A história do Sr. Choi, capitão de pesca no país do regime ditatorial de Kim Jong-un e antigo operador de rádio no exército coreano, tem sido contada por vários meios de comunicação social de língua inglesa (e até espanhola). O capitão Choi ouvia em alto mar e nos seus navios, há mais de 15 anos, a Rádio Ásia Livre (Radio Free Asia), estação financiada pelos Estados Unidos e destinada a países onde a liberdade de expressão e de informação é, infelizmente, uma miragem. Um autêntico acto de coragem num país onde o acesso a meios de comunicação social que não os oficiais do regime é severamente punido.
Aparentemente, não é incomum na Coreia do Norte haver pescadores e marinheiros que ouvem de forma clandestina a Rádio Ásia Livre no mar, onde se torna mais difícil apanhar infractores. Infelizmente para o capitão Choi, um dos seus pescadores tê-lo-á denunciado. Após ter sido detido, foi condenado à morte e executado.
Esta é uma história indubitavelmente chocante, mas que revela bem a importância da rádio em países onde um regime totalitário não olha a meios para punir exemplarmente quem tenta "saltar" o "muro" que separa a propaganda oficial da informação livre. As ondas de rádio não conhecem fronteiras e desde que exista um receptor, haverá sempre quem arrisque a vida para conhecer melhor o mundo que o rodeia, sem ter de recorrer às informação controlada por um regime opressivo que não hesita em tomar todas as medidas necessárias às sobrevivência da narrativa oficial. Em muitos países, sintonizar emissões estrangeiras na Onda Curta ou na Onda Média é um entretenimento. Em determinados países, é abrir a única janela por onde passa o pouco vento da liberdade que vem do mundo exterior.
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