13 de Fevereiro é o Dia Mundial da Rádio; o dia da razão da existência do "Mundo da Rádio". Sim, porque a rádio é um mundo e o mundo é também a rádio. Se a rádio não tivesse sido inventada, a História do último século seria totalmente diferente. E o mais interessante? Tudo se resume a um dos sentidos, a audição.
Perguntar-me-ão qual o motivo da sobrevivência da rádio mesmo quando a tecnologia evolui rapidamente. Eu respondo que a capacidade de adaptação, que leva a rádio a modificar-se de modo a conseguir aproximar-se dos ouvintes, incluindo a própria mudança tecnológica, é a razão pela qual a rádio continua viva em 2022. Ao contrário da televisão, a rádio não precisa de caras larocas e, contrariamente à imprensa escrita, os ouvintes não precisam de concentrar a visão num texto.
Esta característica, que confere à rádio o título de meio de comunicação social por excelência para quem está ocupado a conduzir um veículo, a trabalhar numa secretária ou a realizar qualquer outra actividade que rouba a atenção visual, fez com que a rádio continue a ganhar ouvintes e a merecer a preferência de muitas pessoas numa era de emergência de novos paradigmas de comunicação. Certo é que nem a televisão matou a rádio, nem a Internet matou a rádio e estou certo que nenhuma outra tecnologia vai matar a rádio enquanto houver margem para a rádio se transformar para ir de encontro aos interesses dos ouvintes.
Como diz a Rádio Comercial, "em casa, no carro, em todo o lado" - e eu acrescento: a viajar, a trabalhar, a estudar, a relaxar ou a fazer qualquer outra coisa - nem que seja simplesmente rodar o botão do volume. A rádio é o meio de comunicação universal que pode funcionar em qualquer situação.
E se as gerações mais novas podem achar a rádio algo supérfluo, eu refuto pensando que, neste preciso momento em que escrevo este texto, há de haver alguém em Myanmar, na Coreia do Norte, na China, no Irão ou noutro país nada democrático a ouvir, no seu rádio com Onda Curta e às escondidas - inclusivamente a correr risco de vida - uma estação que lhe diz o que o governo do seu país não quer que se saiba. Por todas as razões, viva a rádio!
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