O último programa (da semana passada, transmitido no dia 10 de Março de 2022) "Em Nome do Ouvinte", da responsabilidade da Provedora do Ouvinte, a jornalista Graça Franco, traz boas notícias para os ouvintes da rádio pública. A Provedora trouxe para o programa o director de Engenharia e Sistemas, Carlos Barrocas, e a responsável pelos emissores, Ana Cristina Falâncio, que abordaram várias questões relativas aos emissores FM da Antena 1, Antena 2 e Antena 3.
Segundo a Cristina Falâncio, a RTP vai "refazer" os centros emissores da RDP Madeira na Ribeira Brava, no Pico do Facho e na Ponta do Pargo; também na ilha da Madeira, também o centro emissor de Achadas da Cruz vai ser beneficiado com a entrada em funcionamento de uma frequência para a Antena 2.
Nos Açores, a RTP vai reformular o sistema de distribuição do sinal (canais de áudio) que alimenta os emissores das três rádios públicas para a ilha das Flores (cujos centros emissores também servem a ilha do Corvo), prevendo-se também a criação de uma estação (suponho que se refira a mais um centro emissor) na Rocha do Touro, além do investimento já feito no reforço da cobertura dos três canais da rádio pública, em especial da Antena 3 (e que espero que continue).
O continente português também tem notícias animadoras: Carlos Barrocas informou que, depois de ter investido, há poucos anos, numa torre e em elementos radiantes novos, a RTP vai instalar emissores (propriamente ditos, entenda-se equipamentos de emissão) no centro emissor do Monsanto, em Lisboa, prometendo operar, dentro de meses, com o dobro da potência actualmente utilizada. O operador estatal promete igualmente aumentar a potência no centro emissor da Lousã (Trevim), em Grândola, entre outros.
Apesar de todos os constrangimentos financeiros e técnicos, a equipa de engenharia da rádio (e da televisão) fazem os possíveis para garantir uma boa qualidade de recepção da Antena 1, Antena 2 e Antena 3 em todo o território. Seria desejável que a administração da RTP apostasse no reforço da "fatia" da contribuição audiovisual para a área técnica da rádio.
2 comentários:
Pareceu-me pouco tempo dispensado a este importante assunto, havendo, certamente muito mais a dizer. Julgo que havendo dois convidados, deveria ter sido mais rentabilizada a clarificação de informação, dando ao programa duas partes de 15 minutos cada. Penso que o tempo foi passado a "correr", falando inclusivamente de televisão, que nada interessa para a rádio (exceto na sua sobreposição de assuntos, claro)...
Nada foi dito quanto ao futuro para a rádio digital em Portugal e o relacionamento da RTP face aos seus congéneres europeus.
O que posso acrescentar é que o investimento na renovação técnica do parque emissor se estende a praticamente todo o território nacional (além da África lusófona) e que, por exemplo, no que respeita ao centro emissor do Mte. da Virgem, será dedicada posteriormente e com toda a certeza a mesma atenção daquela que vai ser dada proximamente aos tx da Lousã e de Monsanto, já que é do conhecimento da Direcção de Engenharia e Sistemas que o rendimento actual do C.E. do Mte. da Virgem está muito aquém do que sucedia anteriormente. No entanto, esta última situação já era previsível pelos técnicos da empresa e o investimento não pode ser projectado e concretizado todo de uma só vez.
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