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sexta-feira, março 31, 2023

Mais uma triste notícia para quem ouve a Onda Longa: Radio 1 da RTÉ vai desligar para sempre o centro emissor no dia 14 de Abril

Mais uma estação de rádio na Onda Longa a ter, literalmente, os dias contados. A RTÉ irlandesa prepara-se para puxar da tomada a ficha do emissor de Clarkestown/Summerhill da Radio 1 no próximo dia 14 de Abril, encerrando a título definitivo a Onda Longa.

Para quem quiser aproveitar os últimos dias da rádio pública do país dos U2 e dos Cranberries na Onda Longa, basta tentar sintonizar os 252 kHz. Não obstante a interferência da rádio argelina, é possível ouvir em Portugal a RTÉ.

terça-feira, março 02, 2021

Irlanda: FM -1, DAB-0

Se me é permitida a analogia desportiva, o último resultado do "campeonato" da rádio na Irlanda vai deixar tristeza nos adeptos do DAB. O Digital Audio Broadcasting levou uma "goleada" semelhante à que sofreu na Finlândia ou em Portugal.

A RTÉ, a rádio pública da Irlanda, vai encerrar as emissões DAB no próximo dia 31. As estações principais da RTÉ continuarão a ser escutadas no FM e, no caso da "Radio 1", também e por enquanto, na Onda Longa (252 kHz).

Já as rádios digitais que não emitiam por via analógica, continuarão a operar noutras plataformas (televisão digital, Internet etc.).

Ao contrário da Noruega e da Suíça, o FM não vai morrer tão depressa na ilha situada a Oeste da Grã-Bretanha. Por mais que se apregoem as supostas vantagens (umas verdadeiras outras discutíveis) do DAB, certo é que mais de 70% dos habitantes do "Éire" continuam a ouvir a música nacional dos U2 e dos Cranberries na boa, velha mas fiável modulação de frequência na faixa 2 da banda VHF.

sábado, dezembro 20, 2014

Mais um exemplo de serviço público: RTÉ adia encerramento da emissão da Radio 1 em Onda Longa

Porque o serviço público de rádio não deve reger--se pelos números da audiência em cada plataforma/tecnologia, destaco mais um exemplo de como o interesse público deve por vezes (quase sempre) sobrepor-se à relação custo/audiência.

A RTÉ, operador público irlandês decidiu recentemente adiar a desactivação do serviço em Onda Longa da Radio 1  para o ano de 2017. Note-se que o encerramento do emissor de Clarkstown foi originalmente agendado para o passado dia 27 de Outubro, tendo depois sido protelado para o início de Janeiro do próximo ano. O problema? O número não menosprezável de emigrantes irlandeses no Reino Unido, muitos deles idosos, aos quais não seria fácil migrar para outra tecnologia para continuar a ouvir a "sua" rádio. As soluções propostas pela RTÉ seriam a transmissão via satélite ou Internet.

Com ouvintes que (muitos deles) mal sabem o que é a Internet e aos quais não seria, provavelmente, fácil recorrer a uma antena parabólica para ouvir a RTÉ, a emissora pública da Irlanda deliberou a realização de um estudo destinado a compreender melhor o contexto sócio-cultural e económico dos ouvintes via Onda Longa no Reino Unido, encontrando soluções alternativas para a sintonia da rádio por terras de Sua Majestade. Um exemplo que, aliado à recente reposição da Onda Curta na Rádio Exterior de Espanha, devia inspirar por cá a RTP.

quarta-feira, setembro 24, 2014

Onda Longa: Adio, Adieu, Auf Wiedersehen, Goodbye?

Permitam-me a citação de uma música do José Cid, que, infelizmente, temo que se aplique à última tendência europeia no que diz respeito às emissões em Onda Longa (e algumas em Onda Média).

Após o encerramento da esmagadora maioria dos emissores OL na Rússia, é a vez da RTÉ Radio 1 (Irlanda) desligar o emissor de Clarkstown (252 kHz), no final do próximo mês de Outubro. Note-se que a ocupação desta frequência por parte do primeiro canal da rádio pública irlandesa é relativamente recente (desde Março de 2004, salvo erro) e deriva da desactivação dos emissores de Onda Média do operador, há poucos anos.

Como uma notícia triste não vem só, a Deutschland Radio (Alemanha) vai desligar no dia 31 de  Dezembro todos os seus emissores em Onda Longa, a saber: Donebach (153 kHz), Sehlendorf -Oranienburg (177 kHz) e Aholming (207 kHz). Precisamente um ano depois (31/12/2015), os emissores de Onda Média da Deutschlandfunk verão o mesmo destino.

Os argumentos dos operadores são conhecidos: a esmagadora maioria dos ouvintes está bem servida em VHF-FM, na Alemanha promete-se o reforço da rede digital DAB+, existe Internet, existe satélite, em várias zonas há rádio por TDT ou por cabo, muitos ouvintes tem smartphone ou tablet onde podem ouvir online, etc.

Possivelmente a minha pessoa, bem como o leitor deste artigo, bem como os entusiastas do meio, pertencemos às últimas gerações que vêem como se transmite rádio há mais de 80 anos. Porque as gerações mais novas vão retorquir que a modulação de amplitude tem som roufenho, monofónico, distorcido, com ruído e que é, perdoem-me a expressão de um engenheiro electrotécnico com o qual uma vez discuti o assunto, "uma porcaria" [fim de citação].

Há que reconhecer: é muito mais simpático pegar no smartphone, abrir o "Tunein" e "sintonizar" milhares de estações. Ou rodar o botão do rádio DAB+. Mas para mim jamais será a mesma coisa...