Aparentemente, os burrocratas iluminados que regem este país à beira mar plantado não se cansam de reinventar a roda de uma forma nunca vista na Europa e em grande parte do mundo: se, por definição, o serviço público de rádio e televisão deve abranger todos os conteúdos de interesse público que não são apetecíveis aos operadores privados, o governo português parece querer abrir uma porta para a promiscuidade entre a isenção e a qualidade que deve ser exigida ao serviço público e os interesses comerciais (ainda que legítimos) das estações privadas de rádio e televisão.
Segundo informações veiculadas pelo "Jornal de Negócios", o governo pretende, de facto, e indo de encontro às declarações de António Borges, encerrar a RTP 2 e privatizar/concessionar a RTP 1, mantendo o serviço público de televisão no canal e/ou repartindo o serviço público de televisão pelos três operadores privados existentes após a alienação. Pessoalmente, como referi anteriormente no blogue, e sendo um mero leigo sem conhecimentos de Direito Constitucional, receio que tais cenários possam esbarrar no Tribunal Constitucional, porquanto o número 5 do artigo 38.º da Constituição Portuguesa afirma que «O Estado assegura a existência e o funcionamento de um serviço público de rádio e de televisão.». Não obstante a diversidade de opiniões dos constitucionalistas, uma questão parece ser unânime entre os juristas especializados na leitura da lei fundamental da nação: o Estado é obrigado, dentro das suas competências, a garantir não só que o serviço público de rádio e televisão (SPRT) existe no enquadramento legal, como também a assegurar-se que o mesmo é cumprido pela(s) concessionária(s) do SPRT. O que implica forçosamente que o Estado tenha um controlo eficaz sobre a gestão do funcionamento do SPRT, de forma a escrutinar se as obrigações contratuais estão ou não a ser rigorosamente cumpridas. Por outras palavras, o Estado jamais poderá, pura e simplesmente, sacudir água do capote, não acautelando o interesse público.
Avaliando todos os cenários propostos ao governo, parece-me (mais uma vez como mero leigo) que a opção de dividir o bolo do serviço público por todos os operadores deverá ser a opção que levanta mais dúvidas no plano jurídico-constitucional, visto que o governo teria de controlar a prestação do serviço público junto de 3 operadores, obrigando a mecanismos de monitorização bem mais exigentes que os exigíveis nos restantes cenários. Desconfio que, indo avante este cenário, se o Presidente da República enviar a lei que o regulariza ao Tribunal Constitucional, é altamente provável que este órgão de soberania reprove a proposta.
Relativamente a este e aos restantes cenários, creio que a chave do problema estará no contrato de concessão. Este documento terá de estar muito bem desenvolvido e explícito, definindo clara e univocamente o que é e em que condições deve ser prestado o SPRT. Receio, francamente, que a maioria dos assessores do governo não esteja devidamente preparada para analisar a situação com a profundidade exigível numa situação tão delicada do ponto de vista jurídico, entregando a garantia do SPRT às mãos da Presidência da República que, insisto, deverá, na minha opinião, seja qual for a opção escolhida, recorrer ao TC de forma a dissipar quaisquer dúvidas a respeito da constitucionalidade do processo. O que pode fazer com que, de um momento para o outro, Miguel Relvas e Passos Coelho sejam instados a regressar quase à estaca zero nesta matéria. Outra possibilidade seria a intervenção do Presidente da República, vetando politicamente o diploma, como aliás, já fez noutras ocasiões relacionadas com a comunicação social, nomeadamente com a lei do pluralismo e não concorrência proposta pelo então governo PS de José Sócrates. Admitindo que Cavaco Silva é coerente nos seus actos, independentemente da relação política com os autores das propostas de lei, o PR pode levantar objecções pertinentes ao contrato de concessão do serviço público, criando um problema não só institucional como político ao governo.
Outra questão fundamental a ter em conta prende-se com a possibilidade de, independentemente da posição do TC e do PR, a concessão/privatização da RTP ser posta em causa não só pelo sistema jurídico português como pela União Europeia, já que Bruxelas pode vetar os planos de Passos Coelho e Miguel Relvas, alegando o desrespeito pelas leis da concorrência europeias, bem como de eventuais outros compromissos internacionais assumidos por Portugal no seio da UE. Como se não bastasse o recurso aos tribunais europeus, o Estado também poderá ter de responder junto dos tribunais nacionais, no caso da SIC e da TVI (operadores privados afectados indirectamente pelo processo de concessão/privatização da RTP) recorrerem também à Justiça alegando distorção do mercado. No mínimo, dois potenciais problemas com que o governo, se insistir na alienação total do serviço público, poderá ter de contar.
Mais um óbice: Em que condições pode haver interesse na concessão do SPRT a um privado que tem um dilema: é certo que tem um cheque anual de 140 milhões de euros para cumprir o serviço público, mas não pode deixar de querer vingar num mercado altamente competitivo como o audiovisual. Isto é, por um lado tem uma série de obrigações adicionais a cumprir; por outro, pretende subir nas audiências. Mais cedo ou mais tarde, a concessionária constatará que os restantes operadores privados têm liberdade de movimentos para estabelecer uma grelha de programas à sua mercê, dentro das condições imposta pela lei da televisão. Já o privado que estabeleceu um contrato com o Estado é obrigado a aceitar ser prejudicado nas audiências e na venda de publicidade, estando , neste aspecto, em clara desvantagem em relação aos restantes.
E a rádio? Onde fica nesta grande e complexa equação jurídica e política? Sendo certo que, mesmo num hipotético cenário de encerramento de algumas das rádios do grupo RTP o Estado é obrigado a manter pelo menos uma em funcionamento, em que condições aceitará um privado manter uma estação de serviço público sem publicidade? Colocando publicidade na Antena 1, como reagiriam não só as restantes rádios nacionais como as locais? Admitindo-se mais recursos ao sistema judicial, o governo ver-se-ia entalado num verdadeiro imbróglio, tendo de enfrentar processos judiciais em catadupa mercê de uma política de liquidação total do conceito de serviço público de comunicação social, misturando interesses comerciais com a defesa da língua e da cultura portuguesas representadas no SPRT, tornando o próprio serviço público numa manta de retalhos de conteúdos que paulatinamente ameaçam destruir o próprio conceito de SPRT!
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
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sexta-feira, setembro 07, 2012
domingo, agosto 26, 2012
RTP concessionada?!
Se a privatização de um canal de televisão da RTP era até agora um dado adquirido para o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e para o ministro da tutela, Miguel Relvas, eis que o consultor do governo para as privatizações, António Borges, surpreendeu o país com uma hipótese alternativa: terminar com a RTP2 e concessionar o serviço público de rádio e televisão a uma empresa privada durante 15 a 25 anos.
Sendo certo que a figura em causa não tem legitimidade democrática para tomar qualquer decisão política, a revelação do plano está a levantar preocupações legítimas não só no seio da classe política, como também na sociedade portuguesa em geral.
O serviço público de rádio e televisão (SPRT), mais do que apenas um direito dos cidadãos, é uma obrigação constitucional do Estado. Situação que obriga o próprio Estado a garantir a sua existência e o seu funcionamento mesmo num cenário de privatização ou concessão desse mesmo serviço público. Por conseguinte, em qualquer cenário futuro para a RTP, o Estado terá de acautelar o funcionamento do SPRT, obrigando o concessionário a cumpri-lo. Caso contrário, admitindo que a concessão está nos planos de Passos Coelho e Miguel Relvas, o contrato de concessão poderá ser vetado pelo Tribunal Constitucional, suspendendo a eficácia das normas legais que sustentam tal decisão. Aliás, duas figuras de peso da política portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa e Adriano Moreira já defenderam a intervenção do Tribunal Constitucional, de modo a dissipar quaisquer dúvidas jurídico-constitucionais a respeito do contrato de concessão do SPRT.
Por outro lado, admitindo a possibilidade postulada por António Borges de encerrar a RTP 2 e, porventura, a Antena 3 (provavelmente também a Antena 2)
, tal decisão implicaria uma redução do serviço público sem que tal se
reflectisse no valor da taxa audiovisual paga pelos clientes das companhias de electricidade. Isto significaria que os contribuintes estariam a financiar directamente os lucros da concessionária, num negócio altamente ruinoso para o interesse público. Não deixa de ser irónico que o mesmíssimo governo que pretende renegociar as parcerias público-privadas prejudiciais ao erário público e aos contribuintes, queira agora lançar uma "PPP à portuguesa", onde o Estado concessiona (esperemos que não ao desbarato) um serviço público mas onera os contribuintes através de una taxa que financia directamente o lucro privado. Vantajoso para o Estado? Claro! Lucrativo para a empresa concessionária do serviço público de rádio e televisão? Evidentemente. Benéfico para o contribuinte? Não!
Terceiro ponto: como conjugar os legítimos interesses de um operador privado que procura "roubar" audiência a outros canais com a obrigação de produzir e transmitir programas de serviço público, cujas audiências sejam pouco interessantes para a estação? A meu ver, trata-se de uma situação duplamente ingrata: para o operador, porque tem constrangimentos na programação motivados pelo cumprimento do contrato de serviço público; para os telespectadores porque têm um serviço público motivado apenas por interesses comerciais. Pessoalmente, concordo com o crítico de televisão Eduardo Cintra Torres, que defende pura e simplesmente a extinção ba publicidade na RTP. O SPRT deve ser bem gerido, custando o indispensável para ser assegurado com qualidade, mas não deve reger-se por interesses comerciais. Por outras palavras, o SPRT não deve ir somente atrás de audiências, mas sim da exigência, da qualidade, da formação cívica, intelectual e cultural dos cidadãos e da promoção da língua e da cultura portuguesa não só "dentro de portas", como, sobretudo, em todo o mundo. Algo que nem sempte se coaduna com os interesses das rádios e televisões privadas.
Sendo certo que a figura em causa não tem legitimidade democrática para tomar qualquer decisão política, a revelação do plano está a levantar preocupações legítimas não só no seio da classe política, como também na sociedade portuguesa em geral.
O serviço público de rádio e televisão (SPRT), mais do que apenas um direito dos cidadãos, é uma obrigação constitucional do Estado. Situação que obriga o próprio Estado a garantir a sua existência e o seu funcionamento mesmo num cenário de privatização ou concessão desse mesmo serviço público. Por conseguinte, em qualquer cenário futuro para a RTP, o Estado terá de acautelar o funcionamento do SPRT, obrigando o concessionário a cumpri-lo. Caso contrário, admitindo que a concessão está nos planos de Passos Coelho e Miguel Relvas, o contrato de concessão poderá ser vetado pelo Tribunal Constitucional, suspendendo a eficácia das normas legais que sustentam tal decisão. Aliás, duas figuras de peso da política portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa e Adriano Moreira já defenderam a intervenção do Tribunal Constitucional, de modo a dissipar quaisquer dúvidas jurídico-constitucionais a respeito do contrato de concessão do SPRT.
Por outro lado, admitindo a possibilidade postulada por António Borges de encerrar a RTP 2 e, porventura, a Antena 3 (provavelmente também a Antena 2)
, tal decisão implicaria uma redução do serviço público sem que tal se
reflectisse no valor da taxa audiovisual paga pelos clientes das companhias de electricidade. Isto significaria que os contribuintes estariam a financiar directamente os lucros da concessionária, num negócio altamente ruinoso para o interesse público. Não deixa de ser irónico que o mesmíssimo governo que pretende renegociar as parcerias público-privadas prejudiciais ao erário público e aos contribuintes, queira agora lançar uma "PPP à portuguesa", onde o Estado concessiona (esperemos que não ao desbarato) um serviço público mas onera os contribuintes através de una taxa que financia directamente o lucro privado. Vantajoso para o Estado? Claro! Lucrativo para a empresa concessionária do serviço público de rádio e televisão? Evidentemente. Benéfico para o contribuinte? Não!
Terceiro ponto: como conjugar os legítimos interesses de um operador privado que procura "roubar" audiência a outros canais com a obrigação de produzir e transmitir programas de serviço público, cujas audiências sejam pouco interessantes para a estação? A meu ver, trata-se de uma situação duplamente ingrata: para o operador, porque tem constrangimentos na programação motivados pelo cumprimento do contrato de serviço público; para os telespectadores porque têm um serviço público motivado apenas por interesses comerciais. Pessoalmente, concordo com o crítico de televisão Eduardo Cintra Torres, que defende pura e simplesmente a extinção ba publicidade na RTP. O SPRT deve ser bem gerido, custando o indispensável para ser assegurado com qualidade, mas não deve reger-se por interesses comerciais. Por outras palavras, o SPRT não deve ir somente atrás de audiências, mas sim da exigência, da qualidade, da formação cívica, intelectual e cultural dos cidadãos e da promoção da língua e da cultura portuguesa não só "dentro de portas", como, sobretudo, em todo o mundo. Algo que nem sempte se coaduna com os interesses das rádios e televisões privadas.
terça-feira, julho 31, 2012
Rádio Jornal do Fundão suspende emissão devido por razões económicas
Mais uma notícia muito triste para a radiodifusão local em Portugal: a Rádio Jornal do Fundão (100,0 MHz) vai suspender as emissões a partir de amanhã, quarta-feira dia 1 de Agosto justificando não ter conseguido arrecadar receitas que a viabilizem. A estação, detida maioritariamente pela Controlinveste (proprietária também da TSF), partilha recursos com o Jornal do Fundão que, alegadamente, aao contrário da estação de rádio, não se encontra numa situação tão difícil. A notícia do jornal "Sol" revela, também, que as duas jornalistas que asseguravam a informação na RJF serão despedidas.
Refira-se que a estação beirã, não obstante manter uma programação local onde eram transmitidos sete noticiários locais nos dias úteis, retransmite também, durante algumas horas do dia a emissão nacional da TSF (ainda que, na região em causa a cobertura da TSF esteja asseguda pela rede regional norte). A partir de amanhã, é mais uma rádio local que não resistiu à crise...
Refira-se que a estação beirã, não obstante manter uma programação local onde eram transmitidos sete noticiários locais nos dias úteis, retransmite também, durante algumas horas do dia a emissão nacional da TSF (ainda que, na região em causa a cobertura da TSF esteja asseguda pela rede regional norte). A partir de amanhã, é mais uma rádio local que não resistiu à crise...
sábado, julho 14, 2012
Rádio Sim em Viseu passa para os 106,4 MHz da Rádio NoAr
A Rádio Sim deverá mudar de frequência em Viseu. Como seria de esperar, o canal sénior da emissora católica portuguesa requereu junto da ERC a alteração do projecto aprovado para os 106,4 MHz da Rádio NoAr. Não obstante a falta de unanimidade dos membros do Conselho Regulador da ERC, as pretensões do grupo r/com foram atendidas, autorizando a alteração da designação da Rádio NoAr para "Rádio Sim - NoAr", bem como, naturalmente, a adequação da programação ao formato da Rádio Sim. A deliberação da ERC já pode ser lida no sítio da entidade, através do endereço www.erc.pt/download/YToyOntzOjg6ImZpY2hlaXJvIjtzOjM5OiJtZWRpYS9kZWNpc29lcy9vYmplY3RvX29mZmxpbmUvMTk4My5wZGYiO3M6NjoidGl0dWxvIjtzOjIzOiJkZWxpYmVyYWNhby0xNWF1dC1yMjAxMiI7fQ==/deliberacao-15aut-r2012 .
Com esta migração de frequência, os actuais 103,6 MHz da Rádio Sim deverão regressar à Rádio Renascença. Assim, as três rádios mais importantes do grupo r/com vão poder ser escutadas em perfeitas condições na cidade de Viriato: RR nos 103,6 MHz, RFM nos 99,4 e a Rádio Sim nos 106,4 MHz.
Com esta migração de frequência, os actuais 103,6 MHz da Rádio Sim deverão regressar à Rádio Renascença. Assim, as três rádios mais importantes do grupo r/com vão poder ser escutadas em perfeitas condições na cidade de Viriato: RR nos 103,6 MHz, RFM nos 99,4 e a Rádio Sim nos 106,4 MHz.
domingo, junho 24, 2012
Radialx: festival internacional de arte rádio, com direito a frequência própria: 88,4 MHz
A cidade de Lisboa prepara-se para acolher a RadiaLx, um festival internacional de rádio realizado nos estúdios da Rádio Zero. A partir da próxima quarta-feira, dia 27, até ao dia 30 do corrente mês de Junho, o festival RadiaLx vai ser transmitido através de uma rádio temporária a emitir nos 88,4 MHz. Assim, o emissor FM estará a transmitir em simultâneo com a Rádio Zero os concertos e os eventos prometidos para este certame.
De referir que o festival não se fica pelo Instituto Superior Técnico, estendendo-se a actuações realizadas noutros locais da capital portuguesa, a saber: Jardim da Estrela, Galeria Boavista, Stress.fm e a galeria de arte contemporânea Flausina.
De referir que o festival não se fica pelo Instituto Superior Técnico, estendendo-se a actuações realizadas noutros locais da capital portuguesa, a saber: Jardim da Estrela, Galeria Boavista, Stress.fm e a galeria de arte contemporânea Flausina.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
terça-feira, junho 19, 2012
MCR prepara despedimento de 30 profissionais
A dura e triste realidade decorrente das alterações da lei da rádio começa a emergir na radiodifusão local do nosso país: a Média Capital Rádios prepara-se para proceder ao despedimento, por extinção do posto de trabalho, de 30 profissionais que asseguram as emissões locais da M80 Rádio, Cidade FM e Star FM. O grupo prepara-se (a partir do próximo dia 1 de Julho) para centralizar as emissões destas três rádios nos estúdios de Lisboa.
Com a alteração da lei da rádio, em 2010, as estações do grupo referidas podem passar a transmitir em frequências temáticas (neste caso, musicais) até a um máximo de 6 estações por serviço de programas. Isto significa que, no caso da Cidade FM, já existem 6 frequências temáticas (91,6 Lisboa + 107,2 Vila Nova de Gaia + 102,8 Viseu + 99,3 Alcanena + 99,7 Penacova + 104,4 MHz Amares), pelo que, - a não ser que o grupo desista de uma delas (passando novamente a generalista) a favor de outra - as frequências de Loulé (99,7), Redondo (97,2), Montijo (106,2) e Vale de Cambra (101,0 MHz) continuarão a ser generalistas.
Já no caso da Star FM, as seis frequências (96,6 Lisboa + 97,7 Santarém + 105,8 Valongo + 103,0 Cantanhede + 96,8 Sabugal + 104,4 MHz Manteigas) podem ser convertidas para temáticas, dispensando a obrigatoriedade de assegurar programação local. Contrariamente ao que alguns poderão julgar, a M80 é, de facto, uma rádio generalista, dado que a rede regional sul tem esta categoria. Por conseguinte, as rádios locais retransmissoras da M80 Rádio, localizadas no Norte e Centro do país continuam, para já, generalistas. A saber: 98,4 Coimbra + 94,4 Aveiro + 90,0 Porto + 93,0 Leiria + 97,4 Vila Real + 103,8 Fafe + 95,6 MHz Penalva do Castelo. A estação de «todos os êxitos dos anos 70, 80 e 90» tem 7 frequências generalistas, o que implica a manutenção de pelo menos uma frequência generalista a seguir à eventual conversão das restantes para a categoria de temática musical.
Dos restantes grandes grupos radiofónicos, refira-se que a r/com já tem 6 frequências temáticas para a Mega Hits, mantendo, todavia, a Rádio Sim como generalista. Também a TSF já conta com quatro frequências temáticas informativas (89,5 Lisboa + 105,4 Évora + 101,6 Faro + 100,0 MHz Funchal [Madeira]), às quais se acrescentam as frequências da rede regional norte e duas rádios generalistas locais (103,1 Caldas da Rainha e 99,4 MHz Ponta Delgada [Açores]).
Aos profissionais afectados por esta trágica e revoltante notícia, apresento o meu voto de solidariedade. Tendo a consciência que a vida está difícil, não posso deixar de incentivar a coragem e a esperança a quem perde o emprego, sobretudo numa área profissional altamente afectada pela crise económica como é o caso da comunicação social.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Com a alteração da lei da rádio, em 2010, as estações do grupo referidas podem passar a transmitir em frequências temáticas (neste caso, musicais) até a um máximo de 6 estações por serviço de programas. Isto significa que, no caso da Cidade FM, já existem 6 frequências temáticas (91,6 Lisboa + 107,2 Vila Nova de Gaia + 102,8 Viseu + 99,3 Alcanena + 99,7 Penacova + 104,4 MHz Amares), pelo que, - a não ser que o grupo desista de uma delas (passando novamente a generalista) a favor de outra - as frequências de Loulé (99,7), Redondo (97,2), Montijo (106,2) e Vale de Cambra (101,0 MHz) continuarão a ser generalistas.
Já no caso da Star FM, as seis frequências (96,6 Lisboa + 97,7 Santarém + 105,8 Valongo + 103,0 Cantanhede + 96,8 Sabugal + 104,4 MHz Manteigas) podem ser convertidas para temáticas, dispensando a obrigatoriedade de assegurar programação local. Contrariamente ao que alguns poderão julgar, a M80 é, de facto, uma rádio generalista, dado que a rede regional sul tem esta categoria. Por conseguinte, as rádios locais retransmissoras da M80 Rádio, localizadas no Norte e Centro do país continuam, para já, generalistas. A saber: 98,4 Coimbra + 94,4 Aveiro + 90,0 Porto + 93,0 Leiria + 97,4 Vila Real + 103,8 Fafe + 95,6 MHz Penalva do Castelo. A estação de «todos os êxitos dos anos 70, 80 e 90» tem 7 frequências generalistas, o que implica a manutenção de pelo menos uma frequência generalista a seguir à eventual conversão das restantes para a categoria de temática musical.
Dos restantes grandes grupos radiofónicos, refira-se que a r/com já tem 6 frequências temáticas para a Mega Hits, mantendo, todavia, a Rádio Sim como generalista. Também a TSF já conta com quatro frequências temáticas informativas (89,5 Lisboa + 105,4 Évora + 101,6 Faro + 100,0 MHz Funchal [Madeira]), às quais se acrescentam as frequências da rede regional norte e duas rádios generalistas locais (103,1 Caldas da Rainha e 99,4 MHz Ponta Delgada [Açores]).
Aos profissionais afectados por esta trágica e revoltante notícia, apresento o meu voto de solidariedade. Tendo a consciência que a vida está difícil, não posso deixar de incentivar a coragem e a esperança a quem perde o emprego, sobretudo numa área profissional altamente afectada pela crise económica como é o caso da comunicação social.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
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quarta-feira, junho 13, 2012
Rádio Sim abandona os 88,6 MHz Vila do Conde
Como seria expectável, o arranque da Rádio Sim nos 100,8 MHz Maia fez com que a estação desistisse da frequência de Vila do Conde (88,6 MHz). Segundo o "Fórum Ondas da Rádio", a emissora vilacondense regressou à Rádio Foz do Ave, integrada na Rádio 5. Esta decisão compreende-se, atendendo à sobreposição da cobertura das duas frequências e do facto da r/com não ter mais nenhum canal para ocupar os 88,6 MHz, já que a Mega Hits é também escutada em boas condições na região através dos 90,6 MHz Gondomar (emissor em Valongo).
Com a saída da emissora católica portuguesa, a Rádio 5 terá conseguido deslocalizar o emissor para Santa Eufémia, na fronteira entre os concelhos da Trofa, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, partilhando a torre com a Rádio Mar (89,0 MHz Póvoa de Varzim) e a Rádio Trofa (107,8).
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Com a saída da emissora católica portuguesa, a Rádio 5 terá conseguido deslocalizar o emissor para Santa Eufémia, na fronteira entre os concelhos da Trofa, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, partilhando a torre com a Rádio Mar (89,0 MHz Póvoa de Varzim) e a Rádio Trofa (107,8).
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Rádio Vaticano termina emissões em Onda Curta e Onda Média para a Europa e América
Nem a Santa Sé escapa às reduções e/ou supressões nas emissões em Onda Curta e Onda Média! A Rádio Vaticano prepara-se para suprimir as emissões dirigidas à Europa e ao continente americano, transmitidas desde o centro emissor de Santa Maria di Galeria, situado no território italiano mas pertencente ao Estado do Vaticano.
O principal argumento invocado pela emissora internacional católica para a redução das emissões em OC e OM passa pelo facto de diversas emissoras católicas europeias e americanas retransmitirem programas da Rádio Vaticano, mas também pelo facto dessas mesma emissões serem escutáveis através da Internet. É provável que a polémica relativa às radiações do emissor, que alegadamente afectam as populações locais tenha também contribuído para a decisão peremptória. A emissora pretende, para já, manter as emissões OC dirigidas aos continentes africano e asiático, regiões do mundo onde o acesso à estação através de outros meios ainda é difícil e inacessível às populações menos favorecidas.
De referir que, no que respeita à Onda Média, a RV emite actualmente a partir da cidade do Vaticano através dos 585 e 1260 kHz, ambos com 10 kW, mas também a partir de Santa Maria di Galeria nos 1530 kHz 150 kW e 1611 kHz 15~100 kW. A rádio que transmite a voz do Sumo Pontífice também dispõe de três frequências FM (93,3; 103,8 e 105,0 MHz), todas com 10 kW, servindo o mais pequeno Estado da Europa, mas também a região de Roma, mas também já aderiu à rádio digital, cobrindo a Itália em DAB/DAB+.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
O principal argumento invocado pela emissora internacional católica para a redução das emissões em OC e OM passa pelo facto de diversas emissoras católicas europeias e americanas retransmitirem programas da Rádio Vaticano, mas também pelo facto dessas mesma emissões serem escutáveis através da Internet. É provável que a polémica relativa às radiações do emissor, que alegadamente afectam as populações locais tenha também contribuído para a decisão peremptória. A emissora pretende, para já, manter as emissões OC dirigidas aos continentes africano e asiático, regiões do mundo onde o acesso à estação através de outros meios ainda é difícil e inacessível às populações menos favorecidas.
De referir que, no que respeita à Onda Média, a RV emite actualmente a partir da cidade do Vaticano através dos 585 e 1260 kHz, ambos com 10 kW, mas também a partir de Santa Maria di Galeria nos 1530 kHz 150 kW e 1611 kHz 15~100 kW. A rádio que transmite a voz do Sumo Pontífice também dispõe de três frequências FM (93,3; 103,8 e 105,0 MHz), todas com 10 kW, servindo o mais pequeno Estado da Europa, mas também a região de Roma, mas também já aderiu à rádio digital, cobrindo a Itália em DAB/DAB+.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
segunda-feira, junho 11, 2012
Onda Média da Antena 1 transmite Rádio Euro
A RTP lançou uma nova estação de rádio temporária, destinada a cobrir o Euro 2012. Durante o campeonato europeu de futebol, a Rádio Euro transmite os relatos dos jogos (não só de Portugal, como os das restantes selecções) através da emissão online, mas também da Onda Média da Antena 1.
Desta forma, durante os jogos do Europeu (até ao dia 1 de Julho), a emissão da Antena 1 é sujeita a um desdobramento: a emissão FM transmite a programação habitual da primeira rádio pública, enquanto que as frequências de Onda Média transmitem a Rádio Euro. Recorde-se que a rede nacional de emissores da Antena 1 (no continente) em Onda Média é composta pelas seguintes frequências:
Desta forma, durante os jogos do Europeu (até ao dia 1 de Julho), a emissão da Antena 1 é sujeita a um desdobramento: a emissão FM transmite a programação habitual da primeira rádio pública, enquanto que as frequências de Onda Média transmitem a Rádio Euro. Recorde-se que a rede nacional de emissores da Antena 1 (no continente) em Onda Média é composta pelas seguintes frequências:
- 630 kHz - Chaves, Montemor-o-Velho (Coimbra), Miranda do Douro
- 666 kHz - Bragança, Covilhã, C.E.N. (Castanheira do Ribatejo) [Lisboa, Santarém, Setúbal e Évora], Valença, Vila Real e Viseu
- 720 kHz - Miramar (Porto), Castelo Branco, Elvas, Faro, Guarda e Mirandela
- 756 kHz - Lamego
- 1287 kHz - Portalegre
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
quinta-feira, junho 07, 2012
Íris FM coopera com multinacional para divulgar cultura chinesa:
Segundo o sítio do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, a Íris FM (91,4 MHz Benavente) prepara-se para lançar programas novos destinados a reforçar as relações culturais entre Portugal e a China. A nova programação resulta de uma parceria efectuada entre a estação e a GBTIMES, empresa de media multinacional que promove a cultura chinesa. Desta forma, a emissão da Íris FM contará com diversos programas, tais como «Oriente-se», «Panorama económico», «Nos Ares da Cultura», «Gastronomia», «Pelos quatro cantos», «Ritmos da China», entre outros que apostam na informação e na divulgação da realidade deste país asiático, nos quais o ensino do mandarim não ficará de fora. Segundo a notícia, a estação ribatejana começará já amanhã a transmitir estes programas para a Grande Lisboa.
De mencionar que o artigo afirma - e bem - que a emissora benaventense tem uma cobertura bastante razoável da Grande Lisboa mas não menciona o facto de não se ouvir propriamente nas melhores condições precisamente em Lisboa. Apesar de se escutar razoavelmente na zona oriental da capital, a principal dificuldade prende-se com a forte pressão da Cidade FM (91,6 MHz), que inviabiliza uma recepção adequada da Íris FM em receptores sem grande selectividade.
Actualização (10/06/2012): Afinal, trata-se da retransmissão de vários programas da Rádio Internacional da China.
De mencionar que o artigo afirma - e bem - que a emissora benaventense tem uma cobertura bastante razoável da Grande Lisboa mas não menciona o facto de não se ouvir propriamente nas melhores condições precisamente em Lisboa. Apesar de se escutar razoavelmente na zona oriental da capital, a principal dificuldade prende-se com a forte pressão da Cidade FM (91,6 MHz), que inviabiliza uma recepção adequada da Íris FM em receptores sem grande selectividade.
Actualização (10/06/2012): Afinal, trata-se da retransmissão de vários programas da Rádio Internacional da China.
terça-feira, maio 22, 2012
Três práticas a evitar quando se fala ao microfone de uma estação de rádio:
Quando um realizador de um programa de rádio convida uma ou mais pessoas a participar no seu programa, fá-lo na expectativa que tudo vai correr bem e que não haverá incidentes de maior a registar. Assume que os convidados sabem manter o nível de qualidade e civismo exigído ao programa.
Todavia, por vezes, o maior factor de risco é(são) o(s) próprio(s) convidado(s). Os últimos dois programas do Provedor do Ouvinte da RTP (à hora a que escrevo, ainda não disponíveis em "podcast" no sítio da rádio pública) abordam precisamente duas situações em que um profissional de rádio desprevenido tem de lidar com comportamentos inadequados por parte de quem aceita participar no programa.
Limitando-me à simples perspectiva de ouvinte, apresento o meu ponto de vista acerca das práticas que deveriam de todo ser evitadas sempre que alguém colabora num programa ou participa num evento transmitido na rádio. Assim, destaco três atitudes que jamais deveriam ser adoptadas por quem fala aos microfones de uma rádio:
Utilizar linguagem obscena, ainda que devidamente contextualizada
Raquel Bulha, realizadora do programa "A Hora do Sexo", transmitida na 3, foi convidada da "Prova Oral" do passado dia 24 de Abril . O programa estava a ser interessante até ao final, altura em que a realizadora achou por bem cantar uma música brasileira utilizada nas campanhas a favor do uso do preservativo. Uma canção nada feliz, que recorre ao calão ofensivo para reforçar a sua mensagem. O episódio é corroborado pela audição do "podcast" da emissão visada, que foi transmitida no passado dia 24 de Abril.
Recorrer a um nível de linguagem grosseiro e agressivo tem como efeito a degradação acentuada da qualidade do programa onde este é inserido. Além de não trazer nada de útil, desagrada à maioria dos ouvintes. Se este tipo de atitude é condenável numa rádio privada, muito mais o será numa rádio pública, daí que, relativamente à emissão da "Prova Oral" em causa, tenho de subscrever as palavras do Provedor que, como seria expectável, reprovou a conduta da profissional. Ora, tratando-se precisamente de uma profissional da rádio, a Raquel deveria ter mais cuidado com os conteúdos a emitir num programa de discussão e debate feito para jovens. Falar de sexualidade, com certeza, mas sem entrar na linguagem popular grosseira. Ainda que seja a citação de um anúncio brasileiro, a letra da canção ultrapassa os limites da decência impostos a uma estação de rádio.
Contar anedotas de humor negro
Se o humor negro por si só exige um cuidado especial, dado que é altamente susceptível de ferir sensibilidades sociais, religiosas, culturais e de outras naturezas, a utilização deste tipo de cómico num programa de rádio pode virar-se contra o humorista. Rui Sinel de Cordes, humorista, foi também convidado do programa realizado pelo Fernando Alvim. Mais uma vez, o final do programa foi, no mínimo, de muito mau gosto. Não cansado de piadas, o entrevistado achou por bem contar uma anedota de humor negro que associava o cancro da mama à "fruta com caroço". Saliente-se que o programa, por ter sido transmitido no Dia da Liberdade, foi gravado, pelo que, à hora em que foi emitido, o realizador sabia perfeitamente da existência de uma intervenção pouco adequada por parte do entrevistado.
Como seria de esperar, a reacção de muitos ouvintes foi a de mostrar mais uma vez a sua indignação perante a tentativa frustrada de ridicularizar uma doença que traz muito sofrimento a milhares de portuguesas. Fernando Alvim pediu desculpa pelo sucedido ao Provedor e aos ouvintes, mas alegou que, em nome da liberdade de expressão, não houve qualquer censura ao programa.
O caso do Rui Sinel de Cordes, que também é escutável no sítio da RTP, não foi o primeiro, nem sequer o mais grave da história da rádio em Portugal. Se recuarmos quase 19 anos, recordamos a tragédia no Hospital Distrital de Évora, quando 25 pacientes da Unidade de Hemodiálise faleceram na sequência do excesso de alumínio na água da rede pública da cidade. Pouco tempo depois, em meados de 1993, o então Ministro do Ambiente do governo liderado por Cavaco Silva, Carlos Borrego, achou por bem contar uma anedota aos microfones de uma rádio local. O que pretendia ser uma piada sobre a situação em Évora falhou completamente o objectivo, criando uma onda de indignação e repreensão que alastrou ao próprio governo. Uma pequena anedota revelada numa simples rádio local propagou-se rapidamente a todo o país, obrigando à demissão do ministro e ao fim da carreira política desta personalidade.
Esquecer-se que o microfone está ligado
Outro erro cometido por vezes: falar para a plateia de um evento ou para os restantes intervenientes num programa de rádio, esquecendo-se que o microfone está ligado. Voltando à vida política, basta recordar a polémica relativamente recente protagonizada por Pedro Nuno Santos (então um dos vice-presidentes do grupo parlamentar do Partido Socialista), que, falando para os militantes locais do partido, terá afirmado que «(...)se estava a “marimbar para o banco alemão que emprestou dinheiro a Portugal nas condições em que emprestou (...)”»... Infelizmente, acreditando estar a falar apenas para os companheiros de partido reunidos no jantar de confraternização, esqueceu-se que a Paivense FM estava em directo do jantar, transmitindo o discurso deste dirigente. Como noutros casos, a notícia rapidamente chegou às rádios e restantes meios de comunicação social nacionais.
Talvez seja boa prática seguir o exemplo dos militares: assumir que a arma está sempre carregada. Neste caso, assumir que o microfone está sempre ligado e pronto a transmitir para centenas, milhares, porventura milhões de ouvintes que acompanham o evento através da rádio. Se há que confidenciar, é boa ideia certificar-se que o botão do aparelho está na posição OFF.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Todavia, por vezes, o maior factor de risco é(são) o(s) próprio(s) convidado(s). Os últimos dois programas do Provedor do Ouvinte da RTP (à hora a que escrevo, ainda não disponíveis em "podcast" no sítio da rádio pública) abordam precisamente duas situações em que um profissional de rádio desprevenido tem de lidar com comportamentos inadequados por parte de quem aceita participar no programa.
Limitando-me à simples perspectiva de ouvinte, apresento o meu ponto de vista acerca das práticas que deveriam de todo ser evitadas sempre que alguém colabora num programa ou participa num evento transmitido na rádio. Assim, destaco três atitudes que jamais deveriam ser adoptadas por quem fala aos microfones de uma rádio:
Utilizar linguagem obscena, ainda que devidamente contextualizada
Raquel Bulha, realizadora do programa "A Hora do Sexo", transmitida na 3, foi convidada da "Prova Oral" do passado dia 24 de Abril . O programa estava a ser interessante até ao final, altura em que a realizadora achou por bem cantar uma música brasileira utilizada nas campanhas a favor do uso do preservativo. Uma canção nada feliz, que recorre ao calão ofensivo para reforçar a sua mensagem. O episódio é corroborado pela audição do "podcast" da emissão visada, que foi transmitida no passado dia 24 de Abril.
Recorrer a um nível de linguagem grosseiro e agressivo tem como efeito a degradação acentuada da qualidade do programa onde este é inserido. Além de não trazer nada de útil, desagrada à maioria dos ouvintes. Se este tipo de atitude é condenável numa rádio privada, muito mais o será numa rádio pública, daí que, relativamente à emissão da "Prova Oral" em causa, tenho de subscrever as palavras do Provedor que, como seria expectável, reprovou a conduta da profissional. Ora, tratando-se precisamente de uma profissional da rádio, a Raquel deveria ter mais cuidado com os conteúdos a emitir num programa de discussão e debate feito para jovens. Falar de sexualidade, com certeza, mas sem entrar na linguagem popular grosseira. Ainda que seja a citação de um anúncio brasileiro, a letra da canção ultrapassa os limites da decência impostos a uma estação de rádio.
Contar anedotas de humor negro
Se o humor negro por si só exige um cuidado especial, dado que é altamente susceptível de ferir sensibilidades sociais, religiosas, culturais e de outras naturezas, a utilização deste tipo de cómico num programa de rádio pode virar-se contra o humorista. Rui Sinel de Cordes, humorista, foi também convidado do programa realizado pelo Fernando Alvim. Mais uma vez, o final do programa foi, no mínimo, de muito mau gosto. Não cansado de piadas, o entrevistado achou por bem contar uma anedota de humor negro que associava o cancro da mama à "fruta com caroço". Saliente-se que o programa, por ter sido transmitido no Dia da Liberdade, foi gravado, pelo que, à hora em que foi emitido, o realizador sabia perfeitamente da existência de uma intervenção pouco adequada por parte do entrevistado.
Como seria de esperar, a reacção de muitos ouvintes foi a de mostrar mais uma vez a sua indignação perante a tentativa frustrada de ridicularizar uma doença que traz muito sofrimento a milhares de portuguesas. Fernando Alvim pediu desculpa pelo sucedido ao Provedor e aos ouvintes, mas alegou que, em nome da liberdade de expressão, não houve qualquer censura ao programa.
O caso do Rui Sinel de Cordes, que também é escutável no sítio da RTP, não foi o primeiro, nem sequer o mais grave da história da rádio em Portugal. Se recuarmos quase 19 anos, recordamos a tragédia no Hospital Distrital de Évora, quando 25 pacientes da Unidade de Hemodiálise faleceram na sequência do excesso de alumínio na água da rede pública da cidade. Pouco tempo depois, em meados de 1993, o então Ministro do Ambiente do governo liderado por Cavaco Silva, Carlos Borrego, achou por bem contar uma anedota aos microfones de uma rádio local. O que pretendia ser uma piada sobre a situação em Évora falhou completamente o objectivo, criando uma onda de indignação e repreensão que alastrou ao próprio governo. Uma pequena anedota revelada numa simples rádio local propagou-se rapidamente a todo o país, obrigando à demissão do ministro e ao fim da carreira política desta personalidade.
Esquecer-se que o microfone está ligado
Outro erro cometido por vezes: falar para a plateia de um evento ou para os restantes intervenientes num programa de rádio, esquecendo-se que o microfone está ligado. Voltando à vida política, basta recordar a polémica relativamente recente protagonizada por Pedro Nuno Santos (então um dos vice-presidentes do grupo parlamentar do Partido Socialista), que, falando para os militantes locais do partido, terá afirmado que «(...)se estava a “marimbar para o banco alemão que emprestou dinheiro a Portugal nas condições em que emprestou (...)”»... Infelizmente, acreditando estar a falar apenas para os companheiros de partido reunidos no jantar de confraternização, esqueceu-se que a Paivense FM estava em directo do jantar, transmitindo o discurso deste dirigente. Como noutros casos, a notícia rapidamente chegou às rádios e restantes meios de comunicação social nacionais.
Talvez seja boa prática seguir o exemplo dos militares: assumir que a arma está sempre carregada. Neste caso, assumir que o microfone está sempre ligado e pronto a transmitir para centenas, milhares, porventura milhões de ouvintes que acompanham o evento através da rádio. Se há que confidenciar, é boa ideia certificar-se que o botão do aparelho está na posição OFF.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
domingo, abril 22, 2012
Rádio Sim já emite nos 100,8 MHz Maia:
A emissão da Rádio Sim já se ouve em melhores condições no Grande Porto, através dos 100,8 MHz Maia. Ao que parece, a mudança decorreu na manhã deste sábado (21/04), altura em que a Rádio 5 deixou de transmitir na frequência da Maia para dar lugar à estação sénior da emissora católica portuguesa.
A operação de alteração do projecto licenciado à frequência local maiata, que incluiu não só a modificação da tipologia, de rádio temática para generalista, mas também a alteração da designação de "Rádio 5 FM"para "Rádio Sim - Porto" foi, naturalmente, sujeita à aprovação da ERC.
De referir que, sendo uma frequência generalista, a nova Rádio Sim - Porto vai ter emissões locais diárias entre as 16h00 e as 0h00, à semelhança das restantes estações locais que retransmitem o quarto canal do grupo r/com. Também é de salientar que a Rádio Sim já era escutada (embora não nas melhores condições) na região da cidade Invicta através do emissor de Vila do Conde (88,6 MHz) e, na Onda Média, na frequência 1251 kHz do emissor da Serra de Santa Justa (Valongo). Neste último caso, tal como nos restantes emissores OM e nas antigas vozes regionais da RR em FM (exceptuando Elvas), a emissão nacional é retransmitida 24 horas por dia, não havendo lugar ao desdobramento de emissões no horário 16-00h.
Com esta aquisição, a Rádio Sim passa a ser sintonizada através das seguintes frequências:
Rádio Sim - rede nacional de emissores em Onda Média:
576 kHz 10 kW Braga + 594 kHz 60-80 kW Muge + 891 kHz 10 kW Vilamoura + 927 kHz 1 kW Évora + 963 kHz 10 kW Seixal + 981 kHz 10 kW Coimbra + 981 kHz 1 kW Bragança/ Guarda/ Vila Real + 1251 kHz 10 kW Valongo/Viseu + 1251 kHz 1 kW Castelo Branco / Chaves
Rádio Sim - rede de emissores em FM:
A operação de alteração do projecto licenciado à frequência local maiata, que incluiu não só a modificação da tipologia, de rádio temática para generalista, mas também a alteração da designação de "Rádio 5 FM"para "Rádio Sim - Porto" foi, naturalmente, sujeita à aprovação da ERC.
De referir que, sendo uma frequência generalista, a nova Rádio Sim - Porto vai ter emissões locais diárias entre as 16h00 e as 0h00, à semelhança das restantes estações locais que retransmitem o quarto canal do grupo r/com. Também é de salientar que a Rádio Sim já era escutada (embora não nas melhores condições) na região da cidade Invicta através do emissor de Vila do Conde (88,6 MHz) e, na Onda Média, na frequência 1251 kHz do emissor da Serra de Santa Justa (Valongo). Neste último caso, tal como nos restantes emissores OM e nas antigas vozes regionais da RR em FM (exceptuando Elvas), a emissão nacional é retransmitida 24 horas por dia, não havendo lugar ao desdobramento de emissões no horário 16-00h.
Com esta aquisição, a Rádio Sim passa a ser sintonizada através das seguintes frequências:
Rádio Sim - rede nacional de emissores em Onda Média:
576 kHz 10 kW Braga + 594 kHz 60-80 kW Muge + 891 kHz 10 kW Vilamoura + 927 kHz 1 kW Évora + 963 kHz 10 kW Seixal + 981 kHz 10 kW Coimbra + 981 kHz 1 kW Bragança/ Guarda/ Vila Real + 1251 kHz 10 kW Valongo/Viseu + 1251 kHz 1 kW Castelo Branco / Chaves
Rádio Sim - rede de emissores em FM:
- 88,6 MHz 2 kW - Vila do Conde(*)
- 92,6 MHz 1 kW + 99,5 MHz 0,05 kW Rio Maior (*)
- 95,1 MHz 2 kW Leiria
- 97,5 MHz 0,5 kW Portel (*)
- 99,8 MHz 1 kW + 102,3 MHz 0,1 kW Elvas (*)
- 101,1 MHz 10 kW Braga
- 102,2 MHz 2 kW Palmela (*)
- 103,6 MHz 1 kW Viseu
- 100,8 MHz 1,5 kW Maia (*)
(*) - Apresenta emissões locais no horário supramencionado. Nas restantes 16 horas do dia, retransmite a emissão nacional da Rádio Sim.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
domingo, abril 08, 2012
Instalações do Rádio Clube da Lourinhã assaltadas, vandalizadas e incendiadas!
Os estúdios do Rádio Clube da Lourinhã (99,0 MHz) foram assaltados, tendo os larápios agredido a funcionária que se encontrava nas instalações e de seguida incendiado a zona de entrada do edifício.
Solidarizando-me com a direcção do RCL, com os restantes profissionais da estação e em especial com a funcionária agredida, endereço o meu desejo que os gatunos bárbaros sejam identificados pelas autoridades policiais e devidamente encaminhados para a malha da Justiça portuguesa. Não basta as rádios (sobre)viverem, ainda têm de lidar com ladrões vândalos que destroem o trabalho levado a cabo com empenho pessoal pelos profissionais das estações...
Solidarizando-me com a direcção do RCL, com os restantes profissionais da estação e em especial com a funcionária agredida, endereço o meu desejo que os gatunos bárbaros sejam identificados pelas autoridades policiais e devidamente encaminhados para a malha da Justiça portuguesa. Não basta as rádios (sobre)viverem, ainda têm de lidar com ladrões vândalos que destroem o trabalho levado a cabo com empenho pessoal pelos profissionais das estações...
segunda-feira, abril 02, 2012
Rádio Renascença distinguida pelo Presidente da República:
Não é todos os dias que uma rádio celebra 75 anos de emissões regulares ininterruptas. Por isso, a Rádio Renascença deve merecer o maior respeito por todos os entusiastas da rádio portugueses.
Independentemente das crenças religiosas de cada um, há inevitavelmente que reconhecer que a RR marcou decisivamente a rádio em Portugal, aliando os seus princípios cristãos a uma programação generalista variada, onde a informação de qualidade não é descurada. Contrariamente à maioria das emissoras religiosas, a RR sempre foi e continua a ser uma rádio onde a fé católica convive lado a lado na grelha de programas com a informação, os programas desportivos (em especial, a "Bola Branca") , a música e os programas de entretenimento, sem esquecer o debate de ideias. Colocando música, palavra e oração no éter durante três quartos de século, a Renascença é uma estação cujo mérito é reconhecido pela generalidade dos ouvintes e dos profissionais do sector da comunicação social.
Aproveitando a efeméride, a Presidência da República decidiu atribuir o grau de Membro Honorário da Ordem do Mérito à emissora católica portuguesa, homenageando de uma forma justa os 75 anos de actividade da RR em prol da sociedade. A distinção será entregue pelo Presidente da República no próximo dia 9 de Abril, pelas 17 horas, no Palácio de Belém.
Não podendo deixar de referir que se trata da única rádio portuguesa que até agora foi agraciada com tamanha honra, recordo que a RR foi a única rádio nacional privada que preservou o seu nome durante 75 anos e que, por se tratar de uma estação detida pela Igreja Católica, protegida pela Concordata entre a Santa Sé e Portugal, foi também a única que resistiu à onda de nacionalizações ocorrida em 1975.
Da minha parte, não posso deixar de dar os parabéns à Rádio Renascença, apresentando votos de sucesso para o futuro. Também gostaria de agradecer a todos os profissionais que fizeram da RR o que é hoje a emissora católica portuguesa.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Independentemente das crenças religiosas de cada um, há inevitavelmente que reconhecer que a RR marcou decisivamente a rádio em Portugal, aliando os seus princípios cristãos a uma programação generalista variada, onde a informação de qualidade não é descurada. Contrariamente à maioria das emissoras religiosas, a RR sempre foi e continua a ser uma rádio onde a fé católica convive lado a lado na grelha de programas com a informação, os programas desportivos (em especial, a "Bola Branca") , a música e os programas de entretenimento, sem esquecer o debate de ideias. Colocando música, palavra e oração no éter durante três quartos de século, a Renascença é uma estação cujo mérito é reconhecido pela generalidade dos ouvintes e dos profissionais do sector da comunicação social.
Aproveitando a efeméride, a Presidência da República decidiu atribuir o grau de Membro Honorário da Ordem do Mérito à emissora católica portuguesa, homenageando de uma forma justa os 75 anos de actividade da RR em prol da sociedade. A distinção será entregue pelo Presidente da República no próximo dia 9 de Abril, pelas 17 horas, no Palácio de Belém.
Não podendo deixar de referir que se trata da única rádio portuguesa que até agora foi agraciada com tamanha honra, recordo que a RR foi a única rádio nacional privada que preservou o seu nome durante 75 anos e que, por se tratar de uma estação detida pela Igreja Católica, protegida pela Concordata entre a Santa Sé e Portugal, foi também a única que resistiu à onda de nacionalizações ocorrida em 1975.
Da minha parte, não posso deixar de dar os parabéns à Rádio Renascença, apresentando votos de sucesso para o futuro. Também gostaria de agradecer a todos os profissionais que fizeram da RR o que é hoje a emissora católica portuguesa.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
quarta-feira, março 21, 2012
Morreu José La Féria
Um dos maiores comunicadores da Rádio Sim acabou de nos deixar. José La Féria, realizador de rádio que nos últimos anos esteve à frente dos programas "Praça Central" e "Casa de Fados" na estação sénior do grupo r/com (comemorando recentemente os 40 anos de carreira), faleceu esta manhã vítima de doença súbita.
À família enlutada e a todos os amigos e profissionais da rádio que
trabalharam com o José La Féria, apresento as minhas condolências. Que descanse em paz.
Sem dúvida, uma grande perda não só para a r/com, mas também para toda a rádio em Portugal.
À família enlutada e a todos os amigos e profissionais da rádio que
trabalharam com o José La Féria, apresento as minhas condolências. Que descanse em paz.
Sem dúvida, uma grande perda não só para a r/com, mas também para toda a rádio em Portugal.
Emissores do CEOC vendidos?!
Uma notícia recente do jornal "Público" revela que os deputados do PS Inês de Medeiros, Paulo Pisco e Manuel Seabra enviaram um pedido formal de informações dirigido ao Ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, solicitando que este confirme as «informações que referem que está em fase de receber propostas para a venda do património do Centro Emissor de Onda Curta. » . Em bom português: a confirmar-se esta teoria, a administração da RTP, sob o alto patrocínio da tutela, prepara-se para liquidar o Centro Emissor de Onda Curta (CEOC), alienando o seu património ao desbarato.
Por outras palavras, os primorosos mandantes democraticamente eleitos pelo povo, os mesmos que sugerem aos portugueses insatisfeitos com a sua vida que emigrem, tomaram a atitude paradoxal de continuar a dificultar (ou até barrar) o acesso à estação de rádio internacional portuguesa por parte dos milhões de emigrantes portugueses espalhados pelo mundo e restantes lusófonos que reconhecem a importância da RDP Internacional. E como se tal não bastasse, ainda (alegadamente) têm o descaramento de prepararem a venda de equipamentos de milhões de euros, provavelmente sem terem em conta o interesse público e sem acautelarem os interesses do próprio Estado, oferecendo os emissores a preço de saldo. Como se na parca memória dos mesmíssimos políticos não coubesse a informação que a Onda Curta da RDPi precisa de emissores de radiodifusão preparados para as faixas de HF, por forma a assegurar as emissões aquando de uma eventual reactivação do serviço. Mais: para que conste, com ou sem emissores, as emissões em Onda Curta da rádio pública portuguesa só poderão ser definitivamente suspensas após a alteração do contrato de concessão do serviço público de radiodifusão. Qualquer outro enquadramento que não a "suspensão temporária" será, assim, ilegal.
Corolário: Antes de suspender definitivamente o CEOC, o governo terá, obrigatoriamente, de alterar a cláusula 2.ª do contrato de concessão do serviço público de rádio:
« (...)
Cláusula 2ª
(Âmbito)
A concessão do Serviço Público de Radiodifusão Sonora abrange todas as emissões de
cobertura nacional, regional e local, nas frequências actualmente autorizadas, ou que o
venham a ser, nomeadamente as emissões em DAB e, ainda, as emissões em onda curta e
por satélite, aqui designadas, no seu conjunto, por RDP INTERNACIONAL, bem como as
emissões de redifusão (satélite/FM) que constituem a RDP ÁFRICA. (...)»
in rtp.pt (sublinhados meus)
Admitindo-se a veracidade da situação relatada, que legitimidade terá o governo para manter uma "suspensão temporária" quando não estarão reunidas as condições para uma eventual a reactivação das emissões? Não haverá coragem política para mudar o contrato de concessão da RTP-rádio antes de proceder a um eventual negócio de alienação de infra-estruturas públicas que servem a emissora internacional portuguesa?
Muito sinceramente, espero que, a confirmarem-se os rumores, um responsável político com pejo, em nome da transparência e da confiança depositada nele pelos seus eleitores, tome a coragem de confessar publicamente o negócio, revelando os pormenores das negociações, não esquecendo a alteração legal referida. Caso contrário, os cidadãos portugueses legitimamente indignados com a "suspensão temporária" da RDPi reservam-se o direito de retirar a confiança política e institucional aos iluminados que, (mais uma vez, não estando oficialmente confirmado, continuo a utilizar o advérbio "alegadamente") estudam veladamente um negócio altamente ruinoso para o interesse público e que claramente prejudica a afirmação de Portugal no mundo!
Os mesmos cidadãos (onde me incluo), perguntar-se-ão: mas onde estão os estudos de viabilidade das emissões em OC da RDP Internacional? Que impacto teve a suspensão das emissões nas audiências da estação? Quantos ouvintes deixaram de poder ouvir a RDPi devido à incapacidade de utilizarem sistemas de recepção alternativos? Boas perguntas, certamente, às quais, infelizmente, também procuro uma resposta convincente do ministro Miguel Relvas e da administração da RTP...
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Por outras palavras, os primorosos mandantes democraticamente eleitos pelo povo, os mesmos que sugerem aos portugueses insatisfeitos com a sua vida que emigrem, tomaram a atitude paradoxal de continuar a dificultar (ou até barrar) o acesso à estação de rádio internacional portuguesa por parte dos milhões de emigrantes portugueses espalhados pelo mundo e restantes lusófonos que reconhecem a importância da RDP Internacional. E como se tal não bastasse, ainda (alegadamente) têm o descaramento de prepararem a venda de equipamentos de milhões de euros, provavelmente sem terem em conta o interesse público e sem acautelarem os interesses do próprio Estado, oferecendo os emissores a preço de saldo. Como se na parca memória dos mesmíssimos políticos não coubesse a informação que a Onda Curta da RDPi precisa de emissores de radiodifusão preparados para as faixas de HF, por forma a assegurar as emissões aquando de uma eventual reactivação do serviço. Mais: para que conste, com ou sem emissores, as emissões em Onda Curta da rádio pública portuguesa só poderão ser definitivamente suspensas após a alteração do contrato de concessão do serviço público de radiodifusão. Qualquer outro enquadramento que não a "suspensão temporária" será, assim, ilegal.
Corolário: Antes de suspender definitivamente o CEOC, o governo terá, obrigatoriamente, de alterar a cláusula 2.ª do contrato de concessão do serviço público de rádio:
« (...)
Cláusula 2ª
(Âmbito)
A concessão do Serviço Público de Radiodifusão Sonora abrange todas as emissões de
cobertura nacional, regional e local, nas frequências actualmente autorizadas, ou que o
venham a ser, nomeadamente as emissões em DAB e, ainda, as emissões em onda curta e
por satélite, aqui designadas, no seu conjunto, por RDP INTERNACIONAL, bem como as
emissões de redifusão (satélite/FM) que constituem a RDP ÁFRICA. (...)»
in rtp.pt (sublinhados meus)
Admitindo-se a veracidade da situação relatada, que legitimidade terá o governo para manter uma "suspensão temporária" quando não estarão reunidas as condições para uma eventual a reactivação das emissões? Não haverá coragem política para mudar o contrato de concessão da RTP-rádio antes de proceder a um eventual negócio de alienação de infra-estruturas públicas que servem a emissora internacional portuguesa?
Muito sinceramente, espero que, a confirmarem-se os rumores, um responsável político com pejo, em nome da transparência e da confiança depositada nele pelos seus eleitores, tome a coragem de confessar publicamente o negócio, revelando os pormenores das negociações, não esquecendo a alteração legal referida. Caso contrário, os cidadãos portugueses legitimamente indignados com a "suspensão temporária" da RDPi reservam-se o direito de retirar a confiança política e institucional aos iluminados que, (mais uma vez, não estando oficialmente confirmado, continuo a utilizar o advérbio "alegadamente") estudam veladamente um negócio altamente ruinoso para o interesse público e que claramente prejudica a afirmação de Portugal no mundo!
Os mesmos cidadãos (onde me incluo), perguntar-se-ão: mas onde estão os estudos de viabilidade das emissões em OC da RDP Internacional? Que impacto teve a suspensão das emissões nas audiências da estação? Quantos ouvintes deixaram de poder ouvir a RDPi devido à incapacidade de utilizarem sistemas de recepção alternativos? Boas perguntas, certamente, às quais, infelizmente, também procuro uma resposta convincente do ministro Miguel Relvas e da administração da RTP...
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
quinta-feira, março 08, 2012
"Mundo da Rádio" regressa ao ".com":
Informo todos os utilizadores do sítio "Mundo da Rádio" que, por força das circunstâncias, migrei as páginas principais do sítio para o endereço www.mundodaradio.com . Por razões técnicas, o "Fórum da Rádio" (Provisório) não poderá migrar para o domínio principal, pelo que este serviço manter-se-á no ".org".
Adianto que continuo efectuar diligências no sentido de instar o serviço de alojamento a reactivar o domínio ".org", de modo a restabelecer o funcionamento do Fórum.
Adianto que continuo efectuar diligências no sentido de instar o serviço de alojamento a reactivar o domínio ".org", de modo a restabelecer o funcionamento do Fórum.
terça-feira, março 06, 2012
"Mundo da Rádio" indisponível:
Devido a um problema técnico, o sítio "Mundo da Rádio" encontra-se temporariamente indisponível. Apesar de não assumir a responsabilidade directa do sucedido, apresento as minhas desculpas aos visitantes impedidos de consultar e participar no sítio. Estou a envidar todos os esforços possíveis para reactivá-lo assim que estejam reunidas as condições para o fazer.
Devido a um problema técnico, o sítio "Mundo da Rádio" encontra-se temporariamente indisponível. Apesar de não assumir a responsabilidade directa do sucedido, apresento as minhas desculpas aos visitantes impedidos de consultar e participar no sítio. Estou a envidar todos os esforços possíveis para reactivá-lo assim que estejam reunidas as condições para o fazer.
quarta-feira, fevereiro 29, 2012
«Tudo o que passa, passa [há 24 anos] na TSF»:
No dia 29 de Fevereiro de 1988, (re)nascia [já que a 1.ª emissão foi em 1984] uma rádio pirata nos 102,7 MHz de Lisboa. Uma rádio que mexeu com a informação radiofónica, que, apesar de já não viver os tempos áureos de outrora, continua decididamente a ser uma marca de confiança e reputação dos ouvintes portugueses.
De pirata a legal, de uma rádio local de Lisboa e Coimbra para toda a região Norte e Centro do país, mas também para parte do Alentejo e Algarve, a TSF tem o privilégio de apenas poder comemorar o verdadeiro aniversário de quatro em quatro anos, aproveitando a singularidade de ter arrancado num ano bissexto.
No dia em que a rádio que «passa tudo o que passa» comemora 24 anos, não podia deixar de relembrar esta efeméride, apresentando os meus votos de boa sorte e felicidade a todos os profissionais que, ao longo de 24 anos, passam (e passaram) pela estação. Gostaria especialmente de recordar os profissionais que já não se encontram entre nós, incluindo o António Jorge Branco, o Jorge Perestrelo, o Jorge Pena, não menosprezando outros que eventualmente não me esteja a recordar deles. Obrigado a todos os que sempre defenderam a "paixão da rádio", dando o seu melhor para elevar a qualidade do jornalismo radiofónico em Portugal!
Parabéns, TSF!
No dia 29 de Fevereiro de 1988, (re)nascia [já que a 1.ª emissão foi em 1984] uma rádio pirata nos 102,7 MHz de Lisboa. Uma rádio que mexeu com a informação radiofónica, que, apesar de já não viver os tempos áureos de outrora, continua decididamente a ser uma marca de confiança e reputação dos ouvintes portugueses.
De pirata a legal, de uma rádio local de Lisboa e Coimbra para toda a região Norte e Centro do país, mas também para parte do Alentejo e Algarve, a TSF tem o privilégio de apenas poder comemorar o verdadeiro aniversário de quatro em quatro anos, aproveitando a singularidade de ter arrancado num ano bissexto.
No dia em que a rádio que «passa tudo o que passa» comemora 24 anos, não podia deixar de relembrar esta efeméride, apresentando os meus votos de boa sorte e felicidade a todos os profissionais que, ao longo de 24 anos, passam (e passaram) pela estação. Gostaria especialmente de recordar os profissionais que já não se encontram entre nós, incluindo o António Jorge Branco, o Jorge Perestrelo, o Jorge Pena, não menosprezando outros que eventualmente não me esteja a recordar deles. Obrigado a todos os que sempre defenderam a "paixão da rádio", dando o seu melhor para elevar a qualidade do jornalismo radiofónico em Portugal!
Parabéns, TSF!
sexta-feira, fevereiro 10, 2012
88,4 MHz: NFM vs. "Portadora FM"?!
Que já houve de (quase) tudo na rádio em Portugal, não é novidade. Já recorrer ao empastelamento para prejudicar a emissão de uma rádio local, parece ser uma situação inédita.
O relato colocado num tópico do Fórum "Ondas da Rádio" denuncia um episódio situado entre o caricato e o insólito: como é sabido, a frequência 88,4 MHz de Espinho (deslocalizada para o Monte da Virgem), foi vendida ao Acácio Marinho (proprietário de outras estações). Todavia, a NFM/Rádio N do João Vinhas continua a emitir da sua torre no Monte da Virgem.
Reclamando para si o direito de antena, o Acácio Marinho terá, alegadamente, activado um emissor na torre da M80 (por onde originalmente a NFM saía, antes de recorrer a uma torre própria), que transmite apenas a portadora nos 88,4. O resultado, como se adivinha, é que o novo emissor está a empastelar a emissão da NFM/Rádio N, prejudicando a cobertura desta. Os últimos desenvolvimentos apontam para um sinal sonoro (semelhante ao áudio de uma mira técnica) a sair do emissor de espastelamento, que prejudicam a recepção d' "A rádio que toca" em algumas zonas do centro do Porto e nos locais com linha de vista para o Monte da Virgem.
Embora seja uma prática cuja legalidade deixa muitas interrogações, supõe-se que o objectivo da operação passe por pressionar o proprietário da Rádio N/NFM (J. Vinhas) a ceder o equipamento ao legítimo proprietário da frequência local do concelho de Espinho. Aguardam-se os desenvolvimentos desta alegada guerra radiofónica.
Que já houve de (quase) tudo na rádio em Portugal, não é novidade. Já recorrer ao empastelamento para prejudicar a emissão de uma rádio local, parece ser uma situação inédita.
O relato colocado num tópico do Fórum "Ondas da Rádio" denuncia um episódio situado entre o caricato e o insólito: como é sabido, a frequência 88,4 MHz de Espinho (deslocalizada para o Monte da Virgem), foi vendida ao Acácio Marinho (proprietário de outras estações). Todavia, a NFM/Rádio N do João Vinhas continua a emitir da sua torre no Monte da Virgem.
Reclamando para si o direito de antena, o Acácio Marinho terá, alegadamente, activado um emissor na torre da M80 (por onde originalmente a NFM saía, antes de recorrer a uma torre própria), que transmite apenas a portadora nos 88,4. O resultado, como se adivinha, é que o novo emissor está a empastelar a emissão da NFM/Rádio N, prejudicando a cobertura desta. Os últimos desenvolvimentos apontam para um sinal sonoro (semelhante ao áudio de uma mira técnica) a sair do emissor de espastelamento, que prejudicam a recepção d' "A rádio que toca" em algumas zonas do centro do Porto e nos locais com linha de vista para o Monte da Virgem.
Embora seja uma prática cuja legalidade deixa muitas interrogações, supõe-se que o objectivo da operação passe por pressionar o proprietário da Rádio N/NFM (J. Vinhas) a ceder o equipamento ao legítimo proprietário da frequência local do concelho de Espinho. Aguardam-se os desenvolvimentos desta alegada guerra radiofónica.
UNESCO declara 13 de Fevereiro como o Dia Mundial da Rádio:
A rádio tem razões para comemorar: com mais de 70 anos de existência, a actividade da radiodifusão passou a ter direito a um dia mundial. Na próxima segunda-feira, o mundo homenageia este meio de comunicação social , que nem a televisão ou a Internet foram capazes de o eclipsar. Pelo contrário, a rádio sabe adaptar-se a novos tempos e às respectivas mudanças tecnológicas.
Do Pólo Norte ao Pólo Sul, a rádio continua a ser o meio mais acessível e eficiente de espalhar notícias e entretenimento à população mundial: os jornais não chegam a todo o lado, a televisão nem sempre é acessível (por razões económicas e/ou tecnológicas), a Internet não está disponível em todo o lado. Todavia, basta a um cidadão comum adquirir um pequeno aparelho (que até pode ser alimentado por corda ou energia solar), para este acompanhar as últimas novidades da sua aldeia ou cidade, do seu país e de todo o mundo!
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
quarta-feira, janeiro 11, 2012
Smooth FM já emite para o Porto:
A Smooth FM já emite nos 89,5 MHz Matosinhos, substituindo a Best Rock FM. Esta alteração foi aprovada pela ERC no final do ano passado, pelo que a MCR começou hoje a oferecer a estação de música dos estilos smooth jazz, blues, soul e R&B aos ouvintes do Grande Porto.
Assim, a frequência de Matosinhos junta-se à rede de emissores da Smooth FM, que também conta com os 103,0 MHz Barreiro e os 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos.
A Smooth FM já emite nos 89,5 MHz Matosinhos, substituindo a Best Rock FM. Esta alteração foi aprovada pela ERC no final do ano passado, pelo que a MCR começou hoje a oferecer a estação de música dos estilos smooth jazz, blues, soul e R&B aos ouvintes do Grande Porto.
Assim, a frequência de Matosinhos junta-se à rede de emissores da Smooth FM, que também conta com os 103,0 MHz Barreiro e os 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos.
terça-feira, novembro 29, 2011
Rádio No Ar (106,4 MHz Viseu) retransmite a Rádio Sim:
A Rádio No Ar está a retransmitir a emissão da Rádio Sim. O blogue "Radialistas de Viseu" noticia que a estação viseense, que se encontra em processo de venda ao grupo r/com, transformou-se num retransmissor (para já, supérfluo) da Rádio Sim para a cidade de Viriato.
Independentemente do cenário traçado para o futuro da até agora Rádio No Ar, existe uma certeza: contrariamente ao que a notícia referida sugere, não é exequível a transmissão da Mega Hits nos 103,6 MHz Viseu. Não esquecer que a frequência em causa pertence oficialmente à rede nacional de emissores da Rádio Renascença, pelo que transmite a programação da Rádio Sim 24 horas por dia em paralelo com as restantes frequências FM das antigas vozes regionais da emissora católica portuguesa (Braga, Viseu, Leiria e Elvas) [para não falar da rede nacional em Onda Média e das rádios locais que retransmitem a Sim].
Ora, a Mega Hits não deixa de ser, para os devidos efeitos (legais) uma rádio local temática do concelho de Lisboa que quase "por acaso" é retransmitida por outras frequências temáticas espalhadas pelo país (as frequências de Sintra e Gondomar mudaram da categoria de generalista local para temática musical), pelo que, do ponto de vista legal, não pode ocupar a frequência atribuída a uma rede nacional de emissores que transmite a Rádio Renascença (embora alguns emissores estejam ocupados pela Sim).
Portanto, parece-me evidente que restam duas hipóteses: ou a RR regressa aos 103,6 MHz e a Sim passa para os 106,4 MHz, ou a Mega Hits vai brevemente ocupar a frequência da Rádio No Ar, mantendo-se a Sim nos 103,6 MHz.
A Rádio No Ar está a retransmitir a emissão da Rádio Sim. O blogue "Radialistas de Viseu" noticia que a estação viseense, que se encontra em processo de venda ao grupo r/com, transformou-se num retransmissor (para já, supérfluo) da Rádio Sim para a cidade de Viriato.
Independentemente do cenário traçado para o futuro da até agora Rádio No Ar, existe uma certeza: contrariamente ao que a notícia referida sugere, não é exequível a transmissão da Mega Hits nos 103,6 MHz Viseu. Não esquecer que a frequência em causa pertence oficialmente à rede nacional de emissores da Rádio Renascença, pelo que transmite a programação da Rádio Sim 24 horas por dia em paralelo com as restantes frequências FM das antigas vozes regionais da emissora católica portuguesa (Braga, Viseu, Leiria e Elvas) [para não falar da rede nacional em Onda Média e das rádios locais que retransmitem a Sim].
Ora, a Mega Hits não deixa de ser, para os devidos efeitos (legais) uma rádio local temática do concelho de Lisboa que quase "por acaso" é retransmitida por outras frequências temáticas espalhadas pelo país (as frequências de Sintra e Gondomar mudaram da categoria de generalista local para temática musical), pelo que, do ponto de vista legal, não pode ocupar a frequência atribuída a uma rede nacional de emissores que transmite a Rádio Renascença (embora alguns emissores estejam ocupados pela Sim).
Portanto, parece-me evidente que restam duas hipóteses: ou a RR regressa aos 103,6 MHz e a Sim passa para os 106,4 MHz, ou a Mega Hits vai brevemente ocupar a frequência da Rádio No Ar, mantendo-se a Sim nos 103,6 MHz.
Antena 2 tem nova frequência nos Açores: 92,9 Cabeço Verde (Faial)
A Antena 2 acabou de lançar mais uma frequência na Região Autónoma dos Açores. Segundo o relato do utilizador "TMG", no "Fórum da Rádio", o novo emissor do 2.º canal da rádio pública opera nos 92,9 MHz a partir do Cabeço Verde (ilha do Faial) e serve a zona ocidental do concelho da Horta (e por inerência, da ilha, já que este concelho ocupa toda a superfície da mesma). A nova frequência, que partilha as estruturas de emissão com a frequência da Antena 1 (98,1 MHz) terá 1 kW de potência.
A Antena 2 acabou de lançar mais uma frequência na Região Autónoma dos Açores. Segundo o relato do utilizador "TMG", no "Fórum da Rádio", o novo emissor do 2.º canal da rádio pública opera nos 92,9 MHz a partir do Cabeço Verde (ilha do Faial) e serve a zona ocidental do concelho da Horta (e por inerência, da ilha, já que este concelho ocupa toda a superfície da mesma). A nova frequência, que partilha as estruturas de emissão com a frequência da Antena 1 (98,1 MHz) terá 1 kW de potência.
sexta-feira, novembro 25, 2011
Rádio Renascença compra Rádio No Ar (106,4 MHz Viseu):
A Rádio Renascença, Lda. , empresa detentora da emissora católica portuguesa comprou a Rádio No Ar (106,4 MHz Viseu). O negócio já foi consentido pela nova administração da ERC, que autorizou a cessão do serviço de programas "No Ar", bem como a respectiva licença, a favor da RR.
Tudo indica que o objectivo da transferência de propriedade e controlo passe pela implantação de um emissor da Mega Hits na cidade de Viriato. A confirmar-se, Viseu passará a ser servida pelas quatro rádios do grupo r/com. A RR emite nos 93,8 MHz Pico da Pena (Vouzela) + 106,0 Lousã; a RFM é servida nos 99,4 MHz Viseu, 95,0 MHz Pico da Pena e 91,7 MHz Lousã. A Rádio Sim emite nos 103,6 MHz Viseu e a Mega Hits passará a ser escutada nos 106,4 MHz.
A Rádio Renascença, Lda. , empresa detentora da emissora católica portuguesa comprou a Rádio No Ar (106,4 MHz Viseu). O negócio já foi consentido pela nova administração da ERC, que autorizou a cessão do serviço de programas "No Ar", bem como a respectiva licença, a favor da RR.
Tudo indica que o objectivo da transferência de propriedade e controlo passe pela implantação de um emissor da Mega Hits na cidade de Viriato. A confirmar-se, Viseu passará a ser servida pelas quatro rádios do grupo r/com. A RR emite nos 93,8 MHz Pico da Pena (Vouzela) + 106,0 Lousã; a RFM é servida nos 99,4 MHz Viseu, 95,0 MHz Pico da Pena e 91,7 MHz Lousã. A Rádio Sim emite nos 103,6 MHz Viseu e a Mega Hits passará a ser escutada nos 106,4 MHz.
sábado, novembro 19, 2011
Serviço público de rádio e televisão: que futuro?
Na passada segunda-feira, dia 14, o país ficou a conhecer as propostas para o serviço público defendidas pelo grupo de trabalho organizado para o efeito e liderado pelo economista João Duque. Depois de três demissões no grupo, os restantes membros assinaram o relatório, que se encontra disponível na Internet e apresenta as seguintes ideias-chave para a reestruração do serviço público:
Na passada segunda-feira, dia 14, o país ficou a conhecer as propostas para o serviço público defendidas pelo grupo de trabalho organizado para o efeito e liderado pelo economista João Duque. Depois de três demissões no grupo, os restantes membros assinaram o relatório, que se encontra disponível na Internet e apresenta as seguintes ideias-chave para a reestruração do serviço público:
- Fechar a RTP Informação e RTP Memória; fundir a RTP África com a RTP Internacional. Extinguir a RTP Madeira e RTP Açores.
- Manter um serviço público de rádio com 2 canais, um com uma forte aposta na língua portuguesa, mormente através da passagem de música portuguesa; o outro canal deverá passar música mais erudita, não só portuguesa, como também de orquestras internacionais;
- Extinguir a ERC, passando as suas competências burocráticas e administrativas para outras instituições do Estado; os meios de comunicação social passariam a auto-regular-se. A existirem conflitos, estes deverão ser resolvidos em tribunal.
- A privatizar-se um canal da RTP, manter o canal de serviço público sem publicidade.
- Por último, a questão mais polémica: reduzir a informação nos canais da RTP ao mínimo indispensável, evitando a presença de comentadores políticos ou outros nos espaços noticiosos da rádio e televisão públicas.
Se me permitem a opinião pessoal em relação às ideias defendidas pelo grupo de trabalho:
1) Acabar com a RTP Informação e RTP Memória? Não. A meu ver, estas devem ser mantidas como elementos vitais do serviço público de televisão. Atrever-me-ia a exigir aos nossos governantes que democratizem o acesso a estes canais, lançando as bases legais para a transmissão dos mesmos na TDT. Se é serviço público, então todos os cidadãos, mesmo os que não têm televisão por cabo ou satélite, devem ter direito a assistir a todos os canais que compõem o serviço público de rádio e televisão.
2) Fundir a RTP África com a RDPi: sim, desde que seja feito um desdobramento da programação em certo(s) horários. Isto é, a RTPi Europa, RTPi América e RTPi Ásia apresentariam uma programação diferente da RTPi África durante algumas horas por dia. Nos restante horários, a programação seria idêntica em todos os serviços, embora, naturalmente, os horários pudessem reflectir os fusos horários.
3) Extinguir a ERC? Se a ideia da auto-regulação por si não é necessariamente má, o Estado pode e deve reservar-se ao direito de regular o sector dos media, por forma a garantir os direitos, liberdades e garantias das empresas de comunicação social, dos seus funcionários e do público em geral, que acede aos meios de comunicação social. Por outro lado, se estivéssemos noutro país a ideia de arbitrar conflitos em tribunal poderia ser muito boa ideia, a Justiça em Portugal não só é lenta e cara, como tem imensos problemas. Sobrecarregar os tribunais com conflitos que facilmente seriam julgados numa entidade reguladora não me parece uma hipótese razoável. Aliás, até países como os Estados Unidos, onde até os casos mais estapafúrdios são mediados judicialmente, têm as suas entidades reguladoras da comunicação social. Creio que nem o erário público nem os media, e muito menos os consumidores ficavam a beneficiar com a transferência das competências da ERC.
4) Informação na RTP: Sim, defendo uma informação isenta, plural e de qualidade. Mas que seja regular na grelha dos diversos canais da RTP (tv e rádio). A meu ver, a informação deve ser concisa e eficiente, mas respeitando sempre as melhores práticas jornalísticas e colocando o serviço público acima de interesses políticos, comerciais, ou outros.
5) Converter a empresa RTP numa instituição sem fins lucrativos? Talvez. Depois de ter as contas regularizadas, a RTP deve ser financiada exclusivamente por dinheiros públicos e pelos contribuintes, sem interesses comerciais.
6) Nota em relação à Antena 3:
Sou contra a alienação da Antena 3, considerando que se trata de uma rádio pública que, não só deve estar orientada para um público jovem que não se revê na Antena 1 ou Antena 2, como também promove música portuguesa de qualidade. Uma rádio que mistura a vertente mais comercial com as produções musicais mais alternativas, faz todo o sentido no contexto do serviço público de rádio. A Antena 3 peca por certos e determinados "vícios", mas continua a ser a única rádio nacional onde não se ouve apenas "coisas" como Coldplay, Adele ou Áurea, mas também projectos como peixe:avião, Linda Martini, doismileoito ou Mundo Cão. Que outra rádio com cobertura nacional passa Arcade Fire, M83 ou Radiohead?
Se muita coisa devia mudar na Antena 3? Sim, mas, volto a insistir, que outra rádio nacional dá tanta importância a novos projectos de música portuguesa e internacional mais alternativa? Que outra estação tem uma "Prova Oral", com uma elevada participação dos ouvintes?
Não obstante (repito) estar contra uma eventual privatização da Antena 3, julgo que, a concretizar-se tal operação, a Antena 1 devia passar a transmitir exclusivamente música portuguesa (exceptuando um ou outro programa de autor). Seria uma rádio que passava tanto Fado, como música pop/rock, como música mais popular, sem esquecer a música mais alternativa. Digamos que tanto passava Carlos do Carmo como Linda Martini - uma mistura da actual "playlist" da 1 com a "playlist" da Antena 3.
Poucas horas e poucos dias depois da apresentação do relatório, as reacções não se fizeram esperar: o próprio ministro Miguel Relvas admite discordar de alguns pontos do relatório. O Sindicato dos Jornalistas diz que o relatório é ofensivo para os jornalistas. O governo dos Açores também contesta a ideia de acabar com os canais regionais. Com mais ou menos ironia, vários comentadores criticam as propostas constantes no documento; a proposta de colocar o Ministério dos Negócios Estrangeiros a controlar a informação da RTP Internacional "a bem da Nação" é uma ideia rejeitada por muitos. Até o Ministro que tutela a diplomacia portuguesa está contra tal hipótese. Ironia do destino: o MNE é liderado por um antigo jornalista. Paulo Portas repudia qualquer intromissão política do MNE na informação da RTPi.
A proposta de controlar a informação da RTP Internacional não deixa de ser polémica. Se a expressão "a bem da Nação" recorda tempos cinzentos do jornalismo e da liberdade em Portugal, a possibilidade de colocar o MNE a tomar decisões a respeito das notícias transmitidas no canal internacional da RTP poderia levar à tentação de realizar um "exame prévio" antes da transmissão dos espaços noticiosos. Algo que, infelizmente, seria sempre associado ao "lápis azul" de outros tempos.
A meu ver, a escolha de João Duque para liderar o processo foi muito infeliz. Seria como se me convidassem para estar à frente de um grupo de trabalho sobre Física Quântica. Nos dois casos, estariam pessoas que não dominavam o assunto em questão e que muito provavelmente diriam disparates. Se há que dar trabalho ao Duque, sugiro que o coloquem em grupos de trabalho sobre Economia, onde, creio, poderá ser muito útil. Quem devia presidir a um grupo que estuda serviço público de rádio e televisão deveria ser uma pessoa de reconhecido mérito profissional, isenta e que desse provas do conhecimento da estrutura e funcionamento dos meios de comunicação social.
- Manter um serviço público de rádio com 2 canais, um com uma forte aposta na língua portuguesa, mormente através da passagem de música portuguesa; o outro canal deverá passar música mais erudita, não só portuguesa, como também de orquestras internacionais;
- Extinguir a ERC, passando as suas competências burocráticas e administrativas para outras instituições do Estado; os meios de comunicação social passariam a auto-regular-se. A existirem conflitos, estes deverão ser resolvidos em tribunal.
- A privatizar-se um canal da RTP, manter o canal de serviço público sem publicidade.
- Por último, a questão mais polémica: reduzir a informação nos canais da RTP ao mínimo indispensável, evitando a presença de comentadores políticos ou outros nos espaços noticiosos da rádio e televisão públicas.
Se me permitem a opinião pessoal em relação às ideias defendidas pelo grupo de trabalho:
1) Acabar com a RTP Informação e RTP Memória? Não. A meu ver, estas devem ser mantidas como elementos vitais do serviço público de televisão. Atrever-me-ia a exigir aos nossos governantes que democratizem o acesso a estes canais, lançando as bases legais para a transmissão dos mesmos na TDT. Se é serviço público, então todos os cidadãos, mesmo os que não têm televisão por cabo ou satélite, devem ter direito a assistir a todos os canais que compõem o serviço público de rádio e televisão.
2) Fundir a RTP África com a RDPi: sim, desde que seja feito um desdobramento da programação em certo(s) horários. Isto é, a RTPi Europa, RTPi América e RTPi Ásia apresentariam uma programação diferente da RTPi África durante algumas horas por dia. Nos restante horários, a programação seria idêntica em todos os serviços, embora, naturalmente, os horários pudessem reflectir os fusos horários.
3) Extinguir a ERC? Se a ideia da auto-regulação por si não é necessariamente má, o Estado pode e deve reservar-se ao direito de regular o sector dos media, por forma a garantir os direitos, liberdades e garantias das empresas de comunicação social, dos seus funcionários e do público em geral, que acede aos meios de comunicação social. Por outro lado, se estivéssemos noutro país a ideia de arbitrar conflitos em tribunal poderia ser muito boa ideia, a Justiça em Portugal não só é lenta e cara, como tem imensos problemas. Sobrecarregar os tribunais com conflitos que facilmente seriam julgados numa entidade reguladora não me parece uma hipótese razoável. Aliás, até países como os Estados Unidos, onde até os casos mais estapafúrdios são mediados judicialmente, têm as suas entidades reguladoras da comunicação social. Creio que nem o erário público nem os media, e muito menos os consumidores ficavam a beneficiar com a transferência das competências da ERC.
4) Informação na RTP: Sim, defendo uma informação isenta, plural e de qualidade. Mas que seja regular na grelha dos diversos canais da RTP (tv e rádio). A meu ver, a informação deve ser concisa e eficiente, mas respeitando sempre as melhores práticas jornalísticas e colocando o serviço público acima de interesses políticos, comerciais, ou outros.
5) Converter a empresa RTP numa instituição sem fins lucrativos? Talvez. Depois de ter as contas regularizadas, a RTP deve ser financiada exclusivamente por dinheiros públicos e pelos contribuintes, sem interesses comerciais.
6) Nota em relação à Antena 3:
Sou contra a alienação da Antena 3, considerando que se trata de uma rádio pública que, não só deve estar orientada para um público jovem que não se revê na Antena 1 ou Antena 2, como também promove música portuguesa de qualidade. Uma rádio que mistura a vertente mais comercial com as produções musicais mais alternativas, faz todo o sentido no contexto do serviço público de rádio. A Antena 3 peca por certos e determinados "vícios", mas continua a ser a única rádio nacional onde não se ouve apenas "coisas" como Coldplay, Adele ou Áurea, mas também projectos como peixe:avião, Linda Martini, doismileoito ou Mundo Cão. Que outra rádio com cobertura nacional passa Arcade Fire, M83 ou Radiohead?
Se muita coisa devia mudar na Antena 3? Sim, mas, volto a insistir, que outra rádio nacional dá tanta importância a novos projectos de música portuguesa e internacional mais alternativa? Que outra estação tem uma "Prova Oral", com uma elevada participação dos ouvintes?
Não obstante (repito) estar contra uma eventual privatização da Antena 3, julgo que, a concretizar-se tal operação, a Antena 1 devia passar a transmitir exclusivamente música portuguesa (exceptuando um ou outro programa de autor). Seria uma rádio que passava tanto Fado, como música pop/rock, como música mais popular, sem esquecer a música mais alternativa. Digamos que tanto passava Carlos do Carmo como Linda Martini - uma mistura da actual "playlist" da 1 com a "playlist" da Antena 3.
Poucas horas e poucos dias depois da apresentação do relatório, as reacções não se fizeram esperar: o próprio ministro Miguel Relvas admite discordar de alguns pontos do relatório. O Sindicato dos Jornalistas diz que o relatório é ofensivo para os jornalistas. O governo dos Açores também contesta a ideia de acabar com os canais regionais. Com mais ou menos ironia, vários comentadores criticam as propostas constantes no documento; a proposta de colocar o Ministério dos Negócios Estrangeiros a controlar a informação da RTP Internacional "a bem da Nação" é uma ideia rejeitada por muitos. Até o Ministro que tutela a diplomacia portuguesa está contra tal hipótese. Ironia do destino: o MNE é liderado por um antigo jornalista. Paulo Portas repudia qualquer intromissão política do MNE na informação da RTPi.
A proposta de controlar a informação da RTP Internacional não deixa de ser polémica. Se a expressão "a bem da Nação" recorda tempos cinzentos do jornalismo e da liberdade em Portugal, a possibilidade de colocar o MNE a tomar decisões a respeito das notícias transmitidas no canal internacional da RTP poderia levar à tentação de realizar um "exame prévio" antes da transmissão dos espaços noticiosos. Algo que, infelizmente, seria sempre associado ao "lápis azul" de outros tempos.
A meu ver, a escolha de João Duque para liderar o processo foi muito infeliz. Seria como se me convidassem para estar à frente de um grupo de trabalho sobre Física Quântica. Nos dois casos, estariam pessoas que não dominavam o assunto em questão e que muito provavelmente diriam disparates. Se há que dar trabalho ao Duque, sugiro que o coloquem em grupos de trabalho sobre Economia, onde, creio, poderá ser muito útil. Quem devia presidir a um grupo que estuda serviço público de rádio e televisão deveria ser uma pessoa de reconhecido mérito profissional, isenta e que desse provas do conhecimento da estrutura e funcionamento dos meios de comunicação social.
domingo, outubro 30, 2011
Rádio Comercial ganha mais uma frequência: 88,7 MHz Valongo
Depois de Aveiro, Viseu, Vouzela e Esposende, é a vez de Valongo ganhar uma frequência experimental da Rádio Comercial, que passou a transmitir também nos 88,7 MHz a partir da Serra de Santa Justa (Valongo). Segundo o utilizador "TMG", que relatou esta novidade no "Fórum da Rádio", a nova frequência deverá, muito provavelmente, estar a utilizar a torre e as estruturas do antigo emissor da Rádio Comercial (97,7 MHz) que foi deslocalizado para o Monte da Virgem há mais de um ano.
Desconhece-se a potência do novo emissor, mas sabe-se que o sinal é ainda audível no Porto e em Vila Nova de Gaia... apesar de ser difícil calcular a cobertura real do mesmo, já que partilha a frequência (88,7) com Lamego. Havendo dois emissores a operar na mesma frequência e audíveis em certa região, torna-se difícil descortinar qual é qual.
Depois de Aveiro, Viseu, Vouzela e Esposende, é a vez de Valongo ganhar uma frequência experimental da Rádio Comercial, que passou a transmitir também nos 88,7 MHz a partir da Serra de Santa Justa (Valongo). Segundo o utilizador "TMG", que relatou esta novidade no "Fórum da Rádio", a nova frequência deverá, muito provavelmente, estar a utilizar a torre e as estruturas do antigo emissor da Rádio Comercial (97,7 MHz) que foi deslocalizado para o Monte da Virgem há mais de um ano.
Desconhece-se a potência do novo emissor, mas sabe-se que o sinal é ainda audível no Porto e em Vila Nova de Gaia... apesar de ser difícil calcular a cobertura real do mesmo, já que partilha a frequência (88,7) com Lamego. Havendo dois emissores a operar na mesma frequência e audíveis em certa região, torna-se difícil descortinar qual é qual.
Centro emissor de Sines da Deutsche Welle: o fim...
O ano de 2011 candidata-se seriamente a ser conhecido como o ano em que a Onda Curta morreu de vez em Portugal! Como se não bastasse a vergonhosa "suspensão temporária" das emissões da RDPi nesta faixa, o centro emissor de Sines da DW termina definitivamente a sua actividade a partir do momento em que entra em vigor o período B11 (de 30 Outubro de 2011 até ao final de Março de 2012).
Durante 40 anos, a Deutsche Welle foi retransmitida para a Europa através de Sines. Como contrapartida pela instalação de um centro emissor de Portugal, fixada pelo governo português, a DW transmitia também a RDPi para a Europa, inclusivamente durante a "suspensão temporária" das emissões em OC através do CEOC; também é de referir que, de forma a rentabilizar os emissores, a DW sempre alugou tempo de emissão a outras emissoras internacionais, como a BBC, a R. Netherlands, a NHK (Japão), entre outras. Outrora, até a Rádio Renascença alugou uma frequência para a Europa.
Com a queda dos regimes comunistas na Europa de Leste, o emissor de Sines arriscava-se a perder a sua importância, mas a DW decidiu rentabilizá-lo, equipando as instalações de Sines com novas antenas rotativas, que permitem(iam) emitir em qualquer azimute, atingindo qualquer ponto do globo terrestre. Esta remodelação do parque de antenas assegurou a viabilidade do emissor durante os últimos anos, que passou a transmitir a DW para a América e África.
No final dos ano 90, a DW começou a realizar as primeiras emissões em modo digital DRM (Digital Radio Mondiale), a partir de Sines.
Para os entusiastas da OC, vale a pena ouvir este programa do serviço em português da DW, que conta a história do emissor de Sines, com relatos na 1.ª pessoa de funcionários da ProFunk GmbH, a empresa que gere as infra-estruturas da Onda Alemã em Sines.
O ano de 2011 candidata-se seriamente a ser conhecido como o ano em que a Onda Curta morreu de vez em Portugal! Como se não bastasse a vergonhosa "suspensão temporária" das emissões da RDPi nesta faixa, o centro emissor de Sines da DW termina definitivamente a sua actividade a partir do momento em que entra em vigor o período B11 (de 30 Outubro de 2011 até ao final de Março de 2012).
Durante 40 anos, a Deutsche Welle foi retransmitida para a Europa através de Sines. Como contrapartida pela instalação de um centro emissor de Portugal, fixada pelo governo português, a DW transmitia também a RDPi para a Europa, inclusivamente durante a "suspensão temporária" das emissões em OC através do CEOC; também é de referir que, de forma a rentabilizar os emissores, a DW sempre alugou tempo de emissão a outras emissoras internacionais, como a BBC, a R. Netherlands, a NHK (Japão), entre outras. Outrora, até a Rádio Renascença alugou uma frequência para a Europa.
Com a queda dos regimes comunistas na Europa de Leste, o emissor de Sines arriscava-se a perder a sua importância, mas a DW decidiu rentabilizá-lo, equipando as instalações de Sines com novas antenas rotativas, que permitem(iam) emitir em qualquer azimute, atingindo qualquer ponto do globo terrestre. Esta remodelação do parque de antenas assegurou a viabilidade do emissor durante os últimos anos, que passou a transmitir a DW para a América e África.
No final dos ano 90, a DW começou a realizar as primeiras emissões em modo digital DRM (Digital Radio Mondiale), a partir de Sines.
Para os entusiastas da OC, vale a pena ouvir este programa do serviço em português da DW, que conta a história do emissor de Sines, com relatos na 1.ª pessoa de funcionários da ProFunk GmbH, a empresa que gere as infra-estruturas da Onda Alemã em Sines.
segunda-feira, outubro 03, 2011
Rádio Renascença adquire Rádio 5 (100,8 MHz Maia):
A Rádio 5 / Romântica FM (100,8 MHz Maia - distrito do Porto) acaba de ser vendida. A ERC já deu o aval à alteração do domínio do operador Moviface - Meios Publicitários, Lda.", detentor do alvará da estação maiata a favor da Rádio Renascença, Lda. , empresa proprietária da emissora católica portuguesa. Com esta operação, a RR passará a controlar a totalidade do capital social da estação local do concelho da Maia.
Sem querer especular, é provável que o intuito da aquisição passe pelo reforço da cobertura da Rádio Sim na região do Grande Porto.
A Rádio 5 / Romântica FM (100,8 MHz Maia - distrito do Porto) acaba de ser vendida. A ERC já deu o aval à alteração do domínio do operador Moviface - Meios Publicitários, Lda.", detentor do alvará da estação maiata a favor da Rádio Renascença, Lda. , empresa proprietária da emissora católica portuguesa. Com esta operação, a RR passará a controlar a totalidade do capital social da estação local do concelho da Maia.
Sem querer especular, é provável que o intuito da aquisição passe pelo reforço da cobertura da Rádio Sim na região do Grande Porto.
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Rádio 5
segunda-feira, setembro 26, 2011
Porto vai ter duas rádios temporárias:
Parece que o éter na cidade invicta vai estar bem animado nos próximos tempos! A cidade do Porto vai poder ouvir duas rádios temporárias: a Rádio Futura e a Rádio Manobras:
- A Rádio Futura regressa ao éter por ocasião do festival Future Places , que decorrerá entre os dias 19 e 22 de Outubro. Tal como as edições anteriores, a Rádio Futura vai estar a cargo da Rádio Zero e vai emitir do coração da cidade invicta nos 102,1 MHz.
- A Rádio Manobras deverá emitir entre os dias 28 de Setembro e 2 de Outubro (datas não confirmadas), na frequência 91,5 MHz. Esta estação está associada ao projecto Manobras, que visa dinamizar o centro histórico do Porto.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Parece que o éter na cidade invicta vai estar bem animado nos próximos tempos! A cidade do Porto vai poder ouvir duas rádios temporárias: a Rádio Futura e a Rádio Manobras:
- A Rádio Futura regressa ao éter por ocasião do festival Future Places , que decorrerá entre os dias 19 e 22 de Outubro. Tal como as edições anteriores, a Rádio Futura vai estar a cargo da Rádio Zero e vai emitir do coração da cidade invicta nos 102,1 MHz.
- A Rádio Manobras deverá emitir entre os dias 28 de Setembro e 2 de Outubro (datas não confirmadas), na frequência 91,5 MHz. Esta estação está associada ao projecto Manobras, que visa dinamizar o centro histórico do Porto.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
quinta-feira, setembro 22, 2011
Rádio Nostalgia - 90,4 Lisboa + 91,0 MHz Matosinhos:
A Rádio Nostalgia arrancou ontem nos 90,4 MHz Lisboa e 91,0 MHz Matosinhos. Segundo os relatos divulgados num tópico do "Fórum Ondas da Rádio", as duas frequências já operam com RDS "NSTALGIA" e estarão a ser alvo de optimizações. Aparentemente, o emissor da ex-Rádio Clube de Matosinhos (91,0 MHz) terá sido deslocalizado, muito provavelmente para o Monte da Virgem, tendo melhorado o sinal na cidade do Porto e na região Norte. É expectável que o emissor partilhe a torre com a Rádio Nova Era (101,3) e a Rádio SWtmn (102,7 MHz), a avaliar pelas falhas nas emissões que serão o resultado das mexidas na estrutura de emissão da Nostalgia.
A "nova" Rádio Nostalgia já tem um sítio activo em http://www.nostalgia.pt/ , não obstante se resumir ao logótipo da estação. Recorde-se que a Rádio Nostalgia está a ser (re)lançada no mercado português pelas mãos da "Música no Coração", empresa de Luís Montez, que terá investido 3 milhões de euros no projecto, que funciona em regime de franchising da estação gaulesa "Radio Nostalgie".
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
A Rádio Nostalgia arrancou ontem nos 90,4 MHz Lisboa e 91,0 MHz Matosinhos. Segundo os relatos divulgados num tópico do "Fórum Ondas da Rádio", as duas frequências já operam com RDS "NSTALGIA" e estarão a ser alvo de optimizações. Aparentemente, o emissor da ex-Rádio Clube de Matosinhos (91,0 MHz) terá sido deslocalizado, muito provavelmente para o Monte da Virgem, tendo melhorado o sinal na cidade do Porto e na região Norte. É expectável que o emissor partilhe a torre com a Rádio Nova Era (101,3) e a Rádio SWtmn (102,7 MHz), a avaliar pelas falhas nas emissões que serão o resultado das mexidas na estrutura de emissão da Nostalgia.
A "nova" Rádio Nostalgia já tem um sítio activo em http://www.nostalgia.pt/ , não obstante se resumir ao logótipo da estação. Recorde-se que a Rádio Nostalgia está a ser (re)lançada no mercado português pelas mãos da "Música no Coração", empresa de Luís Montez, que terá investido 3 milhões de euros no projecto, que funciona em regime de franchising da estação gaulesa "Radio Nostalgie".
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Smooth FM: 103,0 Barreiro (Lisboa) e 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (região Centro)
Prometido e cumprido: a Smooth FM arrancou hoje às 18h30 nas frequências 103,0 MHz Barreiro e 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos. A nova estação da MCR teve direito a uma inauguração com emissão em directo do Sky Bar, no Hotel Tivoli de Lisboa. Ao que parece, a Smooth FM não se limita a ser mais uma rádio totalmente automatizada pelo Dalet, tendo alguma animação em antena.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
Prometido e cumprido: a Smooth FM arrancou hoje às 18h30 nas frequências 103,0 MHz Barreiro e 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos. A nova estação da MCR teve direito a uma inauguração com emissão em directo do Sky Bar, no Hotel Tivoli de Lisboa. Ao que parece, a Smooth FM não se limita a ser mais uma rádio totalmente automatizada pelo Dalet, tendo alguma animação em antena.
**Este texto não foi escrito ao abrigo do "Acordo" Ortográfico**
segunda-feira, setembro 19, 2011
Smooth FM arranca na quarta-feira, dia 21:
A Smooth FM vai estar no ar a partir das 18h30 da próxima quarta-feira, dia 21 de Setembro. O sítio TVI 24 confirma também que a nova estação da MCR orientada para o jazz emitirá nos 103,0 MHz Barreiro (substituindo a Mix FM ) e nos 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (ocupados até agora pela Romântica FM).
Aparentemente, a ERC ainda não se terá pronunciado a respeito da alteração do projecto aprovado para os 89,5 MHz Matosinhos (Best Rock FM), frequência também reservada para a Smooth FM. Assim, e pela primeira vez na história recente da Média Capital Rádios, um projecto radiofónico arranca oficialmente na região de Lisboa e no Centro do país, mas não no Grande Porto. Entretanto, as frequências 101,1 MHz Moita e 89,5 Matosinhos continuam a transmitir uma Best Rock FM completamente automatizada, com uma "playlist" muito repetitiva, como que a aguardar um novo projecto que substitua a rádio rock.
A Smooth FM vai estar no ar a partir das 18h30 da próxima quarta-feira, dia 21 de Setembro. O sítio TVI 24 confirma também que a nova estação da MCR orientada para o jazz emitirá nos 103,0 MHz Barreiro (substituindo a Mix FM ) e nos 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (ocupados até agora pela Romântica FM).
Aparentemente, a ERC ainda não se terá pronunciado a respeito da alteração do projecto aprovado para os 89,5 MHz Matosinhos (Best Rock FM), frequência também reservada para a Smooth FM. Assim, e pela primeira vez na história recente da Média Capital Rádios, um projecto radiofónico arranca oficialmente na região de Lisboa e no Centro do país, mas não no Grande Porto. Entretanto, as frequências 101,1 MHz Moita e 89,5 Matosinhos continuam a transmitir uma Best Rock FM completamente automatizada, com uma "playlist" muito repetitiva, como que a aguardar um novo projecto que substitua a rádio rock.
quinta-feira, setembro 15, 2011
Rádio Comercial já emite em Esposende (distrito de Braga)... nos 89,3 MHz!
Conforme anunciado ontem no blogue, a Rádio Comercial já emite de Esposende, na frequência 89,3 MHz. O novo emissor destina-se (em princípio) a servir Viana do Castelo; todavia, devido à localização e à aparente parca potência, é bem provável que a cobertura a norte de Esposende, nomeadamente no concelho de Viana do Castelo, seja fraca.
O relato do utilizador "TMG" do Fórum da Rádio revela que o novo emissor situa-se no Monte do Faro (Esposende), a 170 metros de altitude, perto da auto-estrada A28. Note-se que a localização ideal para o emissor seria no alto do Muro (Serra Amarela), cujos emissores servem a princesa do Lima. Contudo, tal possibilidade é inviabilizada pela falta de frequências disponíveis para um emissor de grande potência a mais de 1300m de altitude.
Com esta nova estrutura de emissão, eleva-se para quatro o número de retransmissores da Rádio Comercial que operam a título experimental: 92,2 MHz 0,2 kW Aveiro; 94,3 MHz 0,5 kW Viseu; 103,1 Pico da Pena (Vouzela) e 89,3 MHz Esposende.
Conforme anunciado ontem no blogue, a Rádio Comercial já emite de Esposende, na frequência 89,3 MHz. O novo emissor destina-se (em princípio) a servir Viana do Castelo; todavia, devido à localização e à aparente parca potência, é bem provável que a cobertura a norte de Esposende, nomeadamente no concelho de Viana do Castelo, seja fraca.
O relato do utilizador "TMG" do Fórum da Rádio revela que o novo emissor situa-se no Monte do Faro (Esposende), a 170 metros de altitude, perto da auto-estrada A28. Note-se que a localização ideal para o emissor seria no alto do Muro (Serra Amarela), cujos emissores servem a princesa do Lima. Contudo, tal possibilidade é inviabilizada pela falta de frequências disponíveis para um emissor de grande potência a mais de 1300m de altitude.
Com esta nova estrutura de emissão, eleva-se para quatro o número de retransmissores da Rádio Comercial que operam a título experimental: 92,2 MHz 0,2 kW Aveiro; 94,3 MHz 0,5 kW Viseu; 103,1 Pico da Pena (Vouzela) e 89,3 MHz Esposende.
quarta-feira, setembro 14, 2011
Smooth FM arranca no dia 19 de Setembro?
A acreditar na emissão da Mix FM (103,0 MHz Barreiro), a Smooth FM deverá arrancar na próxima seguinda-feira, dia 19. A nova estação da MCR deverá apostar em música jazz, nomeadamente smooth jazz, mas também terá alguns temas de blues e soul e, em princípio, emitirá nos 103,0 Barreiro, 89,5 MHz Matosinhos (actual Best Rock FM) e nos 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (actual Romântica FM).
A acreditar na emissão da Mix FM (103,0 MHz Barreiro), a Smooth FM deverá arrancar na próxima seguinda-feira, dia 19. A nova estação da MCR deverá apostar em música jazz, nomeadamente smooth jazz, mas também terá alguns temas de blues e soul e, em princípio, emitirá nos 103,0 Barreiro, 89,5 MHz Matosinhos (actual Best Rock FM) e nos 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos (actual Romântica FM).
Rádio Comercial tem novo emissor no Pico da Pena (Vouzela): 103,1 MHz
A MCR continua a reforçar a cobertura nacional da Rádio Comercial, instalando novos emissores que procuram melhorar a qualidade de recepção da rádio da "melhor música dos últimos 10 anos". Depois de Sintra, Viseu e Aveiro, agora é a vez do Pico da Pena (Vouzela) ser o local contemplado com um novo retransmissor da Comercial, que, segundo o utilizador "estvmkt" do Fórum da Rádio, opera na frequência 103,1 MHz. A nova estrutura vem melhorar o sinal da rádio nacional detida pela Média Capital Rádios na região de são Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades, sendo também audível em Viseu.
Entretanto, a mesma fonte revela que a estação não se fica por aqui, estando prevista a instalação de um emissor no concelho de Esposende (distrito de Braga), destinado a melhorar a recepção na região de Viana do Castelo. Idealmente, a Rádio Comercial instalaria um emissor no alto do Muro (Serra Amarela) por forma a assegurar uma audição cristalina em Viana do Castelo; todavia, devido à saturação do espectro, não existem frequências disponíveis para tal pelo que, àfalta de melhor, a MCR recorre a um emissor situado nas proximidades da capital de distrito minhota.
De salientar o facto de estes novos emissores (Aveiro, Viseu, Pico da Pena e brevemente Esposende) estarem a funcionar a título experimental, pelo que poderão existir alterações nas características das emissões até à conclusão do processo de licenciamento das frequências pela ANACOM.
A MCR continua a reforçar a cobertura nacional da Rádio Comercial, instalando novos emissores que procuram melhorar a qualidade de recepção da rádio da "melhor música dos últimos 10 anos". Depois de Sintra, Viseu e Aveiro, agora é a vez do Pico da Pena (Vouzela) ser o local contemplado com um novo retransmissor da Comercial, que, segundo o utilizador "estvmkt" do Fórum da Rádio, opera na frequência 103,1 MHz. A nova estrutura vem melhorar o sinal da rádio nacional detida pela Média Capital Rádios na região de são Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades, sendo também audível em Viseu.
Entretanto, a mesma fonte revela que a estação não se fica por aqui, estando prevista a instalação de um emissor no concelho de Esposende (distrito de Braga), destinado a melhorar a recepção na região de Viana do Castelo. Idealmente, a Rádio Comercial instalaria um emissor no alto do Muro (Serra Amarela) por forma a assegurar uma audição cristalina em Viana do Castelo; todavia, devido à saturação do espectro, não existem frequências disponíveis para tal pelo que, àfalta de melhor, a MCR recorre a um emissor situado nas proximidades da capital de distrito minhota.
De salientar o facto de estes novos emissores (Aveiro, Viseu, Pico da Pena e brevemente Esposende) estarem a funcionar a título experimental, pelo que poderão existir alterações nas características das emissões até à conclusão do processo de licenciamento das frequências pela ANACOM.
sábado, setembro 03, 2011
RFM emite em directo dos Açores:
Numa iniciativa inédita na rádio das "grandes músicas", a RFM está a emitir a partir dos Açores. A emissão especial, realizada nas Portas do Mar, em Ponta Delgada, está no ar desde as 10 horas da manhã de hoje (sábado, 3 de Setembro) até às 2h00 de amanhã (domingo) e tem como objectivo comemorar um ano de emissões da RFM (e da RR) no arquipélago.
Sem dúvida que esta é uma iniciativa a ser aplaudida e que contraria o centralismo típico das rádios nacionais que normalmente insistem na dicotomia Lisboa / Porto, "esquecendo" não só o resto do continente, como os arquipélagos da Madeira e Açores. Exceptuando as emissões da RDP, esta será a primeira vez que uma rádio nacional (privada) realiza uma emissão para todo o país a partir das regiões autónomas.
Numa iniciativa inédita na rádio das "grandes músicas", a RFM está a emitir a partir dos Açores. A emissão especial, realizada nas Portas do Mar, em Ponta Delgada, está no ar desde as 10 horas da manhã de hoje (sábado, 3 de Setembro) até às 2h00 de amanhã (domingo) e tem como objectivo comemorar um ano de emissões da RFM (e da RR) no arquipélago.
Sem dúvida que esta é uma iniciativa a ser aplaudida e que contraria o centralismo típico das rádios nacionais que normalmente insistem na dicotomia Lisboa / Porto, "esquecendo" não só o resto do continente, como os arquipélagos da Madeira e Açores. Exceptuando as emissões da RDP, esta será a primeira vez que uma rádio nacional (privada) realiza uma emissão para todo o país a partir das regiões autónomas.
quinta-feira, setembro 01, 2011
RDP Internacional em Onda Curta: "cara" e "obsoleta"?!
A audição dos responsáveis da RTP e do governo a respeito da suspensão temporária das emissões em Onda Curta da RDP Internacional, promovida no âmbito da Comissão de Ética, Cidadania e Comunicação pelo Partido Comunista Português (PCP) na passada 3.ª feira (dia 30 de Agosto), levou o ministro Miguel Relvas, o presidente do conselho de administração da RTP, Guilherme Costa e o Provedor do Ouvinte à Assembleia da República.
As escassas horas empregues no esclarecimento aos deputados da situação da rádio e televisão do Estado foram decididamente marcadas pelo cinismo e a hipocrisia reinantes nas declarações dos responsáveis da rádio pública e do governo . Começando nas exposições do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que se limitou a justificar a suspensão temporária com números (custos), passando pelas declarações do administrador da RTP, considerando que a empresa pública tem «todos os motivos» para suspender a Onda Curta da RDP Internacional. Guilherme Costa entende também que a Onda Curta é "cara", "tendencialmente obsoleta do ponto de vista da recepção" e "não tem hoje a audição que se supõe, para além de que parte dessa audição pode ser facilmente substituível", os esclarecimentos fornecidos aos nossos representantes, eleitos por todo nós, revelaram uma visão economicista, míope e desprestigiante de um serviço público que deve ser prestado nas melhores condições possíveis à vasta comunidade de emigrantes portugueses dispersa pelo mundo.
Sim, caro leitor, leu bem: a administração da RTP entende que existem todos os motivos possíveis e imaginários para acabar com a Onda Curta da RDPi. Creio que esta frase diz tudo: a hierarquia máxima da RTP julga-se no direito de denunciar uma postura altiva e prepotente quando avalia a situação dos nossos compatriotas (e outros lusófonos) que vêem na RDPi uma ligação umbilical com a sua pátria-natal. Como se o típico ouvinte de Onda Curta fosse um cibernauta activo que costuma preferir uma recepção da sua estação de rádio favorita através da rede mundial de computadores em vez de ligar o rádio portátil a pilhas na "velhinha" e "obsoleta" faixa do espectro radioeléctrico compreendida entre os 3 e os 30 MHz. Como se todos os ouvintes tivessem condições técnicas e legais para ouvir a RDPi via satélite. Como se a generalidade dos ouvintes tivesse acesso a uma rede de cabo que forneça o sinal da rádio internacional portuguesa.
Mais: tanto quanto me recorde, não foi feito nenhum estudo de audiência da RDPi que envolvesse as comunidades de emigrantes e as associações de portugueses radicados no estrangeiro. Como pode garantir, então, a RTP, que ninguém ouve a Onda Curta? Será que o número de ouvintes é igual ao número de reclamações ou haverá muitas situações de ouvintes que não podem, em tempo útil, defender a sua posição junto da estação pública?
Num parlamento que ouve dirigentes despóticos, insensíveis e inexoráveis, cuja idolatria por números ultrapassa os direitos dos cidadãos residentes fora do país que os viu nascer e criar, eis que uma tímida mas nobre voz se destaca no coro: Mário Figueiredo, Provedor do Ouvinte, não só ameaça tomar a atitude de apresentar a sua demissão no caso de a RTP seguir avante com a suspensão perpétua da Onda Curta, como denuncia um potencial e velado esquema para reduzir a dívida da empresa pública, sacrificando o interesse de quem, ausente da sua Pátria, praticamente só é associado pela classe política ao envio de remessas monetárias aos bancos portugueses, sem reconhecer o importante papel que as comunidades portuguesas disseminadas por todo o mundo podem e devem desempenhar no contributo para divulgar a língua e cultura deste nosso jardim à beira-mar plantado!
Sugiro aos estimados leitores deste artigo que façamos um pé-de-meia para angariar fundos destinados à aquisição de viagens para o Sr. Ministro Miguel Relvas e o Dr. Guilherme Costa passarem um belo mês de férias numa aldeia perdida no continente africano sem Internet e onde não seja possível instalar uma antena parabólica de 3 metros de diâmetro. Espero que desfrutem do facto de não conseguirem acompanhar a actualidade portuguesa através do rádio, o tal aparelho pequeno e a pilhas que até funciona quando a electricidade falha e quando o recurso a outras tecnologias modernas não é viável!
A audição dos responsáveis da RTP e do governo a respeito da suspensão temporária das emissões em Onda Curta da RDP Internacional, promovida no âmbito da Comissão de Ética, Cidadania e Comunicação pelo Partido Comunista Português (PCP) na passada 3.ª feira (dia 30 de Agosto), levou o ministro Miguel Relvas, o presidente do conselho de administração da RTP, Guilherme Costa e o Provedor do Ouvinte à Assembleia da República.
As escassas horas empregues no esclarecimento aos deputados da situação da rádio e televisão do Estado foram decididamente marcadas pelo cinismo e a hipocrisia reinantes nas declarações dos responsáveis da rádio pública e do governo . Começando nas exposições do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que se limitou a justificar a suspensão temporária com números (custos), passando pelas declarações do administrador da RTP, considerando que a empresa pública tem «todos os motivos» para suspender a Onda Curta da RDP Internacional. Guilherme Costa entende também que a Onda Curta é "cara", "tendencialmente obsoleta do ponto de vista da recepção" e "não tem hoje a audição que se supõe, para além de que parte dessa audição pode ser facilmente substituível", os esclarecimentos fornecidos aos nossos representantes, eleitos por todo nós, revelaram uma visão economicista, míope e desprestigiante de um serviço público que deve ser prestado nas melhores condições possíveis à vasta comunidade de emigrantes portugueses dispersa pelo mundo.
Sim, caro leitor, leu bem: a administração da RTP entende que existem todos os motivos possíveis e imaginários para acabar com a Onda Curta da RDPi. Creio que esta frase diz tudo: a hierarquia máxima da RTP julga-se no direito de denunciar uma postura altiva e prepotente quando avalia a situação dos nossos compatriotas (e outros lusófonos) que vêem na RDPi uma ligação umbilical com a sua pátria-natal. Como se o típico ouvinte de Onda Curta fosse um cibernauta activo que costuma preferir uma recepção da sua estação de rádio favorita através da rede mundial de computadores em vez de ligar o rádio portátil a pilhas na "velhinha" e "obsoleta" faixa do espectro radioeléctrico compreendida entre os 3 e os 30 MHz. Como se todos os ouvintes tivessem condições técnicas e legais para ouvir a RDPi via satélite. Como se a generalidade dos ouvintes tivesse acesso a uma rede de cabo que forneça o sinal da rádio internacional portuguesa.
Mais: tanto quanto me recorde, não foi feito nenhum estudo de audiência da RDPi que envolvesse as comunidades de emigrantes e as associações de portugueses radicados no estrangeiro. Como pode garantir, então, a RTP, que ninguém ouve a Onda Curta? Será que o número de ouvintes é igual ao número de reclamações ou haverá muitas situações de ouvintes que não podem, em tempo útil, defender a sua posição junto da estação pública?
Num parlamento que ouve dirigentes despóticos, insensíveis e inexoráveis, cuja idolatria por números ultrapassa os direitos dos cidadãos residentes fora do país que os viu nascer e criar, eis que uma tímida mas nobre voz se destaca no coro: Mário Figueiredo, Provedor do Ouvinte, não só ameaça tomar a atitude de apresentar a sua demissão no caso de a RTP seguir avante com a suspensão perpétua da Onda Curta, como denuncia um potencial e velado esquema para reduzir a dívida da empresa pública, sacrificando o interesse de quem, ausente da sua Pátria, praticamente só é associado pela classe política ao envio de remessas monetárias aos bancos portugueses, sem reconhecer o importante papel que as comunidades portuguesas disseminadas por todo o mundo podem e devem desempenhar no contributo para divulgar a língua e cultura deste nosso jardim à beira-mar plantado!
Sugiro aos estimados leitores deste artigo que façamos um pé-de-meia para angariar fundos destinados à aquisição de viagens para o Sr. Ministro Miguel Relvas e o Dr. Guilherme Costa passarem um belo mês de férias numa aldeia perdida no continente africano sem Internet e onde não seja possível instalar uma antena parabólica de 3 metros de diâmetro. Espero que desfrutem do facto de não conseguirem acompanhar a actualidade portuguesa através do rádio, o tal aparelho pequeno e a pilhas que até funciona quando a electricidade falha e quando o recurso a outras tecnologias modernas não é viável!
quarta-feira, agosto 24, 2011
Rádio Oásis FM (106,4 MHz Sobral de Monte Agraço - distrito de Lisboa) sem emissão devido a furto de cobre:
Segundo a edição online do "Meios & Publicidade", a Rádio Oásis encontra-se sem emissão devido ao furto de fios de cobre, do qual resultaram danos no posto de transformação eléctrica que alimenta o emissor. A estação espera ter a electricidade restabelecida na quinta ou sexta-feira.
Segundo a edição online do "Meios & Publicidade", a Rádio Oásis encontra-se sem emissão devido ao furto de fios de cobre, do qual resultaram danos no posto de transformação eléctrica que alimenta o emissor. A estação espera ter a electricidade restabelecida na quinta ou sexta-feira.
sexta-feira, agosto 19, 2011
Rádio Clube de Monsanto (98,7 + 107,8 MHz Idanha-a-Nova [distrito de Castelo Branco]) comemora o seu 26º aniversário com a remodelação do centro emissor principal:
O Rádio Clube de Monsanto comemorou, no passado dia 14 de Agosto, o seu 26º aniversário. Entre as iniciativas propostas para solenizar a efeméride, destaca-se a remodelação do emissor principal (98,7 MHz 1 kW P.A.R.) da estação beirã, que promete melhorar a qualidade de emissão da rádio. O sítio Internet da estação apresenta algumas fotografias das novas infra-estruturas.
De referir que o centro emissor remodelado (mas ainda em testes) encontra-se implantado no Cabeço de Monsanto, bem perto da aldeia histórica que cedeu o nome à estação de rádio local do concelho de Idanha-a-Nova.
O Rádio Clube de Monsanto comemorou, no passado dia 14 de Agosto, o seu 26º aniversário. Entre as iniciativas propostas para solenizar a efeméride, destaca-se a remodelação do emissor principal (98,7 MHz 1 kW P.A.R.) da estação beirã, que promete melhorar a qualidade de emissão da rádio. O sítio Internet da estação apresenta algumas fotografias das novas infra-estruturas.
De referir que o centro emissor remodelado (mas ainda em testes) encontra-se implantado no Cabeço de Monsanto, bem perto da aldeia histórica que cedeu o nome à estação de rádio local do concelho de Idanha-a-Nova.
Serviço público de rádio e televisão: grupo de trabalho entra em funções:
O grupo de trabalho criado pelo Governo e liderado pelo economista João Duque e que vai definir o conceito de serviço público nos meios de comunicação do Estado, entrou em funções no passado dia 17. O grupo, que além de João Duque, é composto por jornalistas, investigadores universitários e outras personalidades da área da comunicação social, tem 60 dias (a contar do dia 17) para apresentar conclusões. Contrariamente ao grupo que fez um trabalho semelhante em 2002 e que definiu o serviço público na RTP, o novo grupo vai definir o que deve ser o serviço público na televisão, na rádio e na agência de notícias (Lusa) onde o Estado tem presença.
O grupo de trabalho criado pelo Governo e liderado pelo economista João Duque e que vai definir o conceito de serviço público nos meios de comunicação do Estado, entrou em funções no passado dia 17. O grupo, que além de João Duque, é composto por jornalistas, investigadores universitários e outras personalidades da área da comunicação social, tem 60 dias (a contar do dia 17) para apresentar conclusões. Contrariamente ao grupo que fez um trabalho semelhante em 2002 e que definiu o serviço público na RTP, o novo grupo vai definir o que deve ser o serviço público na televisão, na rádio e na agência de notícias (Lusa) onde o Estado tem presença.
quinta-feira, agosto 18, 2011
Rádio Clube de Armamar (107,3 MHz Armamar - distrito de Viseu) regressa à frequência original (92,3):
Segundo o blog "Telefonia Douro", o Rádio Clube de Armamar mudou de frequência, deixando os 107,3 MHz para emitir na frequência originalmente atribuída, 92,3 MHz. A razão principal da mudança pode dever-se ao emissor da TSF no Marão (Vila Real, nos 107,6 MHz), cuja frequência estava demasiadamente próxima dos 107,3 MHz da estação local de Armamar.
Segundo o blog "Telefonia Douro", o Rádio Clube de Armamar mudou de frequência, deixando os 107,3 MHz para emitir na frequência originalmente atribuída, 92,3 MHz. A razão principal da mudança pode dever-se ao emissor da TSF no Marão (Vila Real, nos 107,6 MHz), cuja frequência estava demasiadamente próxima dos 107,3 MHz da estação local de Armamar.
quarta-feira, agosto 17, 2011
Rádio Juventude Salesiana (Alijó - distrito de Vila Real) muda de frequência:
O emissor principal da Rádio Juventude Salesiana mudou recentemente de frequência, dos 90,2 para os 90,1 MHz. Esta alteração teve como objectivo melhorar as condições de recepção da estação transmontana, que, recorde-se também tem uma microcobertura nos 99,0 MHz.
De referir que a estação também está a ultimar a remodelação do edifício que vai albergar os novos estúdios em Peso da Régua, nas antigas instalações da defunta RDP- Rádio Alto Douro.
O emissor principal da Rádio Juventude Salesiana mudou recentemente de frequência, dos 90,2 para os 90,1 MHz. Esta alteração teve como objectivo melhorar as condições de recepção da estação transmontana, que, recorde-se também tem uma microcobertura nos 99,0 MHz.
De referir que a estação também está a ultimar a remodelação do edifício que vai albergar os novos estúdios em Peso da Régua, nas antigas instalações da defunta RDP- Rádio Alto Douro.
domingo, agosto 14, 2011
Rádio Comercial tem nova frequência em Aveiro (92,2 MHz):
Depois de Viseu, a Rádio Comercial reforçou a cobertura em Aveiro. O novo emissor, situado no lugar de Oliveirinha (Aveiro), partilha a torre com a M80 Aveiro (94,4 MHz) e retransmite nos 92,2 MHz o sinal do emissor da Lousã (90,8). A nova frequência encontra-se em fase de testes, pelo que os parâmetros de emissão, incluindo a frequência podem ser sujeitos a alterações por imposição da ANACOM ou por sugestão da rádio (mediante o consentimento da entidade reguladora do espectro radioeléctrico).
Com os 94,3 MHz Viseu e os 92,2 MHz Aveiro, a rádio da "melhor música dos últimos 10 anos" espera melhorar significativamente as condições de recepção nestas duas capitais de distrito. Desconheço se a Comercial pretende instalar retransmissores também noutras localidades onde a estação nacional da MCR se ouve com dificuldade.
Depois de Viseu, a Rádio Comercial reforçou a cobertura em Aveiro. O novo emissor, situado no lugar de Oliveirinha (Aveiro), partilha a torre com a M80 Aveiro (94,4 MHz) e retransmite nos 92,2 MHz o sinal do emissor da Lousã (90,8). A nova frequência encontra-se em fase de testes, pelo que os parâmetros de emissão, incluindo a frequência podem ser sujeitos a alterações por imposição da ANACOM ou por sugestão da rádio (mediante o consentimento da entidade reguladora do espectro radioeléctrico).
Com os 94,3 MHz Viseu e os 92,2 MHz Aveiro, a rádio da "melhor música dos últimos 10 anos" espera melhorar significativamente as condições de recepção nestas duas capitais de distrito. Desconheço se a Comercial pretende instalar retransmissores também noutras localidades onde a estação nacional da MCR se ouve com dificuldade.
RDP Madeira sem Onda Média!
Segundo um relato de Carlos Gonçalves publicado no sítio Mediumwave.info, os dois emissores de Onda Média da Antena 1 Madeira que ainda estavam operacionais na ilha (da Madeira) estão desligados. A saber: 1125 kHz e 1332 kHz (Senhora do) Monte. "Redução de custos operacionais" ou a triste coincidência de problemas técnicos?
Recordo que o emissor dos 603 kHz Pico do Areeiro foi desligado há mais de um ano, depois da queda da torre. Pela mesma razão, o emissor de Porto Santo (531 kHz) foi desmantelado de vez. Será que com a redução de emissores se assegura a distribuição do serviço público de rádio, neste caso, na região autónoma da Madeira? Será que a rede de emissores FM da rádio pública na Madeira assegura a cobertura integral do território, garantindo o acesso à Antena 1 Madeira em qualquer ponto das ilhas?
Segundo um relato de Carlos Gonçalves publicado no sítio Mediumwave.info, os dois emissores de Onda Média da Antena 1 Madeira que ainda estavam operacionais na ilha (da Madeira) estão desligados. A saber: 1125 kHz e 1332 kHz (Senhora do) Monte. "Redução de custos operacionais" ou a triste coincidência de problemas técnicos?
Recordo que o emissor dos 603 kHz Pico do Areeiro foi desligado há mais de um ano, depois da queda da torre. Pela mesma razão, o emissor de Porto Santo (531 kHz) foi desmantelado de vez. Será que com a redução de emissores se assegura a distribuição do serviço público de rádio, neste caso, na região autónoma da Madeira? Será que a rede de emissores FM da rádio pública na Madeira assegura a cobertura integral do território, garantindo o acesso à Antena 1 Madeira em qualquer ponto das ilhas?
sábado, agosto 13, 2011
Cadeia Nacional de Rádios arranca em 6 rádios locais:
Um novo projecto radiofónico está no éter e promete oferecer conteúdos destinados a serem retransmitidos por várias rádios locais: a Cadeia Nacional de Rádios realiza programas desportivos, mas também rubricas de utilidade pública para a Rádio Concelho de Mafra (105,6 Mafra - distrito de Lisboa), Rádio Cidade Hoje (94,0 MHz V. N. Famalicão - distrito de Braga), 101.7 FM (101,7 Montemor-o-Velho - distrito de Coimbra), ERA FM (92,7 MHz Amarante - distrito do Porto), Rádio Antena Sul (95,5 Viana do Alentejo - distrito de Évora + 90,4 MHz Almodôvar - distrito de Beja) e Rádio Elvas (91,5 + 103,0 + 104,3MHz Elvas - distrito de Portalegre). As emissões são também retransmitidas em Angola, através da Rádio Mais.
A Cadeia Nacional de Rádios emprega profissionais da comunicação social bem conhecidos do público radiofónico, como Fernando Correia, Carlos Dolbeth, Célia Bernardo e Ana Lima. As emissões da CNR começaram ontem por ocasião do relato do jogo Gil Vicente x Benfica, que foi difundido em directo nas várias frequências envolvidas na cadeia.
A meu ver, a CNR será, sem dúvida, uma mais-valia para as rádios aderentes, que passam a contar com novos programas produzidos por jornalistas com vasta experiência na rádio. Além dos programas e relatos desportivos, a CNR disponibiliza às rádios um programa acerca da saúde pública (Saúde Nacional), um programa (Causa Comum) onde é dado a conhecer empresas que prestam serviços na área da solidariedade social, mas também um programa de sugestões para o fim de semana do público infantil (Roteiro de Fim de Semana); finalmente, "Elas é que sabem" é um programa orientado para o público feminino.
Um novo projecto radiofónico está no éter e promete oferecer conteúdos destinados a serem retransmitidos por várias rádios locais: a Cadeia Nacional de Rádios realiza programas desportivos, mas também rubricas de utilidade pública para a Rádio Concelho de Mafra (105,6 Mafra - distrito de Lisboa), Rádio Cidade Hoje (94,0 MHz V. N. Famalicão - distrito de Braga), 101.7 FM (101,7 Montemor-o-Velho - distrito de Coimbra), ERA FM (92,7 MHz Amarante - distrito do Porto), Rádio Antena Sul (95,5 Viana do Alentejo - distrito de Évora + 90,4 MHz Almodôvar - distrito de Beja) e Rádio Elvas (91,5 + 103,0 + 104,3MHz Elvas - distrito de Portalegre). As emissões são também retransmitidas em Angola, através da Rádio Mais.
A Cadeia Nacional de Rádios emprega profissionais da comunicação social bem conhecidos do público radiofónico, como Fernando Correia, Carlos Dolbeth, Célia Bernardo e Ana Lima. As emissões da CNR começaram ontem por ocasião do relato do jogo Gil Vicente x Benfica, que foi difundido em directo nas várias frequências envolvidas na cadeia.
A meu ver, a CNR será, sem dúvida, uma mais-valia para as rádios aderentes, que passam a contar com novos programas produzidos por jornalistas com vasta experiência na rádio. Além dos programas e relatos desportivos, a CNR disponibiliza às rádios um programa acerca da saúde pública (Saúde Nacional), um programa (Causa Comum) onde é dado a conhecer empresas que prestam serviços na área da solidariedade social, mas também um programa de sugestões para o fim de semana do público infantil (Roteiro de Fim de Semana); finalmente, "Elas é que sabem" é um programa orientado para o público feminino.
sexta-feira, agosto 12, 2011
Rádio Comercial tem nova frequência em Viseu (94,3 MHz):
A Rádio Comercial activou um novo emissor em Viseu, que se destina a reforçar a cobertura desta rádio nacional por terras de Viriato. A nova frequência, 94,3 MHz, partilha a torre (recém instalada) com a Cidade FM 102,8 MHz, aproveitando a deslocalização do emissor da "primeira rádio dos êxitos". Segundo o colaborador "estvmkt" do "Fórum da Rádio", o emissor situa-se no Mundão, no concelho de Viseu.
O novo emissor da Rádio Comercial deverá estar a operar a título experimental, pelo que se existirem problemas, a ANACOM e/ou a estação podem solicitar alterações técnicas na emissão, incluindo a frequência. Ao que parece, a estação da "melhor música dos últimos 10 anos"não deverá ficar por aqui e deverá muito em breve passar a servir também a cidade de Aveiro e, provavelmente, outros pontos do país.
A Rádio Comercial activou um novo emissor em Viseu, que se destina a reforçar a cobertura desta rádio nacional por terras de Viriato. A nova frequência, 94,3 MHz, partilha a torre (recém instalada) com a Cidade FM 102,8 MHz, aproveitando a deslocalização do emissor da "primeira rádio dos êxitos". Segundo o colaborador "estvmkt" do "Fórum da Rádio", o emissor situa-se no Mundão, no concelho de Viseu.
O novo emissor da Rádio Comercial deverá estar a operar a título experimental, pelo que se existirem problemas, a ANACOM e/ou a estação podem solicitar alterações técnicas na emissão, incluindo a frequência. Ao que parece, a estação da "melhor música dos últimos 10 anos"não deverá ficar por aqui e deverá muito em breve passar a servir também a cidade de Aveiro e, provavelmente, outros pontos do país.
quinta-feira, agosto 11, 2011
Smooth FM já emite via Internet:
A Smooth FM, estação da MCR que deverá passar muito em breve a emitir nos 103,0 Barreiro, 89,5 MHz Matosinhos e 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos, já emite (totalmente automatizada) via Internet, desde o passado dia 3 de Agosto, através do seu sítio electrónico, http://smoothfm.clix.pt/ . A notícia, revelada em primeira mão pelo colaborador "TMG" no "Fórum da Rádio", também adianta que o slogan da estação será Smooth FM ...and all that jazz! .
A Smooth FM, estação da MCR que deverá passar muito em breve a emitir nos 103,0 Barreiro, 89,5 MHz Matosinhos e 92,8 MHz Figueiró dos Vinhos, já emite (totalmente automatizada) via Internet, desde o passado dia 3 de Agosto, através do seu sítio electrónico, http://smoothfm.clix.pt/ . A notícia, revelada em primeira mão pelo colaborador "TMG" no "Fórum da Rádio", também adianta que o slogan da estação será Smooth FM ...and all that jazz! .
Rádio Nostalgia vai ocupar a frequência da Rádio Clube de Matosinhos:
O Rádio Clube de Matosinhos tem os dias contados: a ERC autorizou a transmissão do capital social da estação a favor da empresa "Música no Coração – Sociedade Portuguesa de Entretenimento, Sociedade Unipessoal, Lda.", detida por Luís Montez. A deliberação da ERC revela também que o conhecido empresário pretende lançar a Rádio Nostalgia na frequência de Matosinhos, servindo a região do Porto. A "nova" Rádio Nostalgia emitirá, então, nos 90,4 Lisboa e 91,0 MHz Matosinhos.
Entretanto, vale a pena acompanhar os últimos tempos do RCM não só nos 91,0 , mas também na Internet.
O Rádio Clube de Matosinhos tem os dias contados: a ERC autorizou a transmissão do capital social da estação a favor da empresa "Música no Coração – Sociedade Portuguesa de Entretenimento, Sociedade Unipessoal, Lda.", detida por Luís Montez. A deliberação da ERC revela também que o conhecido empresário pretende lançar a Rádio Nostalgia na frequência de Matosinhos, servindo a região do Porto. A "nova" Rádio Nostalgia emitirá, então, nos 90,4 Lisboa e 91,0 MHz Matosinhos.
Entretanto, vale a pena acompanhar os últimos tempos do RCM não só nos 91,0 , mas também na Internet.
Antena 3 com nova frequência em fase de testes - 100,0 MHz Banática (Almada):
A Antena 3 conta com uma nova frequência destinada a reforçar a cobertura da estação pública nas zonas ribeirinhas de Lisboa, região de Almada e no eixo Lisboa-Oeiras-Cascais. O emissor da Banática, que emite a Antena 1 nos 99,4 e a Antena 2 nos 88,9 MHz, passou também a emitir a Antena 3 nos 100,0 MHz. Desconhecem-se mais pormenores acerca desta nova microcobertura da "3", mas, aparentemente, a nova frequência terá menos potência do que as das restantes rádios da RTP.
A Antena 3 conta com uma nova frequência destinada a reforçar a cobertura da estação pública nas zonas ribeirinhas de Lisboa, região de Almada e no eixo Lisboa-Oeiras-Cascais. O emissor da Banática, que emite a Antena 1 nos 99,4 e a Antena 2 nos 88,9 MHz, passou também a emitir a Antena 3 nos 100,0 MHz. Desconhecem-se mais pormenores acerca desta nova microcobertura da "3", mas, aparentemente, a nova frequência terá menos potência do que as das restantes rádios da RTP.
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