Certo é que a rádio pública promete continuar a ter espaços desportivos, nomeadamente relatos de futebol. Passa a haver às sextas-feiras um programa de lançamento da jornada, além de um outro programa dedicado a outras modalidades, que deverá ir para o ar em Janeiro.
Terminar com a "Tarde Desportiva", a meu ver, é uma decisão adequada, quando o futebol da segunda década do século XXI já não é o futebol do século XXI e as rádios têm de saber adaptar-se a outra realidade desportiva. Se já era assim antes da pandemia, é-o, por maioria de razão, quando os estádios estão vazios e quem não tem canais desportivos em casa e não quer ou não pode sair de casa para ver televisão no restaurante ou está a viajar espera continuar a ouvir os relatos na rádio.
A lamentar mesmo é a opção de colocarem música "a metro" nas tardes de domingo da Antena 1. Podiam aproveitar o tempo para transmitir programas melhores - e para se ter um programa que vale a pena ouvir não é preciso muito: basta um microfone e talvez um convidado que traga um assunto interessante. Sejam episódios da História de Portugal, sejam curiosidades da astronomia, seja um momento melodioso de literatura, seja até música do mundo (world music), seja outro tema que se adeque ao serviço público, daria para um programa diferente que merecesse a atenção dos ouvintes nas tardes de domingo.
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