Por ocasião do Euro 2020, a RTP lançou a "Rádio Euro", uma webrádio que acompanha todos os jogos do europeu de futebol.
Infelizmente, o problema, a meu ver, é precisamente ser exclusivamente uma webrádio, quando não era tecnicamente difícil aproveitar - como a rádio pública fez há poucos anos - os emissores de Onda Média que ainda vão funcionando para a Rádio Euro. Dado que algumas zonas do país já não estão, lamentavelmente, cobertas pela Onda Média da Antena 1, a RTP podia instalar pelo menos um emissor temporário para a Rádio Euro no Monte da Virgem ou no Porto, operando nos 102,1 ou nos 96,3 MHz.
Claro que se tratam de frequências sujeitas à pressão de outras estações, mas, na minha óptica, seria preferível uma cobertura limitada a Vila Nova de Gaia e ao Porto do que a rádio não se ouvir de todo num vulgar receptor de rádio localizado na cidade invicta. Com a Onda Média existente, um emissor FM no Porto e talvez mais uma ou outra microcobertura temporária (Braga, Viana do Castelo etc.), grande parte do continente estaria em condições de escutar a Rádio Euro por via hertziana. Afinal, nem todos os ouvintes da rádio pública têm Internet e, mesmo dos que têm, alguns prefeririam poder escutar também no rádio do carro ou no da mesa de cabeceira. Rádio que é rádio a sério só é democrática e universal se conseguir chegar a todos os que a querem ouvir.
2 comentários:
Rádio que é "rádio" é uma transmissão por via hertziana, seja ela analógica ou digital. Deixar a função principal (a chegada ao ouvinte) ao critério da existência ou não de condições técnicas, políticas, financeiras ou outras, é um enorme tiro no pé.
O meu caso é exemplificativo: no segundo dia do Euro, em viagem, queria ouvir o relato. Através da internet comecei a ouvir a "Radio Euro"... até que fiquei sem dados! Valeu-me a Onda Média espanhola. Apesar da qualidade de som de alguns emissores consegui ir acompanhado as incidências do jogo!
MUITO BEM!
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