Se as populações se viram isoladas por pelo menos dois meses, num cenário que, salvo as devidas diferenças, faz lembrar uma espécie de "Muro de Berlim sem muro", a Rádio Aktiv continuou a servir os dois países. E como o Luxemburgo tem uma comunidade portuguesa assinalável, a rádio não é feita apenas por luxemburgueses, como tem igualmente portugueses a apresentar programas na língua de Camões, de Fernando Pessoa, de Machado de Assis, entre outros.
As fronteiras podem ser repostas, as pessoas podem ser proibidas de sair de casa, todavia, as ondas electromagnéticas não querem saber de saúde pública, de política ou de outros assuntos humanos; não importa se as pessoas não se podem encontrar umas com as outras, de um ou de outro lado da ponte; a rádio faz chegar a voz do locutor a todas. A fugir de tantas interdições, a "revolução" radiofónica fazia-se com músicas como "Freedom", de George Michael, "I Fought the Law", dos The Clash, ou, pasme-se o leitor, "Grândola, Vila Morena", de José Afonso. Vale a pena ler o artigo completo.
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