa e deverá arrancar depois do Verão.
sábado, julho 02, 2011
Rádio temporária: sistema de som do Circuito da Boavista 2011 a emitir nos 91,5 MHz Porto:
Por escassos dias, a frequência 91,5 MHz Porto volta a estar activa, numa iniciativa da organização do Circuito da Boavista 2011 destinada a oferecer informações sobre o evento. Esta rádio temporária deverá estar operacional até ao final do evento, cobrindo o coração do Porto. Crê-se, naturalmente, que a potência de emissão não será nada de especial, mas o Pedro Póvoas revela no Fórum Ondas da Rádio que o sinal estende-se à zona da Foz, ouvindo-se também em Matosinhos.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Por escassos dias, a frequência 91,5 MHz Porto volta a estar activa, numa iniciativa da organização do Circuito da Boavista 2011 destinada a oferecer informações sobre o evento. Esta rádio temporária deverá estar operacional até ao final do evento, cobrindo o coração do Porto. Crê-se, naturalmente, que a potência de emissão não será nada de especial, mas o Pedro Póvoas revela no Fórum Ondas da Rádio que o sinal estende-se à zona da Foz, ouvindo-se também em Matosinhos.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
terça-feira, junho 28, 2011
Serviço público de rádio e televisão - privatizar a RTP: sim ou não?
Numa altura em que se conhecem as intenções do novo governo resultante da coligação PSD/CDS-PP, e quando muitas vozes têm defendido a privatização da RTP sem assumirem claramente e de forma pública a sua posição em relação ao funcionamento do serviço público de rádio e televisão, considero pertinente colocar em cima da mesa (que é como quem diz, neste blog) duas questões essenciais: deve ou não a RTP ser privatizada? Na eventual privatização da RTP, como deve ser assegurado o serviço público de rádio e televisão em Portugal?
O assunto privatização da RTP está longe de ser novidade. Sempre houve vozes a defender a redução do número de canais do serviço público de rádio e televisão ou até da completa privatização da RTP, obrigando à contratualização do serviço público por entidades privadas.
Antes de mais, que não se tenha dúvidas que o serviço público de rádio e televisão terá sempre de estar assegurado. A própria Constituição da República Portuguesa, no número 5 do artigo 38º estabelece que «O Estado assegura a existência e o funcionamento de um serviço público de rádio e de televisão.» . Tal disposição legal obriga o Estado português a manter o serviço público mesmo num eventual cenário de privatização total da RTP, sendo forçado, em última instância, a estipular obrigações acrescidas aos operadores privados, visando a transmissão de programas de serviço público.
A discussão da eventual privatização da RTP deve começar por uma profunda e séria reflexão acerca da natureza e modelo do serviço público de rádio e televisão. Quem pode e deve assegurar o serviço público, que tipo de conteúdos devem fazer parte do serviço público, em que condições deve esse serviço público ser prestado, são questões que deverão e terão de ser ponderadas antes de se traçar o futuro da empresa Rádio e Televisão de Portugal, S.A. .
O que é então, o serviço público? Na minha perspectiva, diria que o serviço público define-se como um conjunto de conteúdos de teor não essencialmente comercial, destinados à divulgação da língua e cultura portuguesas, sem esquecer a difusão de conteúdos educacionais, culturais, artísticos e científicos que incentivem os portugueses a reflectir acerca de realidades culturais e científicas pouco divulgadas na rádio e na televisão, não descurando o incentivo à produção nacional radiofónica e televisiva. Mais do que uma simples frase, o serviço público é um conjunto de elementos cujo objectivo assenta no enriquecimento pessoal e cultural do povo português e de todos os lusófonos dispersos pelos quatro cantos do mundo. O conceito de serviço público passa, por exemplo, por programas de divulgação de vertentes da arte e cultura portuguesas pouco ou nada abordadas na generalidade dos meios de comunicação social. Também é serviço público manter programas na RDP Internacional e na RTP Internacional que divulgam a cultura portuguesa e a actualidade portuguesa aos nossos emigrantes, mas também aos muitos lusófonos que acedem aos canais internacionais da RTP para conhecerem melhor o nosso Portugal. O serviço público também passa por abranger Portugal de lés a lés, evitando o típico centralismo de Lisboa e do Porto.
Não obstante, nem tudo o que a RTP produz fará parte do conceito de serviço público. Dificilmente se define como serviço público a transmissão de música comercial ("mainstream") na Antena 3. Também julgo que será difícil considerar como serviço público programas de televisão como "O Preço Certo em Euros" ou o "Último a Sair". O serviço público não deve incidir na cópia ou imitação de programas e conteúdos oferecidos pelas estações privadas, mas sim na produção de programas inovadores, que não procurem concorrer com os formatos produzidos pelos operadores privados. Por outro lado, não é menos verdade que o serviço público não se esgota na rádio e televisão do Estado, havendo componentes de serviço público nos meios de comunicação social privados: ninguém pode desmentir que, ao nível da informação (e ao nível religioso), a Rádio Renascença presta algum serviço público. A TSF, não obstante não ser uma rádio nacional, também tem elementos de serviço público na sua programação.
A eventual privatização da RTP não afecta apenas o serviço público de rádio e televisão. A RTP 2 e as rádios públicas estão isentas de publicidade comercial. A RTP 1 tem apenas 6 minutos de publicidade por hora. Privatizar os canais da RTP significaria introduzir uma distorção artificial no mercado publicitário, pois, no limite (leia-se, no hipotético cenário da privatização total da empresa), dois canais nacionais e três estações de rádio passariam a ter de partilhar a publicidade com os operadores existentes. A RTP 1 e RTP 2 teriam de partilhar o "bolo" publicitário com a SIC e a TVI, para não falar nos canais pagos. A Antena 1, Antena 2 e Antena 3 teriam de partilhar a escassa publicidade com o grupo R/COM, a MCR e até com a TSF e algumas rádios locais. Se os actuais operadores privados queixam-se de dificuldades agravadas pelo fraco mercado publicitário, o que será deles se tiverem de partilhar a publicidade com mais operadores? Admitindo a privatização de um canal comercial de televisão, o mercado televisivo nacional em sinal aberto deixaria de partilhar a publicidade entre "dois canais e meio" passa dividir a oferta por três canais. Por outro lado, a RTP Internacional, a RTP África, a RDP Internacional e a RDP África são estações que, por motivos inerentes aos seus objectivos, não apresentam publicidade comercial. E tal situação é mantida por razões evidentes, quando e sobretudo no caso da RTPi e RDPi, se tratam de canais dirigidos aos portugueses e lusófonos espalhados pelo mundo, não fazendo muito sentido publicitar produtos e serviços dirigidos ao mercado português num canal visto maioritariamente por emigrantes portugueses radicados noutros países.
Exceptuando empresas exportadoras com clientes dispersos pelo mundo e as grandes marcas internacionais, ninguém vai publicitar os seus produtos ou serviços junto de um público que dificilmente os vai consumir (por estarem vocacionados para o mercado português). Aliás, a esmagadora maioria dos canais internacionais de rádio e televisão não apresentam publicidade, não só por serem públicos, mas sobretudo devido ao público-alvo dos mesmos.
Ninguém tem dúvidas que existem áreas do serviço público pouco apelativas para as empresas privadas de comunicação social. Manter canais internacionais onde não há (ou há muito pouco) interesse em colocar publicidade não será uma opção estratégica apelativa para uma empresa do sector radiofónico e/ou televisivo que depende exclusivamente da publicidade para (sobre)viver e que, - legitimanente, - procura audiência para obter receitas publicitárias, que permitem à estação fazer face às despesas correntes. É a lei do mercado, onde qualquer operador privado tem de se financiar através da disponibilização de tempo em antena para a promoção de produtos e serviços, em troca da devida recompensa financeira. A não ser que o Estado as obrigue a isso, não estou a ver a SIC, a TVI e possivelmente as rádios privadas como a RR ou a TSF, por exemplo, a participarem no funcionamento da RTP Internacional, RTP África, RDP África e RDP Internacional. Qualquer gestor diria que tais canais são um investimento sem retorno, mas que certamente vale a pena: representa a essência do ser português, mostrando ao Mundo o que é Portugal e quem e como são os portugueses. Neste contexto, faz todo o sentido manter e melhorar o serviço público prestado por estes canais.
Longe de ser consensual, a privatização da RTP promete, como sempre aconteceu, ser um tema fracturante na sociedade portuguesa, criando uma grande discussão sobre o que é e o deve ser o serviço público de rádio e televisão em Portugal. Não acreditando que na futura revisão constitucional, todos os partidos envolvidos concordem com a remoção do n.º 5 do artigo 38.º da CRP, o serviço público terá sempre de existir, seja através de uma empresa pública, seja (no limite) através de uma contratualização com operadores privados.
Actualização: ao que parece, o novo Governo pretende reestruturar a RTP, reduzindo os custos operacionais. A ideia será privatizar um canal de televisão, mantendo o outro, a RTP África e a RTP Internacional como estações de serviço público. Em relação às rádios públicas, as notícias não são muito claras, limitando-se a sugerir que as mesmas seguirão os mesmos princípios da RTP televisão.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Numa altura em que se conhecem as intenções do novo governo resultante da coligação PSD/CDS-PP, e quando muitas vozes têm defendido a privatização da RTP sem assumirem claramente e de forma pública a sua posição em relação ao funcionamento do serviço público de rádio e televisão, considero pertinente colocar em cima da mesa (que é como quem diz, neste blog) duas questões essenciais: deve ou não a RTP ser privatizada? Na eventual privatização da RTP, como deve ser assegurado o serviço público de rádio e televisão em Portugal?
O assunto privatização da RTP está longe de ser novidade. Sempre houve vozes a defender a redução do número de canais do serviço público de rádio e televisão ou até da completa privatização da RTP, obrigando à contratualização do serviço público por entidades privadas.
Antes de mais, que não se tenha dúvidas que o serviço público de rádio e televisão terá sempre de estar assegurado. A própria Constituição da República Portuguesa, no número 5 do artigo 38º estabelece que «O Estado assegura a existência e o funcionamento de um serviço público de rádio e de televisão.» . Tal disposição legal obriga o Estado português a manter o serviço público mesmo num eventual cenário de privatização total da RTP, sendo forçado, em última instância, a estipular obrigações acrescidas aos operadores privados, visando a transmissão de programas de serviço público.
A discussão da eventual privatização da RTP deve começar por uma profunda e séria reflexão acerca da natureza e modelo do serviço público de rádio e televisão. Quem pode e deve assegurar o serviço público, que tipo de conteúdos devem fazer parte do serviço público, em que condições deve esse serviço público ser prestado, são questões que deverão e terão de ser ponderadas antes de se traçar o futuro da empresa Rádio e Televisão de Portugal, S.A. .
O que é então, o serviço público? Na minha perspectiva, diria que o serviço público define-se como um conjunto de conteúdos de teor não essencialmente comercial, destinados à divulgação da língua e cultura portuguesas, sem esquecer a difusão de conteúdos educacionais, culturais, artísticos e científicos que incentivem os portugueses a reflectir acerca de realidades culturais e científicas pouco divulgadas na rádio e na televisão, não descurando o incentivo à produção nacional radiofónica e televisiva. Mais do que uma simples frase, o serviço público é um conjunto de elementos cujo objectivo assenta no enriquecimento pessoal e cultural do povo português e de todos os lusófonos dispersos pelos quatro cantos do mundo. O conceito de serviço público passa, por exemplo, por programas de divulgação de vertentes da arte e cultura portuguesas pouco ou nada abordadas na generalidade dos meios de comunicação social. Também é serviço público manter programas na RDP Internacional e na RTP Internacional que divulgam a cultura portuguesa e a actualidade portuguesa aos nossos emigrantes, mas também aos muitos lusófonos que acedem aos canais internacionais da RTP para conhecerem melhor o nosso Portugal. O serviço público também passa por abranger Portugal de lés a lés, evitando o típico centralismo de Lisboa e do Porto.
Não obstante, nem tudo o que a RTP produz fará parte do conceito de serviço público. Dificilmente se define como serviço público a transmissão de música comercial ("mainstream") na Antena 3. Também julgo que será difícil considerar como serviço público programas de televisão como "O Preço Certo em Euros" ou o "Último a Sair". O serviço público não deve incidir na cópia ou imitação de programas e conteúdos oferecidos pelas estações privadas, mas sim na produção de programas inovadores, que não procurem concorrer com os formatos produzidos pelos operadores privados. Por outro lado, não é menos verdade que o serviço público não se esgota na rádio e televisão do Estado, havendo componentes de serviço público nos meios de comunicação social privados: ninguém pode desmentir que, ao nível da informação (e ao nível religioso), a Rádio Renascença presta algum serviço público. A TSF, não obstante não ser uma rádio nacional, também tem elementos de serviço público na sua programação.
A eventual privatização da RTP não afecta apenas o serviço público de rádio e televisão. A RTP 2 e as rádios públicas estão isentas de publicidade comercial. A RTP 1 tem apenas 6 minutos de publicidade por hora. Privatizar os canais da RTP significaria introduzir uma distorção artificial no mercado publicitário, pois, no limite (leia-se, no hipotético cenário da privatização total da empresa), dois canais nacionais e três estações de rádio passariam a ter de partilhar a publicidade com os operadores existentes. A RTP 1 e RTP 2 teriam de partilhar o "bolo" publicitário com a SIC e a TVI, para não falar nos canais pagos. A Antena 1, Antena 2 e Antena 3 teriam de partilhar a escassa publicidade com o grupo R/COM, a MCR e até com a TSF e algumas rádios locais. Se os actuais operadores privados queixam-se de dificuldades agravadas pelo fraco mercado publicitário, o que será deles se tiverem de partilhar a publicidade com mais operadores? Admitindo a privatização de um canal comercial de televisão, o mercado televisivo nacional em sinal aberto deixaria de partilhar a publicidade entre "dois canais e meio" passa dividir a oferta por três canais. Por outro lado, a RTP Internacional, a RTP África, a RDP Internacional e a RDP África são estações que, por motivos inerentes aos seus objectivos, não apresentam publicidade comercial. E tal situação é mantida por razões evidentes, quando e sobretudo no caso da RTPi e RDPi, se tratam de canais dirigidos aos portugueses e lusófonos espalhados pelo mundo, não fazendo muito sentido publicitar produtos e serviços dirigidos ao mercado português num canal visto maioritariamente por emigrantes portugueses radicados noutros países.
Exceptuando empresas exportadoras com clientes dispersos pelo mundo e as grandes marcas internacionais, ninguém vai publicitar os seus produtos ou serviços junto de um público que dificilmente os vai consumir (por estarem vocacionados para o mercado português). Aliás, a esmagadora maioria dos canais internacionais de rádio e televisão não apresentam publicidade, não só por serem públicos, mas sobretudo devido ao público-alvo dos mesmos.
Ninguém tem dúvidas que existem áreas do serviço público pouco apelativas para as empresas privadas de comunicação social. Manter canais internacionais onde não há (ou há muito pouco) interesse em colocar publicidade não será uma opção estratégica apelativa para uma empresa do sector radiofónico e/ou televisivo que depende exclusivamente da publicidade para (sobre)viver e que, - legitimanente, - procura audiência para obter receitas publicitárias, que permitem à estação fazer face às despesas correntes. É a lei do mercado, onde qualquer operador privado tem de se financiar através da disponibilização de tempo em antena para a promoção de produtos e serviços, em troca da devida recompensa financeira. A não ser que o Estado as obrigue a isso, não estou a ver a SIC, a TVI e possivelmente as rádios privadas como a RR ou a TSF, por exemplo, a participarem no funcionamento da RTP Internacional, RTP África, RDP África e RDP Internacional. Qualquer gestor diria que tais canais são um investimento sem retorno, mas que certamente vale a pena: representa a essência do ser português, mostrando ao Mundo o que é Portugal e quem e como são os portugueses. Neste contexto, faz todo o sentido manter e melhorar o serviço público prestado por estes canais.
Longe de ser consensual, a privatização da RTP promete, como sempre aconteceu, ser um tema fracturante na sociedade portuguesa, criando uma grande discussão sobre o que é e o deve ser o serviço público de rádio e televisão em Portugal. Não acreditando que na futura revisão constitucional, todos os partidos envolvidos concordem com a remoção do n.º 5 do artigo 38.º da CRP, o serviço público terá sempre de existir, seja através de uma empresa pública, seja (no limite) através de uma contratualização com operadores privados.
Actualização: ao que parece, o novo Governo pretende reestruturar a RTP, reduzindo os custos operacionais. A ideia será privatizar um canal de televisão, mantendo o outro, a RTP África e a RTP Internacional como estações de serviço público. Em relação às rádios públicas, as notícias não são muito claras, limitando-se a sugerir que as mesmas seguirão os mesmos princípios da RTP televisão.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
quarta-feira, junho 15, 2011
RDP Internacional: "suspensão temporária" (mas não total) da Onda Curta:
Que a RTP teve o descaramento de suspender temporariamente a Onda Curta da RDPi, é um facto infelizmente constatável com um receptor de rádio... Todavia, a rádio pública portuguesa omite (talvez uma forma deliberada de forçar os ouvintes a esquecer a OC) uma informação importante: a RDPi continua a emitir em Onda Curta para a Europa, através do centro emissor de Sines da ProFunk GmbH.
Assim, a RDPi continua a ser sintonizada de 2.ª a 6.ª feira, entre as 0645 e as 0800 UTC, nos 11 850 kHz (banda dos 25m). Aos sábados e domingos, a RDPi só poderá ser escutada com um receptor digital com DRM (Digital Radio Mondiale) entre as 0830-1000 UTC nos 11 995 kHz (25m). Estas emissões deverão continuar operacionais até ao final de Outubro, altura em que a própria manutenção do centro emissor de Sines é posta em causa.
Que a RTP teve o descaramento de suspender temporariamente a Onda Curta da RDPi, é um facto infelizmente constatável com um receptor de rádio... Todavia, a rádio pública portuguesa omite (talvez uma forma deliberada de forçar os ouvintes a esquecer a OC) uma informação importante: a RDPi continua a emitir em Onda Curta para a Europa, através do centro emissor de Sines da ProFunk GmbH.
Assim, a RDPi continua a ser sintonizada de 2.ª a 6.ª feira, entre as 0645 e as 0800 UTC, nos 11 850 kHz (banda dos 25m). Aos sábados e domingos, a RDPi só poderá ser escutada com um receptor digital com DRM (Digital Radio Mondiale) entre as 0830-1000 UTC nos 11 995 kHz (25m). Estas emissões deverão continuar operacionais até ao final de Outubro, altura em que a própria manutenção do centro emissor de Sines é posta em causa.
Centro emissor de Onda Curta em Sines com os dias contados?
Mau demais para ser verdade: o ano de 2011 ainda vai a meio e já se arrisca a ficar registado na História da rádio em Portugal como o ano da morte da radiodifusão em Onda Curta no nosso país. Depois da "suspensão temporária" da RDPi em Onda Curta, é a vez da Deutsche Welle contar os dias de vida do centro emissor de Sines da ProFunk GmbH.
A DW prepara-se para realizar cortes nas emissões em Onda Curta, reduzindo drasticamente as horas de emissão e as línguas em que a emissora germânica opera. Entre as medidas anunciadas pela estação alemã, destaca-se a desactivação de vários centros emissores, nomeadamente os de Trincomalee (Sri Lanka) e Sines (Portugal) . A partir do dia 1 de Novembro de 2011, o centro emissor de Onda Curta em Sines deverá ser desactivado, deixando de emitir a DW e/ou outras estações que alugam tempo de emissão à rádio internacional da Alemanha. Infelizmente, entre outros efeitos colaterais da decisão, afigura-se provável o cenário de ver os técnicos portugueses ao serviço da DW engrossar a pesada lista de desempregados do nosso país...
Mau demais para ser verdade: o ano de 2011 ainda vai a meio e já se arrisca a ficar registado na História da rádio em Portugal como o ano da morte da radiodifusão em Onda Curta no nosso país. Depois da "suspensão temporária" da RDPi em Onda Curta, é a vez da Deutsche Welle contar os dias de vida do centro emissor de Sines da ProFunk GmbH.
A DW prepara-se para realizar cortes nas emissões em Onda Curta, reduzindo drasticamente as horas de emissão e as línguas em que a emissora germânica opera. Entre as medidas anunciadas pela estação alemã, destaca-se a desactivação de vários centros emissores, nomeadamente os de Trincomalee (Sri Lanka) e Sines (Portugal) . A partir do dia 1 de Novembro de 2011, o centro emissor de Onda Curta em Sines deverá ser desactivado, deixando de emitir a DW e/ou outras estações que alugam tempo de emissão à rádio internacional da Alemanha. Infelizmente, entre outros efeitos colaterais da decisão, afigura-se provável o cenário de ver os técnicos portugueses ao serviço da DW engrossar a pesada lista de desempregados do nosso país...
terça-feira, junho 07, 2011
Rádio Renascença comemora 75 anos:
A Rádio Renascença arrancou as comemorações dos 75 anos de actividade da emissora católica portuguesa, com um concerto no Estádio do Bessa (Porto) que decorreu na noite da passada sexta-feira, dia 3 de Junho.
Uma data importante para a estação, já que as emissões experimentais da jovem emissora iniciaram-se no dia 3 de Junho de 1936, através de um pequeno emissor instalado na Charneca (Lisboa). Todavia, a Rádio Renascença arrancou definitivamente no dia 1 de Janeiro de 1937, servindo a população com emissores em Onda Média e Onda Curta.
Em meados da década de 60, a RR passou a contar também com uma rede nacional de emissores FM, passando a ser escutada em grande parte do país. De referir que, na altura, a RR apenas detinha dois pequenos emissores de Onda Média, um para servir a região de Lisboa (emissor da Buraca, mais tarde bombardeado durante o PREC) e outro na região do Porto.
No início da década de 80, a Rádio Renascença instalou novos emissores de Onda Média que asseguram a cobertura da estação em todo o continente. Mais tarde, o então governo socialista ofereceu à RR uma nova rede de emissores FM, que serviu a RR Onda Média durante pouco tempo. No dia 1 de Janeiro de 1987 (coincidindo com o 50.º aniversário da RR), a nova rede de emissores passou a transmitir um novo canal orientado para um público mais jovem: a RFM.
Em 1998, a emissora católica portuguesa lançou uma nova estação destinada ao público jovem, a Mega FM, disponível em Lisboa (92,4), Porto (90,6 Gondomar) e Coimbra (90,0) MHz.Mais tarde, a Mega FM estende-se a Aveiro, Braga e Sintra.
Dez anos depois, no dia 4 de Agosto de 2008, a RR inaugura as emissões da Rádio Sim , o quarto canal da emissora, cuja programação está direccionada para o público acima dos 55 anos, apostando na música portuguesa e internacional dos anos 1940-1970s.
A Rádio Renascença arrancou as comemorações dos 75 anos de actividade da emissora católica portuguesa, com um concerto no Estádio do Bessa (Porto) que decorreu na noite da passada sexta-feira, dia 3 de Junho.
Uma data importante para a estação, já que as emissões experimentais da jovem emissora iniciaram-se no dia 3 de Junho de 1936, através de um pequeno emissor instalado na Charneca (Lisboa). Todavia, a Rádio Renascença arrancou definitivamente no dia 1 de Janeiro de 1937, servindo a população com emissores em Onda Média e Onda Curta.
Em meados da década de 60, a RR passou a contar também com uma rede nacional de emissores FM, passando a ser escutada em grande parte do país. De referir que, na altura, a RR apenas detinha dois pequenos emissores de Onda Média, um para servir a região de Lisboa (emissor da Buraca, mais tarde bombardeado durante o PREC) e outro na região do Porto.
No início da década de 80, a Rádio Renascença instalou novos emissores de Onda Média que asseguram a cobertura da estação em todo o continente. Mais tarde, o então governo socialista ofereceu à RR uma nova rede de emissores FM, que serviu a RR Onda Média durante pouco tempo. No dia 1 de Janeiro de 1987 (coincidindo com o 50.º aniversário da RR), a nova rede de emissores passou a transmitir um novo canal orientado para um público mais jovem: a RFM.
Em 1998, a emissora católica portuguesa lançou uma nova estação destinada ao público jovem, a Mega FM, disponível em Lisboa (92,4), Porto (90,6 Gondomar) e Coimbra (90,0) MHz.Mais tarde, a Mega FM estende-se a Aveiro, Braga e Sintra.
Dez anos depois, no dia 4 de Agosto de 2008, a RR inaugura as emissões da Rádio Sim , o quarto canal da emissora, cuja programação está direccionada para o público acima dos 55 anos, apostando na música portuguesa e internacional dos anos 1940-1970s.
sábado, maio 28, 2011
RDPi "suspende temporariamente" a Onda Curta a partir do dia 1 de Junho:
Vergonhosa, narcisista, tartufa e sovina: quatro adjectivos para descrever a decisão da RTP dedesligar de vez, perdão, "suspender temporariamente" as emissões em Onda Curta da RDP Internacional, a partir do dia 1 de Junho.
Como se não bastassem os argumentos falaciosos da RTP, eis que a Associação Portuguesa de Radiodifusão tomou a liberdade de, na pessoa do seu presidente, José Faustino, pronunciar-se a respeito desta questão. Segundo o mesmo, «acho que ninguém [fica afetado]. Já ninguém ouvia aquilo e estava-se a gastar dinheiro. Não faço ideia de quanto custa, mas operar em onda curta é bastante caro. E não faz sentido, porque hoje há satélite e há internet». Ora, com todo o respeito pelo Sr. Faustino, tais declarações, baseadas apenas nos comunicados da RTP, não contribuem para uma avaliação séria da situação. A não ser que a APR tenha efectuado um estudo acerca das audiências da RDPi nos vários meios de distribuição, uma entidade reputada no sector da radiodifusão não deveria tirar ilações sem considerar a outra face do problema: os ouvintes.
Será que a APR, instituição que defende o interesse do meio radiofónico não devia olhar para as questões do sector tendo em consideração o elemento-chave do processo de comunicação via rádio, que não é mais nem menos do que o ouvinte? Afinal de contas, de que serviriam as rádios se não houvesse ouvintes? Será que algum iluminado da APR tem uma noção mais ou menos exacta da quantidade de ouvintes da RDPi que a ouve na Onda Curta, do número de ouvintes via satélite e do número de ouvintes via cabo? Exceptuando a Internet, onde a RTP pode determinar o número de ouvintes ligados ao servidor da rádio pública, os restantes meios não podem fornecer dados sobre os ouvintes, devido à unidireccionalidade da transmissão. A única forma de saber quem e como ouve será através de inquéritos dirigidos às comunidades de emigrantes portugueses, luso-descendentes e restantes lusófonos espalhados pelo mundo. E saberá o Sr. Faustino explicar a todos os ouvintes que o solicitem, como poderão aceder a meios alternativos de recepção da RDPi? Será, então, a APR capaz de indicar aos ouvintes como poderão adquirir e montar antenas parabólicas para ouvir a RDPi? Saberá a APR que operadores de cabo espalhados pelo mundo dispõem da RDPi na sua grelha? Mais uma vez, com toda a consideração pela pessoa do Sr. Faustino, seria desejável que o presidente da APR tivesse uma atitude muito mais prudente e responsável, avaliando criteriosamente a situação antes de comentar a situação em causa.
Vai-me desculpar, Sr. Faustino, mas com toda a estima que tenho por si, devia olhar para os nossos compatriotas emigrantes nos quatro cantos do mundo. Afinal, demagogia barata não credibiliza uma pessoa e uma instituição, quando se sabe que há ouvintes que ouvem a RDPi em Onda Curta e, prova disso, serão, certamente, as inúmeras reclamações que têm chegado ao Provedor do Ouvinte da RTP.
Infelizmente, os desenvolvimentos dos últimos dias sugerem que alguns iluminados expõem a sua posição sem se dignarem ouvir de viva voz os principais interessados no serviço da RDPi (os ouvintes), sem se darem conta da sua atitude cínica e hipócrita (para não dizer ignóbil), que em nada defende o direito de acesso à rádio internacional portuguesa por parte dos nossos concidadãos no estrangeiro, a par dos restantes lusófonos que ouvem a RDP Internacional.
Por outro lado, há que louvar a defesa do serviço em Onda Curta da RDPi proveniente de muitos ouvintes da RDPi, é certo, mas também por muitos cidadãos, começando no cidadão comum preocupado com os seus compatriotas residentes fora do seu país natal, mas passando por radioamadores e Dxistas, a par de cidadãos do Brasil e de outros países lusófonos, sem descurar as declarações de um comandante da Marinha Mercante, que não ficam satisfeitos com a argumentação da RTP, expondo um conjunto de situações que podem dificultar ou até aniquilar a recepção da RDPi, mormente em movimento. Trabalhar numa embarcação ou num camião é uma prática que, por força das limitações técnicas inerentes à recepção em movimento, incluindo as restrições de espaço, priva os nossos compatriotas da audição da RDPi enquanto desempenham a sua actividade profissional. Imagine-se o que seria ter uma antena parabólica de 3 metros de diâmetro num camião a circular em plena estrada africana! Imagine-se como um comandante naval poderá sintonizar a RDPi numa embarcação onde não há antena parabólica ou esta tem características inadequadas à recepção da RDPi via satélite. Imagine-se como pode um ouvinte continuar a acompanhar as novidades de Portugal numa qualquer região onde não tem acesso à Internet e não pode recorrer à antena parabólica!
Tal como seria de prever, num país que ao longo de séculos se destacou nas actividades marítimas, começando nos grandes navegadores e passando pelo comum dos pescadores, ainda existem muitos portugueses ligados à pesca nas costas do Canadá e na Terra Nova, por exemplo que se socorrem da RDP Internacional para se manterem a par da actualidade portuguesa. De igual modo, há muitos camionistas portugueses que viajam pela Europa ou pela África a ouvir a emissora internacional portuguesa. A partir da próxima quarta-feira, deixam de poder ouvir a RDPi na estrada e terão dificuldades acrescidas para ouvir no mar.
Mas afinal, não há ouvintes da RDPi em Onda Curta? Naturalmente que sim... os mesmos que não serão decerto acéfalos e já depreenderam as razões pelas quais a RTP está tão interessada em terminar com tecnologias analógicas obsoletas (ironia): tudo se resume ao politicamente correcto, numa óptica de contenção desenfreada de despesas, sem ganhar a coragem de admitir publicamente que tudo não passa de um plano para equilibrar contas sacrificando os ouvintes em detrimento de cortes em áreas sobejas onde os interesses instalados deviam dar lugar ao verdadeiro serviço público prestado aos ouvintes e telespectadores!
Já agora, senhores administradores da RTP, tenho algumas propostas melhores para cortar na despesa: fechem ou privatizem a RTP N. Aproveitem para fundir a RTP África com a RTPi e a RDP África com a RDPi. Por último, acabem de vez com todos os utensílios de cozinha (leia-se tachos) supérfluos no serviço público de rádio e televisão. Os ouvintes e telespectadores, que querem um serviço público eficiente e de qualidade, agradecem! Mas ao menos tenham mais deferência por quem escuta a rádio internacional portuguesa, que desde o seu início (em 1936) sempre enobreceu a Língua e a cultura portuguesas, glorificando um dos mais excelsos símbolos da História de Portugal no mundo, que o nobre povo lusitano divulgou por África, pelo Brasil, por Timor-Leste e um pouco por todo o mundo, que não é senão a própria Língua de Camões!
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Vergonhosa, narcisista, tartufa e sovina: quatro adjectivos para descrever a decisão da RTP de
Como se não bastassem os argumentos falaciosos da RTP, eis que a Associação Portuguesa de Radiodifusão tomou a liberdade de, na pessoa do seu presidente, José Faustino, pronunciar-se a respeito desta questão. Segundo o mesmo, «acho que ninguém [fica afetado]. Já ninguém ouvia aquilo e estava-se a gastar dinheiro. Não faço ideia de quanto custa, mas operar em onda curta é bastante caro. E não faz sentido, porque hoje há satélite e há internet». Ora, com todo o respeito pelo Sr. Faustino, tais declarações, baseadas apenas nos comunicados da RTP, não contribuem para uma avaliação séria da situação. A não ser que a APR tenha efectuado um estudo acerca das audiências da RDPi nos vários meios de distribuição, uma entidade reputada no sector da radiodifusão não deveria tirar ilações sem considerar a outra face do problema: os ouvintes.
Será que a APR, instituição que defende o interesse do meio radiofónico não devia olhar para as questões do sector tendo em consideração o elemento-chave do processo de comunicação via rádio, que não é mais nem menos do que o ouvinte? Afinal de contas, de que serviriam as rádios se não houvesse ouvintes? Será que algum iluminado da APR tem uma noção mais ou menos exacta da quantidade de ouvintes da RDPi que a ouve na Onda Curta, do número de ouvintes via satélite e do número de ouvintes via cabo? Exceptuando a Internet, onde a RTP pode determinar o número de ouvintes ligados ao servidor da rádio pública, os restantes meios não podem fornecer dados sobre os ouvintes, devido à unidireccionalidade da transmissão. A única forma de saber quem e como ouve será através de inquéritos dirigidos às comunidades de emigrantes portugueses, luso-descendentes e restantes lusófonos espalhados pelo mundo. E saberá o Sr. Faustino explicar a todos os ouvintes que o solicitem, como poderão aceder a meios alternativos de recepção da RDPi? Será, então, a APR capaz de indicar aos ouvintes como poderão adquirir e montar antenas parabólicas para ouvir a RDPi? Saberá a APR que operadores de cabo espalhados pelo mundo dispõem da RDPi na sua grelha? Mais uma vez, com toda a consideração pela pessoa do Sr. Faustino, seria desejável que o presidente da APR tivesse uma atitude muito mais prudente e responsável, avaliando criteriosamente a situação antes de comentar a situação em causa.
Vai-me desculpar, Sr. Faustino, mas com toda a estima que tenho por si, devia olhar para os nossos compatriotas emigrantes nos quatro cantos do mundo. Afinal, demagogia barata não credibiliza uma pessoa e uma instituição, quando se sabe que há ouvintes que ouvem a RDPi em Onda Curta e, prova disso, serão, certamente, as inúmeras reclamações que têm chegado ao Provedor do Ouvinte da RTP.
Infelizmente, os desenvolvimentos dos últimos dias sugerem que alguns iluminados expõem a sua posição sem se dignarem ouvir de viva voz os principais interessados no serviço da RDPi (os ouvintes), sem se darem conta da sua atitude cínica e hipócrita (para não dizer ignóbil), que em nada defende o direito de acesso à rádio internacional portuguesa por parte dos nossos concidadãos no estrangeiro, a par dos restantes lusófonos que ouvem a RDP Internacional.
Por outro lado, há que louvar a defesa do serviço em Onda Curta da RDPi proveniente de muitos ouvintes da RDPi, é certo, mas também por muitos cidadãos, começando no cidadão comum preocupado com os seus compatriotas residentes fora do seu país natal, mas passando por radioamadores e Dxistas, a par de cidadãos do Brasil e de outros países lusófonos, sem descurar as declarações de um comandante da Marinha Mercante, que não ficam satisfeitos com a argumentação da RTP, expondo um conjunto de situações que podem dificultar ou até aniquilar a recepção da RDPi, mormente em movimento. Trabalhar numa embarcação ou num camião é uma prática que, por força das limitações técnicas inerentes à recepção em movimento, incluindo as restrições de espaço, priva os nossos compatriotas da audição da RDPi enquanto desempenham a sua actividade profissional. Imagine-se o que seria ter uma antena parabólica de 3 metros de diâmetro num camião a circular em plena estrada africana! Imagine-se como um comandante naval poderá sintonizar a RDPi numa embarcação onde não há antena parabólica ou esta tem características inadequadas à recepção da RDPi via satélite. Imagine-se como pode um ouvinte continuar a acompanhar as novidades de Portugal numa qualquer região onde não tem acesso à Internet e não pode recorrer à antena parabólica!
Tal como seria de prever, num país que ao longo de séculos se destacou nas actividades marítimas, começando nos grandes navegadores e passando pelo comum dos pescadores, ainda existem muitos portugueses ligados à pesca nas costas do Canadá e na Terra Nova, por exemplo que se socorrem da RDP Internacional para se manterem a par da actualidade portuguesa. De igual modo, há muitos camionistas portugueses que viajam pela Europa ou pela África a ouvir a emissora internacional portuguesa. A partir da próxima quarta-feira, deixam de poder ouvir a RDPi na estrada e terão dificuldades acrescidas para ouvir no mar.
Mas afinal, não há ouvintes da RDPi em Onda Curta? Naturalmente que sim... os mesmos que não serão decerto acéfalos e já depreenderam as razões pelas quais a RTP está tão interessada em terminar com tecnologias analógicas obsoletas (ironia): tudo se resume ao politicamente correcto, numa óptica de contenção desenfreada de despesas, sem ganhar a coragem de admitir publicamente que tudo não passa de um plano para equilibrar contas sacrificando os ouvintes em detrimento de cortes em áreas sobejas onde os interesses instalados deviam dar lugar ao verdadeiro serviço público prestado aos ouvintes e telespectadores!
Já agora, senhores administradores da RTP, tenho algumas propostas melhores para cortar na despesa: fechem ou privatizem a RTP N. Aproveitem para fundir a RTP África com a RTPi e a RDP África com a RDPi. Por último, acabem de vez com todos os utensílios de cozinha (leia-se tachos) supérfluos no serviço público de rádio e televisão. Os ouvintes e telespectadores, que querem um serviço público eficiente e de qualidade, agradecem! Mas ao menos tenham mais deferência por quem escuta a rádio internacional portuguesa, que desde o seu início (em 1936) sempre enobreceu a Língua e a cultura portuguesas, glorificando um dos mais excelsos símbolos da História de Portugal no mundo, que o nobre povo lusitano divulgou por África, pelo Brasil, por Timor-Leste e um pouco por todo o mundo, que não é senão a própria Língua de Camões!
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
segunda-feira, maio 16, 2011
RDP África com nova frequência em Cabo Verde (ilha de São Nicolau):
Segundo o relato do membro "TMG" do Fórum da Rádio, a RDP África colocou em funcionamento mais uma frequência em Cabo Verde, passando também a ser escutada na ilha de São Nicolau. O novo centro emissor situa-se no Monte Gordo (ilha de S. Nicolau) e opera nos 95,1 MHz com 1 kW de potência. Esta nova frequência deverá cobrir a totalidade da ilha, mormente a vila da Ribeira Brava.
De referir que a RDP África tem uma rede de emissores que cobre grande parte de Cabo Verde. A saber:
Segundo o relato do membro "TMG" do Fórum da Rádio, a RDP África colocou em funcionamento mais uma frequência em Cabo Verde, passando também a ser escutada na ilha de São Nicolau. O novo centro emissor situa-se no Monte Gordo (ilha de S. Nicolau) e opera nos 95,1 MHz com 1 kW de potência. Esta nova frequência deverá cobrir a totalidade da ilha, mormente a vila da Ribeira Brava.
De referir que a RDP África tem uma rede de emissores que cobre grande parte de Cabo Verde. A saber:
- ILHA DO SAL: Morro Curral - 97,5 MHz
- ILHA DE SANTIAGO: Mte. Tchota - 105,2 MHz
- ILHA DE SANTIAGO: Mte. Pensamento - 106,1 MHz
- ILHA DE S. VICENTE: Mte. Verde - 93,9 MHz
- ILHA DA BOAVISTA: Sal-Rei - 95,1 MHz
- ILHA DE S. ANTÃO: Pedra Rachada - 105,2 MHz
- ILHA DE S. ANTÃO: Pinhão - 95,7 MHz
- ILHA DO FOGO: S.Filipe - 93,9 MHz
- ILHA DE S. NICOLAU: Monte Gordo - 95,1 MHz
Romântica FM regressará em breve ao Grande Porto!
Segundo uma deliberação da ERC, a Rádio 5, cadeia de rádios que utiliza as frequências da Rádio Lidador (100,8 Maia), Rádio Voz de Santo Tirso (98,4), Aveiro FM (96,5), Rádio Mar (89,0 Póvoa de Varzim) e Rádio Trofa (107,8 MHz Trofa) terá solicitado à entidade reguladora a revogação da alteração do projecto aprovado para os 100,8 MHz Maia, que passaria a chamar-se "Rádio 5 FM" e mudaria de categoria, de temática musical para generalista. A estação maiata alega não estarem reunidas as condições técnicas, humanas e económicas para avançar com o projecto, pelo que pretende a manutenção do serviço de programas temático musical, sob a designação "Romântica FM".
A prosseguir esta alteração, a Romântica FM regressará em breve aos 100,8 MHz Maia, mas agora na frequência da Rádio Lidador, já que a Rádio Lidador e a Vodafone FM (ex-Romântica) trocaram de frequência, passando a rádio da operadora de telecomunicações para os 94,3 MHz, ao passo que a Lidador mudou para os 100,8 MHz.
De referir que a estação promete relançar a Romântica FM recorrendo a recursos próprios. Como a Romântica FM deixou de emitir de Lisboa (ex- 107,2 Amadora) e apenas emite nos 92,8 Figueiró dos Vinhos (distrito de Leiria e próximo de Coimbra), é provável que a "nova" Romântica seja emitida a partir dos estúdios da Maia.
Segundo uma deliberação da ERC, a Rádio 5, cadeia de rádios que utiliza as frequências da Rádio Lidador (100,8 Maia), Rádio Voz de Santo Tirso (98,4), Aveiro FM (96,5), Rádio Mar (89,0 Póvoa de Varzim) e Rádio Trofa (107,8 MHz Trofa) terá solicitado à entidade reguladora a revogação da alteração do projecto aprovado para os 100,8 MHz Maia, que passaria a chamar-se "Rádio 5 FM" e mudaria de categoria, de temática musical para generalista. A estação maiata alega não estarem reunidas as condições técnicas, humanas e económicas para avançar com o projecto, pelo que pretende a manutenção do serviço de programas temático musical, sob a designação "Romântica FM".
A prosseguir esta alteração, a Romântica FM regressará em breve aos 100,8 MHz Maia, mas agora na frequência da Rádio Lidador, já que a Rádio Lidador e a Vodafone FM (ex-Romântica) trocaram de frequência, passando a rádio da operadora de telecomunicações para os 94,3 MHz, ao passo que a Lidador mudou para os 100,8 MHz.
De referir que a estação promete relançar a Romântica FM recorrendo a recursos próprios. Como a Romântica FM deixou de emitir de Lisboa (ex- 107,2 Amadora) e apenas emite nos 92,8 Figueiró dos Vinhos (distrito de Leiria e próximo de Coimbra), é provável que a "nova" Romântica seja emitida a partir dos estúdios da Maia.
Venda da Rádio Europa Lisboa volta à estaca zero...
A venda da Rádio Europa Lisboa à Dreamradios, S.A., sociedade fundada, entre outros, por Emídio Rangel, não se concretizou. Ao que parece, a falta de financiamento da empresa levou a abortar o negócio entre a RFI e a empresa do jornalista e fundador da TSF. A estação lisboeta já requereu junto da ERC a revogação da alteração de domínio e projecto aprovado para os 90,4 MHz, que, caso o processo seguisse avante, transformar-se-ia numa rádio de informação.
Nestas circunstâncias, a Rádio France Internationale deverá continuar à procura de comprador. Ofertas, aceitam-se!
A venda da Rádio Europa Lisboa à Dreamradios, S.A., sociedade fundada, entre outros, por Emídio Rangel, não se concretizou. Ao que parece, a falta de financiamento da empresa levou a abortar o negócio entre a RFI e a empresa do jornalista e fundador da TSF. A estação lisboeta já requereu junto da ERC a revogação da alteração de domínio e projecto aprovado para os 90,4 MHz, que, caso o processo seguisse avante, transformar-se-ia numa rádio de informação.
Nestas circunstâncias, a Rádio France Internationale deverá continuar à procura de comprador. Ofertas, aceitam-se!
segunda-feira, maio 09, 2011
NFM emite agora também nos 99,0 + 88,2 MHz Pedrógão Grande (Rádio Triângulo):
A NFM passou a ser retransmitida pela Rádio Triângulo 99,0 + 88,2 MHz Pedrógão Grande (distrito de Leiria). A «Rádio que toca» reforça, assim, a sua posição na região centro, não obstante a cobertura fraca das capitais de distrito mais próximas, Coimbra e Leiria, motivada em grande parte pelas restrições de azimute íimpostas pela ANACOM ao emissor principal da Rádio Triângulo (99,0 MHz). De facto, o emissor localiza-se na Serra de S. João, no vizinho concelho de Figueiró dos Vinhos, a cerca de 1000, de altitude, bem perto do emissor da Romântica FM Figueiró (92,8 MHz); ao estar num concelho limítrofe e por utilizar uma frequência muito próxima da Rádio Foz do Mondego (99,1 Figueira da Foz), o emissor da Rádio Triângulo/ NFM tem um reflector apontado para norte/oeste, limitando muito o sinal na direcção da cidade dos estudantes. Já a segunda frequência, 88,2 MHz, limita-se a ser uma microcobertura para a vila de Pedrógão Grande.
Esta aquisição da NFM reforça a rede de emissores da estação, que passa a constar dos seguintes emissores: 89,2 MHz Amarante, 88,4 MHz Monte da Virgem, 96,0+105,6 Ponte de Sor (distrito de Portalegre), 102,9 MHz Aljezur (Algarve), 94,8 MHz Bombarral, 103,2 MHz Vila de Rei (distrito de Castelo Branco) e 99,0 + 88,2 MHz Pedrógão Grande (distrito de Leiria).
A NFM passou a ser retransmitida pela Rádio Triângulo 99,0 + 88,2 MHz Pedrógão Grande (distrito de Leiria). A «Rádio que toca» reforça, assim, a sua posição na região centro, não obstante a cobertura fraca das capitais de distrito mais próximas, Coimbra e Leiria, motivada em grande parte pelas restrições de azimute íimpostas pela ANACOM ao emissor principal da Rádio Triângulo (99,0 MHz). De facto, o emissor localiza-se na Serra de S. João, no vizinho concelho de Figueiró dos Vinhos, a cerca de 1000, de altitude, bem perto do emissor da Romântica FM Figueiró (92,8 MHz); ao estar num concelho limítrofe e por utilizar uma frequência muito próxima da Rádio Foz do Mondego (99,1 Figueira da Foz), o emissor da Rádio Triângulo/ NFM tem um reflector apontado para norte/oeste, limitando muito o sinal na direcção da cidade dos estudantes. Já a segunda frequência, 88,2 MHz, limita-se a ser uma microcobertura para a vila de Pedrógão Grande.
Esta aquisição da NFM reforça a rede de emissores da estação, que passa a constar dos seguintes emissores: 89,2 MHz Amarante, 88,4 MHz Monte da Virgem, 96,0+105,6 Ponte de Sor (distrito de Portalegre), 102,9 MHz Aljezur (Algarve), 94,8 MHz Bombarral, 103,2 MHz Vila de Rei (distrito de Castelo Branco) e 99,0 + 88,2 MHz Pedrógão Grande (distrito de Leiria).
RTP desactiva DAB no dia 1 de Junho:
A RTP prepara-se desactivar o seu serviço DAB no próximo dia 1 de Junho, alegando as fracas audiências neste sistema de transmissão (em grande parte devido à escassez de receptores no mercado português e ao próprio desconhecimento da rede DAB por grande parte da população), mas principalmente os elevados custos de operação. Acresce o facto de o DAB nunca ter despertado interesse das rádios nacionais privadas, pelo que o Bloco 12B emite a Antena 1, Antena 2, Antena 3, RDP África e RDP Internacional.
A rádio pública alega que as três rádios nacionais disponíveis em modo digital são escutadas também em FM, pelo que os ouvintes não ficarão privados de sintonizar a Antena 1, Antena 2 e Antena 3.
A RTP prepara-se desactivar o seu serviço DAB no próximo dia 1 de Junho, alegando as fracas audiências neste sistema de transmissão (em grande parte devido à escassez de receptores no mercado português e ao próprio desconhecimento da rede DAB por grande parte da população), mas principalmente os elevados custos de operação. Acresce o facto de o DAB nunca ter despertado interesse das rádios nacionais privadas, pelo que o Bloco 12B emite a Antena 1, Antena 2, Antena 3, RDP África e RDP Internacional.
A rádio pública alega que as três rádios nacionais disponíveis em modo digital são escutadas também em FM, pelo que os ouvintes não ficarão privados de sintonizar a Antena 1, Antena 2 e Antena 3.
ANACOM autoriza "suspensão temporária" da Onda curta da RDPi:
Numa decisão perfeitamente aceitada e compreendida pelos ouvintes, a RTP, com o aval da ANACOM, acha por bem terminar com as emissões da RDPi na ruidosa, monofónica e distorcida tecnologia analógica de transmissão em Onda Curta. Afinal, com tecnologias digitais tão modernas e eficientes como as transmissões via satélite e a Internet, quem é que precisa da velha Onda Curta?
De facto, quem é que não poderá instalar uma antena parabólica de 3,5 ou 4 metros para ouvir a RDPi no coração de África ou da Ásia? Até mesmo numa simples varanda é rápido e fácil montar uma antena com 4 metros de diâmetro, que cabe perfeitamente num cantinho, sem causar grandes constrangimentos técnicos ou estéticos. Mesmo na Europa e América, até uma antena com um metro de diâmetro se instala tão facilmente em qualquer prédio do centro de Berlim ou num arranha-céus de Nova Iorque. Que justificação arranjará, então, o ouvinte para não ouvir a RDP Internacional? E, se por mero acaso, o ouvinte não puder instalar uma parabólica, sempre pode recorrer a outros meios para ouvir a RDP Internacional. Afinal,quem será o lusófono radicado em qualquer parte do Mundo que não consegue aceder à Internet? Até no mais remoto cantinho do solo africano é tão fácil ter um computador e uma ligação à Internet em banda larga que permita acompanhar a realidade portuguesa.
Num mundo global, estar em Londres, Nova Iorque, Tóquio, Maputo, Daca ou no Sri Lanka, é basicamente a mesma coisa. Internet rápida e barata está disponível em qualquer cidade ou aldeia de qualquer país do mundo, logo a RDPi pode ser escutada em qualquer recanto do globo terrestre.
E nas principais cidades europeias e americanas? Com o desenvolvimento de redes de cabo que, além dos serviços de TV e Internet costumam ter serviço de rádio, quem é que, servido por tal meio tecnológico em pleno centro de Basileia, Paris ou Toronto não tem acesso à RDPi?
E os camionistas portugueses ouvintes da RDPi que por força da profissão, têm de ouvir a RDPi nos seus camiões? Sempre podem viajar Europa fora com uma antena parabólica montada no veículo. Ou então sempre podem recorrer à Internet móvel, disponível em todas as estradas do continente europeu a preços irrisórios, mormente se recorrerem ao "roaming". O estimado ouvinte da RDPi não precisa da Onda Curta, quando há tecnologias que substituem completamente este modo de transmissão. Estarei certo?
Ah, caro ouvinte da RDPi: quase que me esquecia de referir que, no caso excepcional de não poder ouvir a RDPi via satélite, cabo ou Internet, a RTP dá-lhe uma quarta sugestão: emigre para Timor-Leste, que em Díli poderá ouvir confortavelmente a RDPi em FM nos 105,3 MHz!
Para os estimados leitores deste artigo que não detectaram qualquer ponta de ironia neste meu escrito, este texto reflecte a realidade da implantação das novas tecnologias de comunicação e informação no mundo, evidenciando a improficuidade das emissões em Onda Curta da RDPi face às novas tendências de comunicação desta aldeia global em que vivemos... Aos restantes, apelo que mostrem a vossa "gratidão" à RTP pelo "excelente" serviço público oferecido com a supressão, perdão, suspensão das transmissões em OC...
Numa decisão perfeitamente aceitada e compreendida pelos ouvintes, a RTP, com o aval da ANACOM, acha por bem terminar com as emissões da RDPi na ruidosa, monofónica e distorcida tecnologia analógica de transmissão em Onda Curta. Afinal, com tecnologias digitais tão modernas e eficientes como as transmissões via satélite e a Internet, quem é que precisa da velha Onda Curta?
De facto, quem é que não poderá instalar uma antena parabólica de 3,5 ou 4 metros para ouvir a RDPi no coração de África ou da Ásia? Até mesmo numa simples varanda é rápido e fácil montar uma antena com 4 metros de diâmetro, que cabe perfeitamente num cantinho, sem causar grandes constrangimentos técnicos ou estéticos. Mesmo na Europa e América, até uma antena com um metro de diâmetro se instala tão facilmente em qualquer prédio do centro de Berlim ou num arranha-céus de Nova Iorque. Que justificação arranjará, então, o ouvinte para não ouvir a RDP Internacional? E, se por mero acaso, o ouvinte não puder instalar uma parabólica, sempre pode recorrer a outros meios para ouvir a RDP Internacional. Afinal,quem será o lusófono radicado em qualquer parte do Mundo que não consegue aceder à Internet? Até no mais remoto cantinho do solo africano é tão fácil ter um computador e uma ligação à Internet em banda larga que permita acompanhar a realidade portuguesa.
Num mundo global, estar em Londres, Nova Iorque, Tóquio, Maputo, Daca ou no Sri Lanka, é basicamente a mesma coisa. Internet rápida e barata está disponível em qualquer cidade ou aldeia de qualquer país do mundo, logo a RDPi pode ser escutada em qualquer recanto do globo terrestre.
E nas principais cidades europeias e americanas? Com o desenvolvimento de redes de cabo que, além dos serviços de TV e Internet costumam ter serviço de rádio, quem é que, servido por tal meio tecnológico em pleno centro de Basileia, Paris ou Toronto não tem acesso à RDPi?
E os camionistas portugueses ouvintes da RDPi que por força da profissão, têm de ouvir a RDPi nos seus camiões? Sempre podem viajar Europa fora com uma antena parabólica montada no veículo. Ou então sempre podem recorrer à Internet móvel, disponível em todas as estradas do continente europeu a preços irrisórios, mormente se recorrerem ao "roaming". O estimado ouvinte da RDPi não precisa da Onda Curta, quando há tecnologias que substituem completamente este modo de transmissão. Estarei certo?
Ah, caro ouvinte da RDPi: quase que me esquecia de referir que, no caso excepcional de não poder ouvir a RDPi via satélite, cabo ou Internet, a RTP dá-lhe uma quarta sugestão: emigre para Timor-Leste, que em Díli poderá ouvir confortavelmente a RDPi em FM nos 105,3 MHz!
Para os estimados leitores deste artigo que não detectaram qualquer ponta de ironia neste meu escrito, este texto reflecte a realidade da implantação das novas tecnologias de comunicação e informação no mundo, evidenciando a improficuidade das emissões em Onda Curta da RDPi face às novas tendências de comunicação desta aldeia global em que vivemos... Aos restantes, apelo que mostrem a vossa "gratidão" à RTP pelo "excelente" serviço público oferecido com a supressão, perdão, suspensão das transmissões em OC...
sexta-feira, abril 22, 2011
Média Capital aposta no jazz: Smooth FM
A Média Capital está a estudar o lançamento de uma nova estação de música que apostará no jazz, conforme noticia o "Económico". A nova rádio deverá emitir nos 101,1 MHz Moita e 89,5 MHz Matosinhos, substituindo a Best Rock FM. A ERC ainda se encontra a estudar o processo de alteração do projecto aprovado para as frequências em causa, esperando-se uma decisão final para breve.
A Média Capital está a estudar o lançamento de uma nova estação de música que apostará no jazz, conforme noticia o "Económico". A nova rádio deverá emitir nos 101,1 MHz Moita e 89,5 MHz Matosinhos, substituindo a Best Rock FM. A ERC ainda se encontra a estudar o processo de alteração do projecto aprovado para as frequências em causa, esperando-se uma decisão final para breve.
sexta-feira, abril 15, 2011
Rádio Comercial tem nova frequência:
Segundo vários relatos colocados num tópico do "Fórum Ondas da Rádio", a Rádio Comercial encontra-se a emitir na frequência 98,5 MHz na região da Grande Lisboa, sendo escutada em boas condições em Janas, Praia das Maçãs, Praia Grande, mas também na região de Oeiras. A cobertura do emissor leva a crer que o emissor estará na região de Sintra, provavelmente na Serra de Sintra, onde a RTP já tem emissores para as três antenas nacionais (Janas) e o grupo R/COM já tem emissor para a RR/RFM.
Aparentemente, o emissor encontra-se a operar a título experimental, sob autorização da ANACOM. A confirmar-se esta situação, a Rádio Comercial reconheceu, finalmente, que existem zonas do país onde a estação não é escutada nas melhores condições, tendo menos emissores que as rádios nacionais da RTP e R/Com.
Segundo vários relatos colocados num tópico do "Fórum Ondas da Rádio", a Rádio Comercial encontra-se a emitir na frequência 98,5 MHz na região da Grande Lisboa, sendo escutada em boas condições em Janas, Praia das Maçãs, Praia Grande, mas também na região de Oeiras. A cobertura do emissor leva a crer que o emissor estará na região de Sintra, provavelmente na Serra de Sintra, onde a RTP já tem emissores para as três antenas nacionais (Janas) e o grupo R/COM já tem emissor para a RR/RFM.
Aparentemente, o emissor encontra-se a operar a título experimental, sob autorização da ANACOM. A confirmar-se esta situação, a Rádio Comercial reconheceu, finalmente, que existem zonas do país onde a estação não é escutada nas melhores condições, tendo menos emissores que as rádios nacionais da RTP e R/Com.
Uma guerra de audiências perfeitamente escusada...
Que as rádios locais procuram conquistar audiência, de forma a rentabilizarem os próprios projectos radiofónicos, já sabemos. Mas quando a realidade objectiva das estatísticas dá o mote para uma guerra de números entre as estações, a salutar convivência entre os operadores de radiodifusão local é posta em causa.
Um triste exemplo desta situação é a troca de argumentos entre a Rádio Elvas e a Rádio Portalegre, que resultou do úlltimo Bareme Rádio da Marktest. As duas estações do distrito de Portalegre têm colocado nos respectivos sites comunicados onde ambas afirmam ser a rádio mais ouvida dos distritos de Portalegre e Évora. A Rádio Elvas afirma ser a estação mais ouvida dos distritos de Portalegre e Évora, de acordo com a última sondagem da Marktest, ao passo que a estação portalegrense retorquiu, alegando que a emissora elvense "forjou" os resultados do Bareme.
Esta guerra não começa com as audiências do primeiro trimestre de 2011, mas remonta ao mês de Fevereiro quando, na sequência das audiências do último período de 2011, a Rádio Portalegre foi a estação local mais ouvida no distrito, ao passo que Rádio Elvas ficou em última posição no Bareme.
Para quem assiste de fora, as trocas de acusações entre as duas rádios mais parecem uma "guerra de comadres" tão lastimável quanto ridícula. Todas as estações de rádio deviam aprender a marcar a diferença pela positiva, defendendo a sua posição conquistando o seu público alvo, sem atacar gratuitamente as concorrentes. Afinal, o conceito de "fair play", tão usado no meio desportivo, pode e deve ser aplicado em todos os domínios da sociedade, onde os meios de comunicação social não devem ser excepção.
Criar conflitos desnecessários tem o efeito colateral de colocar em causa a credibilidade e o respeito pelos envolvidos, pelo que, a bem das rádios. dos ouvintes, dos anunciantes e de todas as pessoas envolvidas directa ou indirectamente nas estações, seria desejável que as duas rádios norte-alentejanas tivessem a coragem de poupar os ouvintes e cibernautas a um deplorável espectáculo revestido de comédia portuguesa.
Afinal, com estas atitudes, ambas ficam mal na fotografia. Por muita razão que possam ter, perdem-na a partir do momento que baixam o nível da discussão. Dá vontade de citar uma conhecida personagem da televisão portuguesa imortalizada por Herman José: «não havia necessidade...
Que as rádios locais procuram conquistar audiência, de forma a rentabilizarem os próprios projectos radiofónicos, já sabemos. Mas quando a realidade objectiva das estatísticas dá o mote para uma guerra de números entre as estações, a salutar convivência entre os operadores de radiodifusão local é posta em causa.
Um triste exemplo desta situação é a troca de argumentos entre a Rádio Elvas e a Rádio Portalegre, que resultou do úlltimo Bareme Rádio da Marktest. As duas estações do distrito de Portalegre têm colocado nos respectivos sites comunicados onde ambas afirmam ser a rádio mais ouvida dos distritos de Portalegre e Évora. A Rádio Elvas afirma ser a estação mais ouvida dos distritos de Portalegre e Évora, de acordo com a última sondagem da Marktest, ao passo que a estação portalegrense retorquiu, alegando que a emissora elvense "forjou" os resultados do Bareme.
Esta guerra não começa com as audiências do primeiro trimestre de 2011, mas remonta ao mês de Fevereiro quando, na sequência das audiências do último período de 2011, a Rádio Portalegre foi a estação local mais ouvida no distrito, ao passo que Rádio Elvas ficou em última posição no Bareme.
Para quem assiste de fora, as trocas de acusações entre as duas rádios mais parecem uma "guerra de comadres" tão lastimável quanto ridícula. Todas as estações de rádio deviam aprender a marcar a diferença pela positiva, defendendo a sua posição conquistando o seu público alvo, sem atacar gratuitamente as concorrentes. Afinal, o conceito de "fair play", tão usado no meio desportivo, pode e deve ser aplicado em todos os domínios da sociedade, onde os meios de comunicação social não devem ser excepção.
Criar conflitos desnecessários tem o efeito colateral de colocar em causa a credibilidade e o respeito pelos envolvidos, pelo que, a bem das rádios. dos ouvintes, dos anunciantes e de todas as pessoas envolvidas directa ou indirectamente nas estações, seria desejável que as duas rádios norte-alentejanas tivessem a coragem de poupar os ouvintes e cibernautas a um deplorável espectáculo revestido de comédia portuguesa.
Afinal, com estas atitudes, ambas ficam mal na fotografia. Por muita razão que possam ter, perdem-na a partir do momento que baixam o nível da discussão. Dá vontade de citar uma conhecida personagem da televisão portuguesa imortalizada por Herman José: «não havia necessidade...
"Suspender temporariamente" a RDPi em Onda Curta?!
Não será apenas uma notícia triste para os entusiastas da rádio e DXistas, mas, sobretudo, também para a comunidade lusófona espalhada pelo Mundo e que pode colocar em causa o direito ao acesso à emissora internacional de referência na Língua Portuguesa:
Numa atitude no mínimo lamentável, a RTP entendeu requerer ao Governo a "suspensão temporária" das emissões em Onda Curta da RDPi. A rádio pública justifica esta deplorável decisão com os custos da manutenção do serviço em Onda Curta e as baixas audiências neste modo de transmissão. A RTP alega, entre outros argumentos, que «as estações de Onda Curta estão velhas e a precisar de substituição». Equipamentos velhos... com apenas 5 anos de utilização?! Com emissores Thales de 300 kW e antenas de cortina adquiridas em 2005? Resta saber se o conceito de "suspensão temporária" não passa a significar"suspensão definitiva", pesando os custos do serviço.
Apesar da RDPi não ser a única estação pública portuguesa acessível por via hertziana em África, já que a RDP África é servida em frequência modulada (FM) em Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, a cobertura destes países africanos não é universal, centrando-se nos principais centros populacionais. Além disso, o serviço público prestado pela RDP África concentra-se numa perspectiva maioritariamente regional (africana), não havendo grande divulgação da cultura portuguesa em antena. Exceptua-se a retransmissão da Antena 1 no período nocturno. Com todo o respeito pelas populações dos PALOP, seria interessante que a RDP África integrasse na sua programação mais conteúdos de divulgação da cultura e língua portuguesas, que transcendessem o âmbito africano, abrangendo não só Portugal, como o Brasil, Macau, Timor-Leste e todos os recantos do mundo onde se fala português.
Aliás, (com todo o respeito pela cultura africana), defendo que seria uma boa ideia a RTP fundir a RDP África com a RDPi, mantendo programação regional nas emissões para África, mas transmitindo os restantes programas em simultâneo com a RDPi. Com uma empresa pública de rádio e televisão endividada e em falência técnica, esta opção, a par da fusão da RTPi com a RTP África contribuiriam para a redução das despesa da rádio e televisão públicas, sem prejuízo significativo da prestação do serviço público.
Mesmo considerando o serviço público prestado pela RDP África, um dos casos mais flagrantes de dificuldades acrescidas no acesso à rádio internacional portuguesa será o de países como Angola e África do Sul, onde existe uma considerável comunidade lusófona (e, em particular, portuguesa) mas onde não haverá alternativas à Onda Curta a não ser o recurso ao satélite e Internet, o que pode implicar dificuldades técnicas a muitos ouvintes: a acreditar numa resposta a uma questão colocada no sítio da revista "TeleSatélite", a RTPi, bem como a RDPi poderão ser acedidas em Angola recorrendo a uma antena parabólica de, pelo menos, 3,5 metros de diâmetro(!).
Aliás, a própria RTP admite que essa situação ao colocar na página Internet da RDPi que «(...) Se está na Europa ou na América do Norte, Hawai ou América do Sul poderá captar a RDPi com uma antena parabólica de pequenas dimensões, um receptor digital e um televisor. Se, pelo contrário, se encontra em África, ou na Ásia e Oceânia terá que recorrer a uma antena parabólica de grandes dimensões (cerca de 3 metros) dado que estas transmissões são especialmente destinadas a retransmissões profissionais. (...)». Ora, não obstante existirem situações em que tal poderá não ser entrave ao acesso aos meios de comunicação internacionais da RTP, existem invariavelmente casos em que a instalação de uma antena parabólica com mais de 3 metros se torna impraticável, mormente por razões legais ou de espaço físico (ex: prédios). Tal situação pode comprometer a audição da RDPi por parte de alguns ouvintes. Não havendo RDP África em FM, muito menos RDPi por via hertziana convencional, os ouvintes ficam sem alternativas ao satélite.
Por outro lado, o acesso à Internet também não será fácil para alguns ouvintes radicados em várias regiões do Mundo, mormente em África: se na generalidade da Europa e América do Norte o acesso à rede mundial está praticamente assegurado em qualquer sítio, com velocidades de acesso confortáveis e uma qualidade de serviço boa, o mesmo certamente não ocorrerá em pleno coração de África, onde o acesso é caro e lento, havendo zonas onde a melhor hipótese será recorrer á Internet via satélite, já que não existem ligações telefónicas em banda larga que assegurem um serviço Internet com boas condições técnicas e a preços mais acessíveis.
Ouvir RDPi no centro de Paris, Nova Iorque ou Tóquio através de um computador portátil com uma ligação à Internet não é mesma coisa que ouvir a emissora internacional portuguesa numa cidade africana onde não existem ainda condições tecnológicas que assegurem o acesso generalizado à rede mundial de computadores, comprometendo a ligação dos portugueses e lusófonos em geral à informação, à cultura, ao entretenimento, ao desporto e à defesa das tradições portuguesas que são difundidas para todo o mundo através da RDP Internacional. O mesmo certamente se aplica noutros continentes, em países onde o acesso às novas tecnologias é escasso e caro. Em certos casos, aliás, tal acesso chega a ser praticamente impossível devido a questões legais. Exemplos flagrantes: Cuba, Irão, China, entre outros países que podem restringir o acesso à RDPi por razões políticas, tal como fazem com outros sítios Internet e meios de comunicação internacionais.
Com limitações técnicas inerentes à recepção satélite e com dificuldades no acesso à Internet, existem certamente ouvintes que ficarão privados da audição da RDPi, já que apenas podem recorrer à Onda Curta. Uma situação particular e bem conhecida na Europa será a dos camionistas portugueses que viajam pela Europa em camiões onde não há antena parabólica... e onde poderão não ter acesso à Internet em todos os países e regiões por onde desempenham a sua profissão. Consequentemente, poderão não conseguir acompanhar a actualidade portuguesa enquanto viajam pelas estradas. Aliás, a própria RDPi tem programação vocacionada para este segmento de ouvintes que deixará de fazer sentido a partir do momento em que deixam de poder ouvir a RDPi nos seus camiões, recorrendo a receptores de Onda Curta.
Contrariamente à Internet e à recepção via satélite, para se ouvir emissões em Onda Curta basta ter um pequeno receptor ligado a uma antena, que até poderá ser um simples fio eléctrico: as características de emissão em HF permitem a recepção de sinais mesmo em locais onde a recepção satélite, por força de constrangimentos legais e/ou técnicos não é opção e onde os ouvintes não têm Internet. Volto a insistir: a inexistência de alternativas por via hertziana que assegurem a recepção da RDPi vai privar alguns ouvintes de acompanharem a emissora internacional que divulga a Língua de Camões pelos quatro cantos do Mundo!
Que terá a RDP a dizer a esses ouvintes?!
Redução de custos? Sim, comou sem FMI. Supressão de gastos supérfluos? Sim! Mas que não comprometa o acesso ao serviço internacional de rádio disponibilizado à vasta comunidade de emigrantes portugueses e lusófonos em geral espalhados pelo Mundo! Com a 6.ª/7ª língua com mais falantes nativos do mundo, Portugal pode e deve marcar a sua posição na radiodifusão internacional, promovendo e defendendo a língua honrada por nomes como Luís de Camões e Fernando Pessoa!
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Não será apenas uma notícia triste para os entusiastas da rádio e DXistas, mas, sobretudo, também para a comunidade lusófona espalhada pelo Mundo e que pode colocar em causa o direito ao acesso à emissora internacional de referência na Língua Portuguesa:
Numa atitude no mínimo lamentável, a RTP entendeu requerer ao Governo a "suspensão temporária" das emissões em Onda Curta da RDPi. A rádio pública justifica esta deplorável decisão com os custos da manutenção do serviço em Onda Curta e as baixas audiências neste modo de transmissão. A RTP alega, entre outros argumentos, que «as estações de Onda Curta estão velhas e a precisar de substituição». Equipamentos velhos... com apenas 5 anos de utilização?! Com emissores Thales de 300 kW e antenas de cortina adquiridas em 2005? Resta saber se o conceito de "suspensão temporária" não passa a significar"suspensão definitiva", pesando os custos do serviço.
Apesar da RDPi não ser a única estação pública portuguesa acessível por via hertziana em África, já que a RDP África é servida em frequência modulada (FM) em Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, a cobertura destes países africanos não é universal, centrando-se nos principais centros populacionais. Além disso, o serviço público prestado pela RDP África concentra-se numa perspectiva maioritariamente regional (africana), não havendo grande divulgação da cultura portuguesa em antena. Exceptua-se a retransmissão da Antena 1 no período nocturno. Com todo o respeito pelas populações dos PALOP, seria interessante que a RDP África integrasse na sua programação mais conteúdos de divulgação da cultura e língua portuguesas, que transcendessem o âmbito africano, abrangendo não só Portugal, como o Brasil, Macau, Timor-Leste e todos os recantos do mundo onde se fala português.
Aliás, (com todo o respeito pela cultura africana), defendo que seria uma boa ideia a RTP fundir a RDP África com a RDPi, mantendo programação regional nas emissões para África, mas transmitindo os restantes programas em simultâneo com a RDPi. Com uma empresa pública de rádio e televisão endividada e em falência técnica, esta opção, a par da fusão da RTPi com a RTP África contribuiriam para a redução das despesa da rádio e televisão públicas, sem prejuízo significativo da prestação do serviço público.
Mesmo considerando o serviço público prestado pela RDP África, um dos casos mais flagrantes de dificuldades acrescidas no acesso à rádio internacional portuguesa será o de países como Angola e África do Sul, onde existe uma considerável comunidade lusófona (e, em particular, portuguesa) mas onde não haverá alternativas à Onda Curta a não ser o recurso ao satélite e Internet, o que pode implicar dificuldades técnicas a muitos ouvintes: a acreditar numa resposta a uma questão colocada no sítio da revista "TeleSatélite", a RTPi, bem como a RDPi poderão ser acedidas em Angola recorrendo a uma antena parabólica de, pelo menos, 3,5 metros de diâmetro(!).
Aliás, a própria RTP admite que essa situação ao colocar na página Internet da RDPi que «(...) Se está na Europa ou na América do Norte, Hawai ou América do Sul poderá captar a RDPi com uma antena parabólica de pequenas dimensões, um receptor digital e um televisor. Se, pelo contrário, se encontra em África, ou na Ásia e Oceânia terá que recorrer a uma antena parabólica de grandes dimensões (cerca de 3 metros) dado que estas transmissões são especialmente destinadas a retransmissões profissionais. (...)». Ora, não obstante existirem situações em que tal poderá não ser entrave ao acesso aos meios de comunicação internacionais da RTP, existem invariavelmente casos em que a instalação de uma antena parabólica com mais de 3 metros se torna impraticável, mormente por razões legais ou de espaço físico (ex: prédios). Tal situação pode comprometer a audição da RDPi por parte de alguns ouvintes. Não havendo RDP África em FM, muito menos RDPi por via hertziana convencional, os ouvintes ficam sem alternativas ao satélite.
Por outro lado, o acesso à Internet também não será fácil para alguns ouvintes radicados em várias regiões do Mundo, mormente em África: se na generalidade da Europa e América do Norte o acesso à rede mundial está praticamente assegurado em qualquer sítio, com velocidades de acesso confortáveis e uma qualidade de serviço boa, o mesmo certamente não ocorrerá em pleno coração de África, onde o acesso é caro e lento, havendo zonas onde a melhor hipótese será recorrer á Internet via satélite, já que não existem ligações telefónicas em banda larga que assegurem um serviço Internet com boas condições técnicas e a preços mais acessíveis.
Ouvir RDPi no centro de Paris, Nova Iorque ou Tóquio através de um computador portátil com uma ligação à Internet não é mesma coisa que ouvir a emissora internacional portuguesa numa cidade africana onde não existem ainda condições tecnológicas que assegurem o acesso generalizado à rede mundial de computadores, comprometendo a ligação dos portugueses e lusófonos em geral à informação, à cultura, ao entretenimento, ao desporto e à defesa das tradições portuguesas que são difundidas para todo o mundo através da RDP Internacional. O mesmo certamente se aplica noutros continentes, em países onde o acesso às novas tecnologias é escasso e caro. Em certos casos, aliás, tal acesso chega a ser praticamente impossível devido a questões legais. Exemplos flagrantes: Cuba, Irão, China, entre outros países que podem restringir o acesso à RDPi por razões políticas, tal como fazem com outros sítios Internet e meios de comunicação internacionais.
Com limitações técnicas inerentes à recepção satélite e com dificuldades no acesso à Internet, existem certamente ouvintes que ficarão privados da audição da RDPi, já que apenas podem recorrer à Onda Curta. Uma situação particular e bem conhecida na Europa será a dos camionistas portugueses que viajam pela Europa em camiões onde não há antena parabólica... e onde poderão não ter acesso à Internet em todos os países e regiões por onde desempenham a sua profissão. Consequentemente, poderão não conseguir acompanhar a actualidade portuguesa enquanto viajam pelas estradas. Aliás, a própria RDPi tem programação vocacionada para este segmento de ouvintes que deixará de fazer sentido a partir do momento em que deixam de poder ouvir a RDPi nos seus camiões, recorrendo a receptores de Onda Curta.
Contrariamente à Internet e à recepção via satélite, para se ouvir emissões em Onda Curta basta ter um pequeno receptor ligado a uma antena, que até poderá ser um simples fio eléctrico: as características de emissão em HF permitem a recepção de sinais mesmo em locais onde a recepção satélite, por força de constrangimentos legais e/ou técnicos não é opção e onde os ouvintes não têm Internet. Volto a insistir: a inexistência de alternativas por via hertziana que assegurem a recepção da RDPi vai privar alguns ouvintes de acompanharem a emissora internacional que divulga a Língua de Camões pelos quatro cantos do Mundo!
Que terá a RDP a dizer a esses ouvintes?!
Redução de custos? Sim, com
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
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