sexta-feira, março 13, 2020

Covid 19 obriga rádios a desenvolver planos de contingência

Portugal e a Europa enfrentam o que muito provavelmente será o maior desafio à sobrevivência humana das últimas décadas e que condicionará, pelo menos nas próximas semanas, as nossas vidas. A emergência do coronavírus "COVID-19" em Portugal tem levado as rádios generalistas e informativas a alargarem os espaços de informação, fornecendo aos ouvintes a actualização regular do ponto de situação da pandemia no país. Há que sublinhar o verdadeiro papel de serviço público levado a cabo não só pela Antena1 mas também pela Rádio Renascença, TSF e Rádio Observador, estações que, não entrando no sensacionalismo em busca do crescimento da audiência, têm contribuído para o esclarecimento dos portugueses a respeito da evolução da doença.

Vivemos tempos de excepção - e urge minimizar o contacto físico entre pessoas. Neste contexto, importa referir que muitos dos locutores da Rádio Comercial passaram a trabalhar a partir de casa. Entretanto, na sequência do cancelamento das missas e outras celebrações religiosas presenciais, a Rádio Renascença vai passar, a partir da próxima segunda-feira dia 16 de Março, a transmitir diariamente missa, de segunda a sábado às 12 horas, mantendo-se a Eucaristia dominical às 11 horas. É provável que, à medida da progressão da epidemia, muitos profissionais das rádios do grupo (RR, RFM e Mega Hits) passem, à semelhança do que já acontece na Comercial, a trabalhar de forma remota. A mesma alternativa deverá ser implementada noutros operadores radiofónicos.

Todo o cuidado é pouco - e os últimos desenvolvimentos na Itália e na vizinha Espanha, para nem falar da China, não são tranquilizadores. A palavra de ordem, para os profissionais das rádios mas também para quem está empregado em qualquer outra área, tem de ser: sempre que possível, trabalhem a partir de casa. Evitem ao máximo o contacto presencial com outras pessoas e respeitem as indicações das autoridades de saúde e de segurança. As notícias dos próximos dias tenderão, segundo os especialistas, a não ser animadoras, todavia sempre tive fé na humanidade. Não interessa as divergências políticas, as preferências desportivas, as opções de vida: somos todos humanos. Em 1918, Portugal sobreviveu não só à 1ª Guerra Mundial mas também à denominada Gripe Espanhola; a Europa sobreviveu a uma 2ª Guerra Mundial. Evitar a disseminação descontrolada do coronavírus depende de todos. Para quem pensa que passar mais tempo em casa vai ser um enorme aborrecimento, tenho uma sugestão: e que tal pegar no rádio portátil a pilhas encostado a um canto e "brincar" a explorar as faixas de radiodifusão? Sugiro a quem tiver um rádio com Onda Média, Onda Longa e Onda Curta, sobretudo para quem tiver crianças e jovens "presos" em casa sem ir à escola durante estes dias, comece a descobrir em família o verdadeiro "mundo da rádio", analógico e antigo, mas que funciona a custo quase zero para o ouvinte (custa apenas o preço de um rádio e de umas pilhas) e que está disponível mesmo que a Internet falhe ou até na eventualidade de surgir um "apagão" na rede eléctrica. Quiçá os mais novos fiquem deveras surpreendidos ao descobrir que, muitos anos antes dos smartphones e da Internet, as pessoas ouviam notícias e programas de rádio de outros países e de outros continentes recorrendo a um receptor de rádio.

1 comentário:

Rui Cleto disse...

Gostei da mensagem deixada.